Preocupações pressionam mercado imobiliário, diz relatório
A estagnação econômica e uma inflação resiliente colocam em risco a expansão de uma década nos empréstimos imobiliários, segundo relatório
Da Redação
Publicado em 3 de março de 2015 às 21h36.
São Paulo - Estagnação econômica, inflação resiliente e aumento do risco de déficit orçamentário no Brasil colocam em risco a expansão de uma década nos empréstimos imobiliários, minando uma das maiores fontes de financiamento para o setor, de acordo com um relatório da indústria.
O montante dos empréstimos imobiliários financiados com dinheiro do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) subiu 3,4 por cento no ano passado, o menor nível desde 2003.
Vulnerabilidades macroeconômicas ameaçam a sustentabilidade do SBPE nos próximos anos, de acordo com um relatório da empresa de pesquisa de finanças estruturadas Uqbar Educação.
O aumento das taxas de juros está entre os fatores que podem dificultar a alocação de recursos governamentais para o crédito imobiliário e para o SBPE, disse o relatório.
A empresa, com sede no Rio de Janeiro, pediu o retorno de políticas econômicas sonoras, como forma de garantir o crescimento sustentável do mercado no longo prazo.
"Uma vez que recuperarmos a estabilidade macroeconômica, fontes de financiamento bancárias e do governo vão ganhar força, ao lado de instrumentos do mercado de capitais", disse o relatório ao qual a Reuters teve acesso antes de sua publicação na quarta-feira.
O relatório é o mais recente alerta de especialistas sobre o aumento dos desafios enfrentados pelo Brasil na ainda incipente indústria de empréstimo imobiliário.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, está tentando reverter a falta de regras do orçamento que caracterizou o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. Economistas esperam que cortes de gastos e aumentos de impostos por Levy devem levar a economia temporariamente para uma recessão antes de domar a inflação e restaurar a confiança.
Os empréstimos imobiliários expandiram-se mais rápido do que outros tipos de crédito nos últimos anos, graças a um mercado de trabalho robusto, quedas constantes em custos de empréstimos e melhora das regras do setor. Alguns desses fatores, no entanto, estão agora mostrando sinais de fadiga.
Os desembolsos para empréstimos lastreados pelo SBPE podem subir 5 por cento este ano, muito longe dos 37 por cento de expansão anual registrados nos últimos sete anos, disse recentemente a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário (Abecip). O mercado de crédito imobiliário mais frio não parece colocar qualquer risco sistêmico para os bancos.
Excluindo a estatal Caixa Econômica Federal, a exposição do setor bancário brasileiro ao crédito imobiliário continua baixa.
São Paulo - Estagnação econômica, inflação resiliente e aumento do risco de déficit orçamentário no Brasil colocam em risco a expansão de uma década nos empréstimos imobiliários, minando uma das maiores fontes de financiamento para o setor, de acordo com um relatório da indústria.
O montante dos empréstimos imobiliários financiados com dinheiro do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) subiu 3,4 por cento no ano passado, o menor nível desde 2003.
Vulnerabilidades macroeconômicas ameaçam a sustentabilidade do SBPE nos próximos anos, de acordo com um relatório da empresa de pesquisa de finanças estruturadas Uqbar Educação.
O aumento das taxas de juros está entre os fatores que podem dificultar a alocação de recursos governamentais para o crédito imobiliário e para o SBPE, disse o relatório.
A empresa, com sede no Rio de Janeiro, pediu o retorno de políticas econômicas sonoras, como forma de garantir o crescimento sustentável do mercado no longo prazo.
"Uma vez que recuperarmos a estabilidade macroeconômica, fontes de financiamento bancárias e do governo vão ganhar força, ao lado de instrumentos do mercado de capitais", disse o relatório ao qual a Reuters teve acesso antes de sua publicação na quarta-feira.
O relatório é o mais recente alerta de especialistas sobre o aumento dos desafios enfrentados pelo Brasil na ainda incipente indústria de empréstimo imobiliário.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, está tentando reverter a falta de regras do orçamento que caracterizou o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. Economistas esperam que cortes de gastos e aumentos de impostos por Levy devem levar a economia temporariamente para uma recessão antes de domar a inflação e restaurar a confiança.
Os empréstimos imobiliários expandiram-se mais rápido do que outros tipos de crédito nos últimos anos, graças a um mercado de trabalho robusto, quedas constantes em custos de empréstimos e melhora das regras do setor. Alguns desses fatores, no entanto, estão agora mostrando sinais de fadiga.
Os desembolsos para empréstimos lastreados pelo SBPE podem subir 5 por cento este ano, muito longe dos 37 por cento de expansão anual registrados nos últimos sete anos, disse recentemente a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário (Abecip). O mercado de crédito imobiliário mais frio não parece colocar qualquer risco sistêmico para os bancos.
Excluindo a estatal Caixa Econômica Federal, a exposição do setor bancário brasileiro ao crédito imobiliário continua baixa.