Etanol na Indy promove produto brasileiro no exterior
São Paulo - A publicidade do etanol por meio da Fórmula Indy pode ajudar na consolidação do biocombustível como commodity internacional, na avaliação do presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Marcos Jank. A ideia é a gente mostrar todas as diferenças que existem nesse etanol, como complemento do programa norte-americano, como redutor de […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
São Paulo - A publicidade do etanol por meio da Fórmula Indy pode ajudar na consolidação do biocombustível como commodity internacional, na avaliação do presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Marcos Jank. A ideia é a gente mostrar todas as diferenças que existem nesse etanol, como complemento do programa norte-americano, como redutor de emissões, como gerador de maior diversificação energética nos Estados Unidos, disse.
A Unica está fornecendo o etanol que abastece os carros da Fórmula Indy. A competição teve início hoje (14), em São Paulo. O evento também terá etapas no Japão e no Canadá, apesar de a maior parte das 17 provas ocorrer nos Estados Unidos.
Além disso, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) mantém um camarote nas corridas e faz uma série de ações promocionais durante as competições. O objetivo é expandir a atuação brasileira no mercado norte-americano.
Essas iniciativas possibilitaram o fechamento de contratos no valor de US$ 370 milhões em 2009. O convênio de renovação, com a expectativa de gerar mais de US$ 400 milhões em negócios neste ano, foi assinado entre o presidente da Apex, Alessandro Teixeira, e o presidente da divisão comercial da competição, Terry Angstadt, na presença dos ministros do Esporte, Orlando Silva e do Turismo, Luiz Barretto.
Segundo Marcos Jank, o mercado norte-americano é importante para a indústria sucroenergética brasileira porque já possui um programa de adição de etanol à gasolina, com foco na redução de emissões de gases de efeito estufa. O país, entretanto, ainda mantém uma barreira tarifária proibitiva à entrada do produto brasileiro.
A internacionalização do etanol permitiria, de acordo com Jank, que o Brasil se tornasse um grande exportador do produto, a exemplo do que ocorre com o açúcar. Hoje, a gente exporta 70% do nosso açúcar. O Brasil é o maior fornecedor de açúcar do mercado mundial e detém quase 50% do mercado. E no etanol, a gente só exporta 15% e 85% ficam aqui dentro, ressaltou.