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Casa própria, escritório e espaço para pet: como o brasileiro vê o lar

Pesquisa inédita feita pelo QuintoAndar em parceria com o Datafolha revela as preferências dos brasileiros em relação à moradia, e aponta o perfil médio do imóvel no país

Pets estão mais presentes nos lares dos brasileiros, revela pesquisa | Foto: Erin Scott/Casa Branca/Reuters (Erin Scott/Casa Branca//Reuters)
BA

Bianca Alvarenga

Publicado em 15 de fevereiro de 2022 às 06h30.

Última atualização em 16 de fevereiro de 2022 às 18h18.

Quais são as preferências dos brasileiros ao sonhar com sua moradia? Como as pessoas enxergam as características do próprio lar? Uma pesquisa realizada pelo QuintoAndar em parceria com o Datafolha entrevistou mais de 3.000 brasileiros para responder a essas e outras perguntas. O levantamento apontou as percepções sobre a moradia no Brasil, além de ter captado as mudanças ocorridas durante a pandemia do coronavírus.

"Sabemos que a moradia ficou ainda mais em evidência durante a pandemia. A casa virou o lugar onde as pessoas moram e trabalham, então a questão do espaço para trabalhar ou para os filhos estudarem foi algo que incentivou a busca por um novo lar", explicou João Chueiri, chefe de marketing do QuintoAndar, à EXAME Invest.

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A pesquisa revelou que 70% dos entrevistados têm casa própria, dos quais 62% já quitaram o imóvel. O número de pessoas que moram em imóveis alugados foi de 27%, e outros 3% moram em lares cedidos ou emprestados. A casa própria apareceu, em uma escala de prioridades, com um peso similar ao desejo de ter uma família, ter estabilidade financeira e até ter uma profissão.

Os dados não corroboram a percepção de que as novas gerações não almejam mais comprar um imóvel, ao contrário da geração de seus pais ou avós. A pesquisa do QuintoAndar, feita com o Datafolha, revelou que cerca de 90% dos brasileiros com idade entre 21 e 34 anos dizem sonhar em ter uma casa própria. O sonho é mais presente nas famílias de classes C,D e E.

Perfil dos lares brasileiros

Dois quartos, garagem e quintal ou varanda: esse é o perfil mais comum das moradias brasileiras. O estudo, que segmentou os resultados por perfil de renda, mostrou que alguns aspectos, como a disposição de um escritório em casa, são mais presentes no público A e B.

É natural pensar que a renda contribui para uma oferta de um espaço maior e de mais cômodos, mas o desejo de um local para trabalhar e de um espaço adequado para um animal de estimação são pontos de mudança que estão presentes em respostas de entrevistados de diferentes classes e que foram reforçados pela pandemia do coronavírus.

"Não foi só isso. O quarto ganhou mais importância, e alguns hábitos, como cozinhar e fazer uma oração, se tornaram mais presentes no lar", diz o chefe de marketing do QuintoAndar.

Cerca de 60% dos lares brasileiros já são habitados por um animal de estimação, como aponta a pesquisa, o que torna o espaço para cuidar de um cão ou gato ainda mais relevante.

"A pesquisa nos deu insights interessantes sobre o que as pessoas querem ou necessitam. No caso dos animais de estimação, incluímos um filtro que permite saber em quais lares esses moradores são também bem-vindos", cita Chueiri.

Outro ponto sensível da pesquisa foi a constatação de que boa parte das pessoas que moram sozinhas, em especial aquelas mais velhas, são mais velhas e já têm algum problema de saúde. É possível filtrar, por exemplo, qual o grau de acessibilidade daquele imóvel.

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