Economia

Rua dos bilionários em Manhattan se espalha para o Sul

Pelo menos três novas torres de condomínios de luxo estão em desenvolvimento na rua 53, seguindo exemplo da rua 57 perto do Central Park


	Prédios residenciais cobrem o lado leste e oeste do Central Park: novos prédios fazem parte de uma série de projetos pensados para atrair compradores extremamente ricos
 (Keyur Khamar/Bloomberg)

Prédios residenciais cobrem o lado leste e oeste do Central Park: novos prédios fazem parte de uma série de projetos pensados para atrair compradores extremamente ricos (Keyur Khamar/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2014 às 17h36.

Nova York - A “rua dos bilionários” de Manhattan está se espalhando para o sul.

Pelo menos três novas torres de condomínios de luxo estão em desenvolvimento na rua 53, seguindo o exemplo dos arranha-céus residenciais que estão pontilhando a rua 57 perto do Central Park e quebrando recordes de alturas e preços.

Eles fazem parte de uma série de projetos pensados para atrair compradores extremamente ricos em busca do refúgio para investimentos que são os bens imóveis em Nova York.

Um apartamento modelo abrirá esta semana na Baccarat Hotel and Residences, uma torre de 50 andares em desenvolvimento na rua 53 Oeste e a Quinta Avenida, em frente ao Museu de Arte Moderna.

O Pontiac Land Group, com sede na Cingapura, se unirá ao Goldman Sachs Group e à Hines para construir um condomínio: uma torre de apartamentos de 72 andares no mesmo quarteirão.

Mais ao leste, a China Vanke, a maior desenvolvedora de capital aberto da China, está trabalhando com a RFR Holding LLC de Aby Rosen em um prédio de 61 andares na Avenida Lexington.

“A largura do corredor da rua 57 se estendeu dois quarteirões para o norte até a rua Central Park Sul, e pelo menos até a rua 53”, disse Jonathan Miller, presidente da taxadora Miller Samuel, com sede em Nova York.

“É bem no coração do Midtown de Manhattan, o centro do distrito comercial, que continua se transformando neste bairro residencial exclusivo”.

Os condomínios de luxo na rua 53 estão prontos para trazer mais residentes ricos a uma área conhecida pelos escritórios corporativos, restaurantes e atrações turísticas.

Ao leste, na esquina da rua 53 com a Park Avenue, fica o Seagram Bulding, do qual a Wells Fargo Co. é um inquilino de importância.

O restaurante 21 Club fica na rua 52 entre as avenidas Quinta e Sexta, dois quarteirões ao norte do Rockefeller Center. Ao oeste, o Teatro Ed Sullivan, sede do “Late Show with David Letterman”, fica na rua 53 e Broadway.

Condomínios Baccarat

Mais de 60 por cento dos 60 apartamentos do Baccarat foram vendidos desde o começo das vendas em março de 2013, disse Mark Gordon, sócio-gerente da Tribecca Associates LLC, uma das financiadoras do projeto.

Vários compradores se expandiram a unidades maiores ou compraram uma segunda unidade na torre, cujos preços vão de US$ 3,95 milhões para um apartamento de um quarto a US$ 60 milhões para a cobertura de dois andares, disse ele.

“Nem todos querem morar no prédio mais alto do Midtown”, disse Gordon. “Os compradores adoram poder compartilhar o prédio apenas com 59 famílias”.

Os corredores das ruas 53 e 57 em Nova York estão atraindo investidores internacionais que buscam investir dinheiro em imóveis residenciais em Manhattan, segundo Dylan Pichulik, CEO da XL Real Property Management, empresa de gestão imobiliária que trabalha com compradores do exterior.

Oferta em alta

As novas obras se somarão ao inventário de moradas de luxo à medida que mais donos de apartamentos em Nova York colocam seus imóveis no mercado no intuito de lucrar com a crescente demanda.

A oferta de apartamentos de luxo à venda aumentou 35 por cento para 1.380 no primeiro trimestre em relação a um ano atrás.

O registro de novos desenvolvimentos quase dobrou, segundo a Miller Samuel e a corretora Douglas Elliman Real Estate.

Na semana passada, havia 77 propriedades em Manhattan cotadas em US$ 30 milhões ou mais, segundo dados da StreetEasy.com, site imobiliário que pertence à Zillow.

A média de cotações para venda por metro quadrado dessas propriedades era de US$ 58.610. Dois revendedores estão pedindo pelo menos US$ 100 milhões por seus imóveis.

“A última vez que vimos um fenômeno residencial assim foi no final da década de 1970 e na década de 1980, quando cerca de meia dúzia de torres de vidro foram construídas para uso residencial”, disse Miller da Miller Samuel, fazendo referência a arranha-céus como a torre CitySpire e a Trump Tower no Midtown.

“Os desenvolvedores no corredor da rua 57 são os precursores. Agora todos estão lutando para ter o prédio mais alto, fino e caro”.

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