Para reforçar esse conceito emocional, a marca relançou o Meu Primeiro Gradiente (Flickr)
Da Redação
Publicado em 17 de maio de 2012 às 11h05.
Rio de Janeiro - Depois de quase seis anos fora do mercado, a Gradiente volta às prateleiras trazendo um portfólio amplo voltado para as classes A, B e C. O retorno se dá por meio da Companhia Brasileira de Tecnologia Digital (CBTD), responsável pelo arrendamento e administração da marca. O foco inicial é o e-commerce e a empresa oferece linhas voltadas para todas as faixas etárias, desde crianças até idosos
A decisão pela volta dos produtos Gradiente foi tomada após uma série de pesquisas que indicaram que os consumidores ainda possuíam uma relação forte com a marca e muitos deles sequer sabiam que a fabricante estava fora do mercado.“O que percebemos é que ainda havia um grande espaço para a Gradiente no mercado. A marca é lembrada como sinônimo de carinho, tecnologia e inovação, sempre tendo estado muito próxima dos brasileiros como a marca da família”, explica Eduardo Toni, diretor de marketing da CBTD.
Apelo emocional
Um dos principais objetivos da empresa nesse primeiro momento é reforçar o conceito emocional e, para isso, a marca relança o Meu Primeiro Gradiente. O aparelho de som ícone dos anos 1980 volta ao mercado remodelado, em versão digital, com entrada USB e acesso à internet, mas mantendo as mesmas características do design colorido e divertido do passado.
“O Meu Primeiro Gradiente marcou a infância de muita gente que o tem até hoje guardado. Esse relançamento faz parte da nossa estratégia de resgatar essa proximidade com a marca. Acreditamos que esse produto vai impulsionar a volta da Gradiente para o mercado”, afirma o diretor de marketing.
Inicialmente, a produção da linha será terceirizada, parte da estratégia da CBTD de buscar mais um diferencial no mercado com preços competitivos e sem produção em larga escala. A empresa, no entanto, não descarta a possibilidade de instalar a sua própria fábrica.
“Essa terceirização é parte da nossa estratégia. Isso não quer dizer que, num segundo momento, não pensaremos em abrir uma fábrica. Mas, por enquanto, o que queremos é produzir em uma escala menor, sem a pressão dos grandes estoques”, reforça Toni.
Portfólio amplo
O objetivo é que, até o final do ano, 20 produtos da marca estejam no mercado, em linhas de telefonia celular, tablets, produtos infantis e de home entertainment. Uma das novidades é o Link Box, que permitirá por meio do sistema operacional Android, conectar a TV à Internet para navegar e baixar conteúdos. O produto conta com teclado qwerty e tela touch.
O público infantil continua sendo um grande alvo para a Gradiente, que lança uma linha especial com, além do Meu Primeiro Gradiente, câmera digital, aparelho celular e o Tablet OZ, que já traz os aplicativos instalados.
“O tablet já vem com 15 programas na memória, então, assim que recebe, a criança já pode usar. Pensando na tranquilidade dos pais, o produto vem com o Parental Control, que permite bloquear o acesso aos sites que a família não quer que os filhos vejam. Até mesmo todo o acesso à internet pode ser bloqueado”, diz Eduardo Toni.
O foco inicial da marca é o e-commerce, que a CBTD acredita que seja responsável por 50% do faturamento da Gradiente. O restante virá da comercialização por meio das grandes redes varejistas com as quais a companhia ainda está em processo de negociação.
“Ainda estamos naquela fase de explicar sobre este retorno da marca ao mercado e de que forma ele está sendo feito. A partir de junho, os consumidores já encontrarão os produtos da Gradiente nas lojas. Mas nosso foco inicial é o e-commerce. Acabamos de colocar o site no ar e já vendemos uma dezena de tablets”, conta Toni.
Estratégia de marketing
As ações de marketing da CBTD, neste primeiro momento, também serão direcionadas aos canais digitais. Hoje, dia 17, os produtos começam a ser anunciados nos principais portais. O lançamento das campanhas na TV e mídia impressa só deve ser feito em agosto ou setembro.
“Nosso primeiro foco é mesmo o digital, mas esperamos atingir tanto o público mais refinado quanto a classe média. A Classe C é um importante mercado para a Gradiente, já que, como todos sabemos, trata-se de uma parcela da população que busca, cada vez mais, a tecnologia”, explica Eduardo Toni.
Com a Gradiente, a CBTD espera alcançar um público amplo, desde crianças até idosos, com linhas direcionadas e atrativas. A ideia é chegar ao mercado com preços competitivos frente aos grandes fabricantes.
“O que posso dizer é que teremos preços justos e competitivos. Queremos atingir não só as classes mais altas, mas a Classe C, que está ávida por consumir tecnologia. Estamos felizes por retomar o mercado”, completa o diretor de marketing.