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Imóvel como garantia? Empresa capta R$ 3,5 mi para baratear crédito

FlowCredi quer transformar home equity em produto de massa. Para isso, recebeu ajuda até do fundador do iFood

Home equity: forma de crédito em que o imóvel do tomador é oferecido como garantia real da operação (Germano Lüders/Exame)

Home equity: forma de crédito em que o imóvel do tomador é oferecido como garantia real da operação (Germano Lüders/Exame)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 10 de dezembro de 2025 às 08h00.

A FlowCredi, fintech especializada em crédito com garantia de imóvel — também conhecido como home equity , acaba de receber um aporte de R$ 3,5 milhões em uma rodada pré-seed liderada pelos fundos Verve Capital e Norte Ventures.

O investimento impulsiona o plano da empresa de popularizar o home equity no Brasil, ampliando o acesso a crédito mais barato e de longo prazo para consumidores.

A rodada contou com investidores-anjo conhecidos no ecossistema de tecnologia, como Patrick Sigrist, fundador do iFood e da Nomad.

Segundo a fintech, o objetivo principal do aporte é acelerar a expansão do produto no país. “O home equity é o crédito mais eficiente do mercado, com juros baixos, prazos longos e liberdade de uso. O desafio agora é torná-lo popular, compreensível e acessível”, afirma Bruno Gama, novo CEO da FlowCredi.

Como funciona a FlowCredi?

Criada há menos de dois anos, a FlowCredi conecta consumidores aos principais bancos e fundos do país, permitindo comparar automaticamente taxas e condições de crédito em um único lugar.

A empresa ultrapassou R$ 500 milhões em crédito aprovado em 2025, consolidando o marketplace como alternativa para quem busca juros menores e prazos mais longos.

Apesar do potencial, a maior barreira hoje é o desconhecimento.

“Grande parte das pessoas endividadas nunca ouviu falar em crédito com garantia de imóvel. Quando mostramos que é possível reduzir uma parcela em até 85% ao trocar dívidas caras por CGI, e que o dinheiro pode ser usado para qualquer finalidade, o impacto é imediato”, afirma Gama.

A fintech se apoia em um cenário regulatório favorável. O Marco Legal das Garantias, em vigor desde 2025, facilita o acesso a crédito ao permitir que um mesmo imóvel seja usado como garantia em mais de uma operação.

Com essa mudança, o mercado de home equity deve fechar 2025 em R$ 11 bilhões, mas pode atingir R$ 500 bilhões nos próximos anos, segundo estimativas citadas pela empresa.

Alternativa ao crédito tradicional

A diferença entre o home equity e o crédito pessoal tradicional está no nível de risco da operação.

No empréstimo sem garantia, o banco arca com toda a possibilidade de inadimplência, o que se reflete em juros mais altos. Quando há um imóvel como colateral, o risco diminui significativamente e abre espaço para taxas menores, prazos mais longos e parcelas até 80% mais baixas.

Essa combinação transformou o produto em uma das principais alternativas para quem busca reorganizar as finanças e substituir dívidas caras por uma solução mais sustentável.

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