A FlowCredi, fintech especializada em crédito com garantia de imóvel — também conhecido como home equity —, acaba de receber um aporte de R$ 3,5 milhões em uma rodada pré-seed liderada pelos fundos Verve Capital e Norte Ventures.
O investimento impulsiona o plano da empresa de popularizar o home equity no Brasil, ampliando o acesso a crédito mais barato e de longo prazo para consumidores.
A rodada contou com investidores-anjo conhecidos no ecossistema de tecnologia, como Patrick Sigrist, fundador do iFood e da Nomad.
Segundo a fintech, o objetivo principal do aporte é acelerar a expansão do produto no país. “O home equity é o crédito mais eficiente do mercado, com juros baixos, prazos longos e liberdade de uso. O desafio agora é torná-lo popular, compreensível e acessível”, afirma Bruno Gama, novo CEO da FlowCredi.
Como funciona a FlowCredi?
Criada há menos de dois anos, a FlowCredi conecta consumidores aos principais bancos e fundos do país, permitindo comparar automaticamente taxas e condições de crédito em um único lugar.
A empresa ultrapassou R$ 500 milhões em crédito aprovado em 2025, consolidando o marketplace como alternativa para quem busca juros menores e prazos mais longos.
Apesar do potencial, a maior barreira hoje é o desconhecimento.
“Grande parte das pessoas endividadas nunca ouviu falar em crédito com garantia de imóvel. Quando mostramos que é possível reduzir uma parcela em até 85% ao trocar dívidas caras por CGI, e que o dinheiro pode ser usado para qualquer finalidade, o impacto é imediato”, afirma Gama.
A fintech se apoia em um cenário regulatório favorável. O Marco Legal das Garantias, em vigor desde 2025, facilita o acesso a crédito ao permitir que um mesmo imóvel seja usado como garantia em mais de uma operação.
Com essa mudança, o mercado de home equity deve fechar 2025 em R$ 11 bilhões, mas pode atingir R$ 500 bilhões nos próximos anos, segundo estimativas citadas pela empresa.
Alternativa ao crédito tradicional
A diferença entre o home equity e o crédito pessoal tradicional está no nível de risco da operação.
No empréstimo sem garantia, o banco arca com toda a possibilidade de inadimplência, o que se reflete em juros mais altos. Quando há um imóvel como colateral, o risco diminui significativamente e abre espaço para taxas menores, prazos mais longos e parcelas até 80% mais baixas.
Essa combinação transformou o produto em uma das principais alternativas para quem busca reorganizar as finanças e substituir dívidas caras por uma solução mais sustentável.