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Entenda a 'guerra' entre Airbnb e algumas cidades do mundo

Grandes centros estão preocupados com o impacto dos aluguéis de curto prazo nos custos de moradia

Protestos em Barcelona contra a presença de turistas (SOPA Images/Getty Images)
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 12 de agosto de 2024 às 08h16.

Em julho,milhares de espanhóis foram às ruas deBarcelonapara protestar contra o turismo excessivo. Manifestantes esguicharam água em visitantes sentados em cafés nas calçadas. A manifestação foi o ápice de anos de aumento no número de visitantes e aumento dos custos de moradia metrópole catalã. O prefeito de Barcelona declarou que os aluguéis e os preços das casas em alta são o maior problema da cidade.

Muitos especialistas dizem que os aluguéis de curto prazo, incluindo Airbnbs, são parte do problema, restringindo a oferta local de moradias e aumentando os preços. Um estudo publicado em 2020 descobriu que aatividade doAirbnbaumentou os aluguéis nos bairros mais populares de Barcelona em 7% e elevou os preços das casas nessas áreas em 17%, segundoreportagem do Business Insider.

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Após uma proibição parcial de aluguéis de curto prazo em Barcelona em 2021, no início deste verão (no meio do ano),a cidade anunciou que pretende eliminar todos os seus aproximadamente 10.000 anúncios de aluguel de curto prazo registrados até 2028. A medida é uma das mais severas repressões contra o Airbnb e outros aluguéis turísticos do mundo. Mas a cidade espanhola não está sozinha nessa "cruzada".

Diversos locais ao redor do mundo implementaram umasérie de regulamentações sobre aluguéis de curto prazopara aliviar a pressão sobre o mercado imobiliário e desacelerar a gentrificação, entre outros objetivos. Nova York, Tóquio e Vancouver exigem que os anfitriões de aluguéis de curto prazo vivam nas casas que alugam. Londres e Paris limitam o número de noites que um anfitrião pode alugar sua casa por ano.

Três centros europeus —Lisboa, FlorençaeAmsterdã—  impuseram regulamentações relativamente rígidas sobre aluguéis de curto prazo. Em Lisboa e Amsterdã, os primeiros dados dizem que as restrições coincidiram com uma queda nos preços dos imóveis. Em Florença, o impacto ainda não está tão claro .

Este não é um fenômeno novo. As cidades estão preocupadas com o impacto dos aluguéis de curto prazo nos custos de moradia há anos. Mas a pressão sobre os políticos para fazer tudo o que puderem para conter o custo de vida inflado levou muitos a buscar políticas mais agressivas nos últimos anos.

As plataformas de aluguel se opuseram a muitas das regulamentações — o Airbnb processou sem sucesso a cidade de Nova York por sua repressão no ano passado. Mas a empresa desde então pareceu mais aberta a um novo padrão regulatório. "Nos últimos dois anos, a empresa pediu uma abordagem em toda a UE para as regras de aluguel de curto prazo que ajudarão a tornar as regulamentações mais consistentes em todo o bloco", disse um porta-voz do Airbnb ao Business Insider.

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