Pagamento via camisa de time? Corona aposta em tecnologia e vê alta das vendas nos estádios
Batizada de 'jersey pay', inovação transforma as camisas dos times usadas pelos torcedores em carteiras digitais, por meio de chips com créditos para a compra de cerveja
Redação Exame
Publicado em 7 de dezembro de 2023 às 12h10.
Última atualização em 7 de dezembro de 2023 às 12h27.
Patrocinadora oficial do América do México, um dos times de futebol mais populares do México comandado pelo brasileiro André Jardine, a Corona desenvolveu um sistema de pagamento que transforma as camisas dos times usadas pelos torcedores em carteiras digitais. A inovação, premiada no Cannes Lions, LIA e Clio Sports, levou a um aumento das vendas de cerveja durante os jogos.
A ' jersey pay ', que na tradução livre significa camisa de pagamento, foi criada em parceria com a VMLY&R Commerce, após a cervejaria notar uma queda no consumo da bebida nos estádios, especialmente, o Azteca, na cidade do México, que é a casa da seleção mexicana de futebol e do América do México.
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O motivo é que, com receio de furtos e roubos, muitos torcedores passaram a não levar carteiras e celulares aos jogos, o que culminou na queda das vendas, conforme explica o vídeo promocional da marca ( veja abaixo ).
A novidade foi testada pela primeira vez no jogo entre América e Juarez, em abril do ano passado, pela liga mexicana. Somente na primeira semana da iniciativa, segundo a Corona, foram instalados 30 mil chips, o que levou a uma alta de 35% no consumo de cerveja dentro de estádios.
Como funciona a 'jersey pay'?
O sistema de pagamento funciona por meio de um chip recarregável, que é fixado na parte de trás do escudo da camisa de time. A tecnologia NFC (comunicação de campo próximo) é conectada a uma carteira digital com créditos para a compra de cerveja.
Ao chegar aos estádios, basta o torcedor encostar o escudo diretamente a um terminal eletrônico de um vendedor para efetuar a compra, da mesma forma como são feitos os pagamentos com cartões por aproximação e carteiras digitais via celulares. Segundo a empresa, o chip é à prova d’água e também resistente ao suor e à chuva.
O torcedor que quiser aderir ao lançamento da Corona basta levar sua camisa a uma loja Modelorama (pertencente a AB InBev, dona da marca Corona) para colocar uma etiqueta NFC sob o distintivo do time. O serviço também é ofertado em quiosques localizados em estádios do México.