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Da Zona Norte à bolsa: os planos da AW Realty para crescer 20% em 2026

A Zona Norte continua sendo um dos focos principais dos investimentos da AW Realty, mas a empresa também traça planos para a Zona Sul

Claudio Carvalho, que mora na Zona Norte há mais de 27 anos, acredita fortemente no potencial da área (AW Realty/Divulgação)

Claudio Carvalho, que mora na Zona Norte há mais de 27 anos, acredita fortemente no potencial da área (AW Realty/Divulgação)

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercados

Publicado em 18 de dezembro de 2025 às 06h00.

Em 2025, a AW Realty alcançou R$ 1 bilhão em Valor Geral de Vendas (VGV), com empreendimentos de Norte a Sul da cidade de São Paulo. Agora, Claudio Carvalho, sócio da empresa, diz que a companhia elevou a barra para 2026: meta de crescimento de 20% sobre o VGV (valor geral de vendas) alcançado em 2025.

A valorização de bairros localizados depois do Rio Tietê tem atraído investidores e compradores que buscam imóveis de luxo a preços mais acessíveis do que em regiões mais saturadas, da Zona Sul e Oeste. E isso tem sido uma vantagem competitiva importante para a AW Realty.

Por isso a Zona Norte continua sendo um dos focos principais dos investimentos da empresa. Carvalho, que mora na região há mais de 27 anos, acredita fortemente no potencial da área. “Aqui, as pessoas costumam ficar, mesmo quando melhoram sua condição financeira. Elas não atravessam o rio, não saem da Zona Norte”, afirma ele, evidenciando um bairrismo local que torna a região um mercado promissor.

A proximidade com importantes polos econômicos da cidade, como a Marginal Tietê e a Serra da Cantareira, também torna a Zona Norte uma localização estratégica para novos empreendimentos. A AW Realty já está atenta a essas tendências e, nos próximos anos, planeja lançar mais R$ 400 milhões em VGV na região.

Mas o empreendimento que fez a AW ultrapassar a meta de R$ 1 bilhão em 2025 está no lado oposto da capital paulista, no Campo Belo. Trata-se do Quintessence, com VGV de R$ 300 milhões.

Durante o primeiro semestre de 2025, a AW Realty também fez outros lançamentos importantes. No total, dois projetos residenciais somaram R$ 680 milhões, e com a inclusão de um componente corporativo de R$ 200 milhões, o VGV na primeira metade do ano chegou a R$ 880 milhões. Entre os empreendimentos lançados, o Visar, no Jardim Europa, destacou-se com R$ 550 milhões de VGV, e o Sereno Jardim São Paulo, na Zona Norte, somou R$ 130 milhões.

Recentemente, a incorporadora entregou o Natus Braz Leme, com VGV de R$ 220 milhões. Em construção, estão o Lorena por JFL Living, o Vittrino Francisca Julia, o Bosque Vila Nova e o Sereno.

A AW Realty também tem como sócios os proprietários da Athie Wohnrath, Ivo Wohnrath e Sérgio Athie.

IPO pela frente?

Para 2026, a empresa já se prepara para novos lançamentos, que devem ampliar ainda mais sua participação no mercado de alto padrão e no mercado corporativo. Além de Santana, Claudio Carvalho mira regiões do outro lado do rio, como Pinheiros, Ibirapuera e Jardins.

Com uma baixa alavancagem financeira e um landbank de dois anos, a companhia segue a estratégia de crescimento focando em lançamentos que tragam rentabilidade segura.

Sobre a possibilidade de um IPO (oferta pública incial), ele afirma que a empresa está preparada, mas não depende da abertura de capital.

"Estamos preparando para a marca, a empresa, a cultura. Acho que o Brasil vai ter uma janela de oportunidade, não sei se o ano que vem ou 2027. A empresa está adequada, se preparando para eventuais oportunidades de capitalização. Mas, se não rolar, tudo bem, porque não precisamos. Temos um endividamento baixíssimo e bem posicionados com nosso banco de terrenos também", explica.

A estratégia de longo prazo da AW Realty é garantir a perenidade da empresa, independentemente de quem esteja à frente dela. Para isso, a estruturação de um modelo de negócios sustentável, com foco em uma marca forte, é fundamental.

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