5 problemas ambientais da China que você não conhecia
Das melancias “explosivas” às secas severas e tempestades de areia, conheça cinco problemas ambientais que assolam a 2ª maior economia do mundo
1 - Tempestades de areia cobrem de pó cidades inteiras (Getty Images)
Vanessa Barbosa
Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 17h47.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h33.
1. 1 - Tempestades de areia cobrem de pó cidades inteiraszoom_out_map
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São Paulo – Todo ano, a cena se repete. Toneladas de areia invadem as cidades chinesas, cobrindo as ruas com nuvens alaranjadas de pó. Aos habitantes, a recomendação do governo é de que cubram o rosto e, se possível, fiquem em casa, com portas e janelas fechadas. Vindas do deserto de Gobi, as tempestades de areia chegam sempre que o tempo está árido, com baixa precipitação.
Mas as condições naturais não são o único culpado desse fenômeno que praticamente paralisa o comércio, fecha escolas e, por vezes, deixa vítimas fatais. A ação do homem, através do desmatamento e da urbanização intensa, ajuda a aumentar as zonas desérticas do país, o que agrava ainda mais a ventania.
2. 2 – Maior rio chinês enfrenta sua pior seca em 50 anoszoom_out_map
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São Paulo – O Yangtsé, o maior rio chinês e o terceiro do mundo, com cerca de 6,3 mil Km de extensão, atravessa a sua pior estiagem em mais de meio século. Nesta primavera, as incidências de chuva no país caíram 80% em relação aos valores normais, enquanto o calor, acima dos 35 graus célsius, só vem aumentando.
Ao menos sete províncias sofrem com o desabastecimento provocado pela baixa de água, que prejudica principalmente a produção agrícola. Para contornar a seca, as autoridades chinesas ordenaram que a usina de Três Gargantas, o maior complexo hidrelétrico do mundo, aumente suas operações em 20% nas próximas duas semanas.
3. 3 - Uso abusivo de fertilizantes causa "explosão" de melanciaszoom_out_map
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São Paulo – A agricultura chinesa, que atende a um mercado interno de 1,3 bilhão de pessoas, impressiona pelo seu rápido crescimento. Mas os meios que garantem esse desempenho têm gerado alguns escândalos alimentares que lançam desconfiança sobre as práticas agrícolas do país.
Desde 1990, a China tornou-se o maior consumidor de fertilizantes nitrogenados do mundo, que apesar de ajudarem a acelerar o crescimento do cultivo, poluem e deterioram o solo. E vez por outra, gera resultados inesperados e preocupantes. No começo de maio, o uso abusivo de produtos químicos para acelerar o cultivo fez com que plantações de melancia no leste da China literalmente explodissem. Alguns fazendeiros registraram perdas de até dois terços da produção da fruta.
4. 4 – Poluição atinge níveis recordes em Xangaizoom_out_map
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São Paulo – Xangai, considerada a capital comercial e financeira da Chin, registrou níveis recordes de poluição atmosférica no começo de maio. Durante quase três dias, uma espessa neblina envolveu a cidade de 20 milhões de habitantes. Muitas pessoas sofreram com tosse seca, irritação nos olhos e dificuldades para respirar.
Segundo a imprensa local, os índices de poluição ambiental bateram os 500 pontos na escala chinesa, bem acima do nível considerado bom, entre 50 e 100 pontos. A péssima qualidade do ar na região deve-se em grande medida a uma matriz de geração de energia suja, formada na maior parte por termelétricas a carvão. Outra consequência negativa da poluição são as chuvas ácidas, provocadas pela alta presença de dióxido de enxofre no ar.
5. 5 - Invasão de espécies exóticas custa bilhões ao paíszoom_out_map
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São Paulo – Consideradas a segunda maior causa da perda da biodiversidade no mundo, atrás apenas da ação humana, as espécies exóticas estão invadindo a China. Há registros de pelo menos 400 espécies de animais, plantas e insetos, que foram trazidos para a China desde que o país abriu sua economia no início dos anos 90.
De acordo com a União Internacional para Conservação da Natureza (The World Conservation Union - IUCN), os organismos introduzidos em um ecossistema do qual não fazem parte prejudicam os processos naturais e os organismos nativos, além de gerar impactos econômicos e sociais negativos. Estima-se que os prejuízos na China girem em torno de 15 bilhões de dólares anualmente, com perda de lavouras e problemas de saúde pública.
Processo se baseia em indícios de que Pequim planeja dominar globalmente indústria de semicondutores, em estratégia similar à das áreas de painéis solares, veículos elétricos e minerais críticos