Mercado imobiliário

Pequim afrouxa restrições de compra de imóveis para não-residentes

Nova medida busca estimular o mercado imobiliário com regras mais flexíveis para a compra de imóveis

Pequim (Leandro Fonseca/Exame)

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China2Brazil
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Agência

Publicado em 2 de outubro de 2024 às 16h45.

A capital chinesa, Pequim, anunciou na segunda-feira (30) o afrouxamento das restrições às regras de compra de imóveis, incluindo a redução do limite para não-residentes comprarem imóveis na área central. A medida tem como objetivo impulsionar o mercado imobiliário da cidade.

Não-residentes de Pequim poderão comprar casas dentro do quinto anel viário da cidade, se tiverem um histórico de pagamento de seguro social ou imposto de renda individual na cidade por pelo menos três anos, em vez dos cinco anos anteriormente exigidos.

As novas políticas também irão levantar as restrições de compra de imóveis no Distrito de Tongzhou, onde está localizado o Centro Administrativo Municipal de Pequim, para permitir que as regras de compra de imóveis do distrito estejam em conformidade com a política de mercado imobiliário unificada da cidade.

Sob as novas regras, os compradores de imóveis enfrentarão menos pressão financeira, pois a taxa mínima de entrada para hipotecas comerciais individuais será reduzida de 20% para 15% para compras de primeira casa, e de 30% para 20% para segundas casas.

Para famílias com mais de dois filhos em Pequim, o limite do empréstimo do fundo habitacional será aumentado em 400.000 yuans (57.083 dólares), segundo a circular.

O anúncio de Pequim seguiu ajustes nas políticas imobiliárias já anunciadas anteriormente pelas grandes cidades chinesas de Xangai, Guangzhou e Shenzhen.

A cidade de Guangzhou, na província de Guangdong, no sul da China, suspendeu as restrições à compra de propriedades, um novo passo para a cidade de primeira linha otimizar ainda mais seu mercado imobiliário.

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Entenda os detalhes

As qualificações para a compra de uma casa não serão mais analisadas e não haverá restrições quanto ao número de imóveis que podem ser comprados por famílias e indivíduos solteiros com ou sem registro domiciliar local na cidade, de acordo com uma circular emitida pelo gabinete do governo municipal na noite de domingo.

Em Xangai, a taxa mínima de entrada para hipotecas comerciais individuais será reduzida de 20% para 15% para compras de primeira casa, e de 35% para 25% para segundas casas, segundo uma circular emitida no domingo.

Os bancos comerciais serão orientados a reduzir as taxas de juros hipotecárias existentes para diminuir ainda mais as despesas com juros para os compradores de imóveis. As restrições sobre as qualificações para a compra de imóveis serão ainda mais relaxadas em locais específicos da cidade. As novas medidas entrarão em vigor na terça-feira.

A cidade de Shenzhen, na província de Guangdong, também anunciou medidas como a redução da taxa de entrada e a otimização das restrições específicas por distrito para a compra de imóveis.

Enquanto isso, os seis principais bancos comerciais nacionais da China anunciaram planos para ajustar as taxas de hipotecas de empréstimos existentes, em conformidade com as políticas do banco central para estabilizar o mercado imobiliário.

Medidas detalhadas sobre o ajuste das taxas de hipotecas para empréstimos já existentes serão divulgadas em 12 de outubro, segundo comunicados do Banco Industrial e Comercial da China, Banco Agrícola da China, Banco da China, Banco de Construção da China, Banco de Comunicações e Banco Postal da China. Os comunicados indicaram que o ajuste será implementado até 31 de outubro de 2024.

As últimas medidas seguem uma reunião do Bureau Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, realizada na quinta-feira, que destacou a necessidade de esforços para reverter a desaceleração do mercado imobiliário e estabilizar o mercado.

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