H&M é acusada de racismo em foto de menino de moletom
Marca no Reino Unido enfrenta polêmica após moletom com frase sobre macaco
Guilherme Dearo
Publicado em 9 de janeiro de 2018 às 12h59.
Última atualização em 9 de janeiro de 2018 às 13h06.
São Paulo - A H&M no Reino Unido começou 2018 com um grande incêndio para apagar.
Após imagens viralizarem no Twitter no domingo (7), a marca enfrentou uma avalanche de críticas e foi acusada de racismo .
A polêmica começou com uma imagem de um moletom, à venda no site da marca.
A roupa diz "Coolest Monkey In the Jungle": "Macaco mais legal da floresta". No site, o modelo da roupa é um menino negro.
A marca começou a ser acusada de racismo por consumidores, que compararam a peça com outras roupas da coleção e viram uma questão simbólica alarmante.
Enquanto apenas o menino negro traz a comparação a um macaco, todos os outros modelos são brancos e vestem as outras roupas da coleção.
Uma das roupas traz a estampa de um tigre, dizendo "Survivor Expert" ("Especialista em Sobrevivência"). Um menino branco serve de modelo.
À CNN, a porta-voz da marca, Anna Eriksson, pediu desculpas caso tivessem ofendido alguém e disse que as imagens tinham sido removidas de todos os canais da marca. Mas a roupa continuou à venda durante a segunda-feira. Hoje (9), a peça não estava mais disponível no link original.
Prejuízos
Apesar do pedido de desculpas, a marca começa a enfrentar os primeiros golpes após a grande falha.
O astro pop Abel Makkonen Tesfaye, o The Weeknd, que já trabalhou com a marca, disse que estava cortando laços com ela. Um duro golpe, já que o cantor é um dos mais populares e rentáveis da atualidade.
"Acordei essa manhã chocado e envergonhado por esse foto. Estou profundamente ofendido e não vou trabalhar mais com a H&M", ele escreveu no Twitter.
Outra figura de peso que não perdoou a H&M foi o astro do basquete LeBron James, um dos jogadores mais famosos da atualidade.
Ele postou, em seu Instagram, uma montagem onde o menino era um rei.
"Vocês entenderam tudo errado. E nós não vamos engolir isso", ele escreveu.
"Nós como afro-americanos sempre teremos de quebrar barreiras, provas às pessoas que elas estão erradas e trabalhar sempre mais duro para mostrar que nós pertencemos", completou.
Desculpas
Após a polêmica, a marca postou um pedido de desculpas em seu Instagram: