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Banco Mundial e FMI se encontram com uma dúvida: o que fazer?

As duas instituições estabeleceram três prioridades contra a pandemia: proteger vidas, proteger os meios de vida e construir um plano de retomada

Kistalina Goergieva, do FMI (Arnd Wiegmann/File Photo/Reuters)

Kistalina Goergieva, do FMI (Arnd Wiegmann/File Photo/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2020 às 06h27.

Última atualização em 17 de abril de 2020 às 06h51.

O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) encerram hoje em Washington, nos Estados Unidos, o seu primeiro encontro anual virtual. A chamada reunião de primavera deveria receber, na capital americana, 2.800 delegados dos países-membros, 550 representantes da sociedade civil e 800 jornalistas.

Mas a pandemia da covid-19 mudou os planos, obrigando à realização das sessões por videoconferência e colocando na mesa de discussões o imenso desafio de ajudar a reconstruir a economia global, arrasada pelo novo coronavírus.

Na quarta-feira, 15, a diretora geral do FMI, Kristalina Georgieva, abriu o evento lembrando uma dura frase do escritor americano T.S. Eliot: “Abril é o mês mais cruel”.

De fato, continuou Georgieva, neste mês a humanidade se vê diante de um dos períodos mais sombrios de que se tem lembrança. E as duas instituições, criadas em 1945 para ajudar os países em desenvolvimento após a Segunda Guerra Mundial, estão dispostas a fazer um esforço excepcional neste momento excepcional.

Projetando uma queda de 3,8% do Produto Interno Bruto global neste ano, o Banco Mundial e o FMI lançaram um programa de ação com três prioridades: proteger vidas, proteger os meios de vida e construir um plano de retomada.

Nos últimos dois dias, os representantes das duas entidades discutiram como aumentar a disponibilidade de crédito para nações em dificuldades – 20 pedidos de socorro já haviam sido aprovados antes mesmo de o encontro começar – e a suspensão do pagamento da dívida dos países mais pobres com organismos multilaterais. As medidas concretas devem ser anunciadas nesta sexta-feira, 17, em entrevista coletiva à imprensa.

Para muitos especialistas, não basta abrir a carteira, porém. O Banco Mundial e o FMI precisam entender melhor as fragilidades da economia mundial que amplificaram os efeitos de um acontecimento impossível de prever. Assim, passada a fase da emergência, podem ajudar os países a se fortalecer no longo prazo.

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