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Organizadores da Rio 2016 fecham quatro patrocínios

Mais 10 estão em fase final de negociação, o que fechará 80% da meta de patrocínio das Olimpíadas de 2016


	Bandeira Rio 2016: organizadores preveem que 51 por cento dos R$ 7 bilhões em custos operacionais das Olimpíadas sejam pagos por meio de parcerias
 (Divulgação/COB)

Bandeira Rio 2016: organizadores preveem que 51 por cento dos R$ 7 bilhões em custos operacionais das Olimpíadas sejam pagos por meio de parcerias (Divulgação/COB)

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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2014 às 18h32.

Rio de Janeiro - Os organizadores dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro fecharam quatro novos contratos de patrocínio e estão na fase final de negociação com outras 10 empresas, disse o diretor comercial dos jogos de 2016.

As Olimpíadas de 2016 alcançarão 80 por cento de sua meta de patrocínio se os acordos forem fechados, disse Renato Ciuchini. A maioria dos acordos é uma mescla de dinheiro e serviços. Os organizadores preveem que 51 por cento dos R$ 7 bilhões (US$ 3 bilhões) em custos operacionais das Olimpíadas sejam pagos por meio de parcerias.

O Brasil será o foco do mundo esportivo nos próximos dois anos. Daqui a três meses o país receberá os melhores jogadores de futebol do planeta, incluindo o argentino Lionel Messi e o português Cristiano Ronaldo, durante a Copa do Mundo, um evento que atualmente está ofuscando o planejamento do Rio para receber a primeira Olimpíada sul-americana. Ciuchini diz que isso está impedindo muitas empresas de promover sua associação com o evento poliesportivo.

“Todos nós sabemos, e todos os patrocinadores sabem, que se o Messi pegar uma gripe, essa será a primeira página de todos os jornais”, disse Ciuchini, depois que a empresa Education First assinou como a fornecedora de treinamento de idiomas das Olimpíadas Rio 2016, na semana passada. “Então por que precisamos entrar nessa batalha e investir dinheiro, esforço e energia, quando sabemos que essa não é uma área na qual a imprensa está focada no momento?”.

Ciuchini não revelou os patrocinadores atuais e potenciais, dizendo que o anúncio será feito nas próximas semanas. Ele disse que a maioria dos parceiros planeja divulgar a campanha em agosto e acrescentou que o Rio já atingiu 91 por cento do montante de patrocínios obtido por Londres 2012, que o organizador Sebastian Coe disse ter sido o programa olímpico de patrocínios mais bem-sucedido da história. Londres arrecadou 700 milhões de libras (US$ 1,16 bilhão).

Delegação do COI

Os comentários de Ciuchini surgem dias antes da chegada de executivos do Comitê Olímpico Internacional ao Rio para monitorar o progresso. Em visitas anteriores, os organizadores foram criticados devido à velocidade da implementação e sobre sua capacidade para explicar aos brasileiros por que eles deveriam apoiar os jogos. Os gastos com eventos esportivos estavam entre as questões que atraíram milhões aos maiores protestos do país em uma geração, no ano passado.


Os patrocinadores estão conscientes do sentimento público, disse Ciuchini, acrescentando que é provável que os parceiros olímpicos embarquem em uma série de programas corporativos de responsabilidade social.

“Se eu te disser que manifestações e protestos não preocupam a ninguém, não seria verdade: são uma preocupação para todos”, disse ele. “Nós não temos patrocinadores que estão apenas comprando espaços publicitários em estádios e tentando obter retorno disso. Estamos falando de um comprometimento sério e de longo prazo com o país”.

Três níveis

O patrocínio olímpico é dividido em três níveis, sendo que o primeiro é o mais custoso. Ciuchini disse que as vendas dos níveis de alto e médio investimento provavelmente serão concluídas até agosto, incluindo o fornecedor oficial de metais ou minérios, empresa responsável pelas medalhas. Ele disse que a Rio 2016 está negociando com a Vale SA, que tem sede no Rio de Janeiro e é a maior produtora de minério de ferro do mundo, embora não haja garantia de que a empresa seja a fornecedora das medalhas.

“Eles têm interesse em participar disso, mas a pergunta é: as medalhas farão diferença para eles?”, disse Ciuchini. “Sim ou não. Talvez existam outras empresas para as quais as medalhas farão uma diferença maior”.

Um dos grandes apoiadores da candidatura bem-sucedida do Rio para sediar a Olimpíada em 2009 era Eike Batista, à época o homem mais rico do país. Nos últimos dois anos ele perdeu US$ 30 bilhões e seu status de bilionário. Seu fracasso não prejudica os jogos, segundo Ciuchini.

“Não houve sequer discussão com alguma de suas empresas”, disse ele. “Elas nunca foram candidatas (a patrocinadoras)”.

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