Economia

Mercados de trabalho e imobiliário mostram otimismo nos EUA

Pedidos semanais de auxílio-desemprego caíram para 37 mil, menor nível desde 2008


	Fábrica da Toyota nos Estados Unidos: atividade fabril na região meio-Atlântico, entretanto, contraiu de forma inesperada em janeiro
 (Divulgação)

Fábrica da Toyota nos Estados Unidos: atividade fabril na região meio-Atlântico, entretanto, contraiu de forma inesperada em janeiro (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2013 às 13h11.

Washington - O número de norte-americanos que pediram auxílio-desemprego caiu para uma mínima de cinco anos na semana passada, em um sinal positivo para o apático mercado de trabalho dos Estados Unidos.

Outros dados divulgados nesta quinta-feira mostraram um avanço nas construções de moradias no mês passado, sugerindo que o mercado imobiliário está preparado para apoiar a recuperação da economia neste ano.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego recuaram 37 mil, para 335 mil segundo dados ajustados sazonalmente, o menor nível desde janeiro de 2008, informou o Departamento do Trabalho. Foi a maior queda semanal desde fevereiro de 2010.

"Esse é um bom sinal para o relatório de emprego for a do setor agrícola de janeiro", disse o economista da 4CAST em Nova York David Sloan.

Mas, se por um lado a queda da semana passada colocou fim a quatro semanas seguidas de alta, por outro pode não sinalizar uma mudança material nas condições do mercado de trabalho pela habitual volatilidade do número de pedidos nesta época do ano.

O dado da semana anterior ainda foi revisado para mostrar mil pedidos a mais do que informado anteriormente.

A média móvel de quatro semanas, uma medida melhor das tendências do mercado de trabalho, caiu 6.750, para 359.250, sugerindo alguma melhora nas condições do mercado.

Um segundo relatório, divulgado pelo Departamento do Comércio, mostrou que o início de construções de moradias subiu 12,1 por cento no mês passado, para uma taxa anual de 954 mil unidades, o maior nível desde junho de 2008.

A alta foi impulsionada, sobretudo, pela expansão de 20,3 por cento em construções de unidades para várias famílias, com os dados para uma única família avançando 8,1 por cento.


As autorizações para construções futuras de moradias aumentaram 0,3 por cento, para taxa anual de 903 mil unidades, a maior desde julho de 2008.

Os dados podem ser voláteis e às vezes sujeitos a grandes revisões. O governo revisou para baixo sua estimativa para o início de construção de moradias de novembro para uma taxa de 851 mil unidades, ante 861 mil reportadas antes.

O mercado imobiliário mostrou alguma recuperação após um colapso histórico que ajudou a empurrar a economia para sua pior recessão desde a Grande Depressão. Espera-se que a construção de residências em 2012 tenha contribuído pela primeira vez desde 2005 para o crescimento, sendo um motor de expansão neste ano.

"O mercado imobiliário é um foco de luz na economia e nós devemos ver isso persistir até o fim do ano", avaliou a economista do BNP Paribas em Nova York Yelena Shulyatyeva.

Atividade fabril

O Federal Reserve, banco central norte-americano, da Filadélfia informou ainda nesta quinta-feira que a atividade fabril na região meio-Atlântico dos EUA contraiu de forma inesperada em janeiro.

O índice de atividade fabril da região caiu para -5,8 ante os 4,6 registrados no mês anterior. A leitura ficou abaixo da prevista pelos economistas, que apontava para alta a 5,8, de acordo com pesquisa da Reuters.

Qualquer leitura acima de zero indica expansão da atividade na região. A pesquisa cobre fábricas no leste da Pensilvânia, no sul de Nova Jersey e em Delaware.

(Reportagem adicional de Jason Lange, em Washington, e Chris Reese e Richard Leong, em Nova York) REUTERS FR CMO

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