Pátio Higienópolis sabia de ilegalidade
Admnistração de shopping está sendo investigada por supostos pagamentos de propina em troca de vantagens na Prefeitura de São Paulo
Da Redação
Publicado em 23 de junho de 2012 às 12h43.
São Paulo - A administração do Shopping Pátio Higienópolis, investigado por supostos pagamentos de propina para obter vantagens na Prefeitura, decidiu manter aberta uma área ocupada por uma adega de vinhos, mesmo sabendo que o local era irregular. A decisão ocorreu no início de 2010, após a inauguração da adega Expand, que fica do lado externo de shopping. Cópia de e-mails obtida pelo Estado mostra que, desde aquela época, a administração sabia das irregularidades.
A conversa eletrônica ocorreu entre Márcia Saad, ex-diretora da Brookfield Gestão de Empreendimentos (BGE) - empresa que administrava o shopping - , e Antonio Carlos Chapela, proprietário da Seron Engenharia, empresa que era contratada pela BGE para lidar com regularizações urbanísticas. Segundo ex-executivas da BGE que testemunharam no Ministério Público, essa era uma das empresas que emitiam notas frias para encobrir o pagamento de propinas.
No dia 19 de janeiro de 2010, Chapela diz para Márcia que não conseguiu achar uma alternativa para regularizar a área da Expand - que já estava aberta desde 2009 - na Secretaria Municipal de Habitação. Márcia então responde, no dia 20 de janeiro: "Se deixarmos a Expand como está (sem pagar aluguel e sabendo que não temos autorização), qual o risco que o shopping corre?"
No dia 21, Chapela explica: "Você está usando uma área irregular. Vai ficar sujeita a fiscalização, multas, etc. A casa faz parte do projeto como um todo. Se você usar irregularmente, o shopping fica irregular. Então o risco é grande." Mesmo assim, a Expand continuou em funcionamento e até hoje a área da loja não foi regularizada perante as autoridades municipais. A cópia dos e-mails está em posse do Ministério Público Estadual.
Procuradas na tarde de ontem, as assessorias de imprensa da BGE e da atual administração do Pátio Higienópolis não se pronunciaram sobre os e-mails. Já a Expand afirma que "sempre cumpriu com as suas obrigações financeiras e legais" e possui todos os comprovantes de aluguel da loja. A empresa disse que desconhece o fato de ocupar área irregular no estabelecimento.
São Paulo - A administração do Shopping Pátio Higienópolis, investigado por supostos pagamentos de propina para obter vantagens na Prefeitura, decidiu manter aberta uma área ocupada por uma adega de vinhos, mesmo sabendo que o local era irregular. A decisão ocorreu no início de 2010, após a inauguração da adega Expand, que fica do lado externo de shopping. Cópia de e-mails obtida pelo Estado mostra que, desde aquela época, a administração sabia das irregularidades.
A conversa eletrônica ocorreu entre Márcia Saad, ex-diretora da Brookfield Gestão de Empreendimentos (BGE) - empresa que administrava o shopping - , e Antonio Carlos Chapela, proprietário da Seron Engenharia, empresa que era contratada pela BGE para lidar com regularizações urbanísticas. Segundo ex-executivas da BGE que testemunharam no Ministério Público, essa era uma das empresas que emitiam notas frias para encobrir o pagamento de propinas.
No dia 19 de janeiro de 2010, Chapela diz para Márcia que não conseguiu achar uma alternativa para regularizar a área da Expand - que já estava aberta desde 2009 - na Secretaria Municipal de Habitação. Márcia então responde, no dia 20 de janeiro: "Se deixarmos a Expand como está (sem pagar aluguel e sabendo que não temos autorização), qual o risco que o shopping corre?"
No dia 21, Chapela explica: "Você está usando uma área irregular. Vai ficar sujeita a fiscalização, multas, etc. A casa faz parte do projeto como um todo. Se você usar irregularmente, o shopping fica irregular. Então o risco é grande." Mesmo assim, a Expand continuou em funcionamento e até hoje a área da loja não foi regularizada perante as autoridades municipais. A cópia dos e-mails está em posse do Ministério Público Estadual.
Procuradas na tarde de ontem, as assessorias de imprensa da BGE e da atual administração do Pátio Higienópolis não se pronunciaram sobre os e-mails. Já a Expand afirma que "sempre cumpriu com as suas obrigações financeiras e legais" e possui todos os comprovantes de aluguel da loja. A empresa disse que desconhece o fato de ocupar área irregular no estabelecimento.