Cannes entra na reta final com filme estrelado por Sean Penn
Ator faz o papel de um roqueiro gótico no filme "This must be the place"; festival continua sem favorito para a Palma de Ouro
Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2011 às 13h48.
Cannes, França - Um filme do italiano Paolo Sorrentino, "This must be the place", com a estrela Sean Penn no papel de um roqueiro excêntrico, foi exibido nesta sexta-feira, penúltimo dia da mostra competitiva do Festival de Cannes, que será concedida no domingo.
Após centenas de exibições, festas extravagantes frente ao mar e até um escândalo político, protagonizado pelo dinamarquês Lars von Trier, o Festival está próximo do fim sem nenhum claro favorito, embora esteja sendo muito mencionado o nome do finlandês Aki Kaurismaki, que apresentou seu filme "Le Havre".
O filme de Kaurismaki, que aborda com humor e fraternidade o polêmico tema da imigração clandestina, está entre os favoritos dos críticos, frente a filmes como "Árvore da Vida", do americano Terrence Malick, que dividiu a plateia em Cannes, com "A Pele que habito", de Pedro Almodóvar, um thriller que arrancou aplausos, assim como críticas.
O protagonista desta sexta-feira foi o americano Sean Penn, que vive um velho roqueiro gótico - lembrando Robert Smith, do The Cure-, no filme de Sorrentino, que retoma em seu título, "This must be the place", uma música do grupo Talking Heads.
O longa de Sorrentino recebeu alguns poucos aplausos na sala, mas a atuação de Penn, com um ar de quem abusou das drogas e que quilos de maquiagem fazem parecer quase um travesti, seduziu a crítica internacional.
Sorrentino, que com o "Il divo", um retrato cáustico do ex-presidente do Conselho italiano Giulio Andreotti, ganhou o Prêmio do Júri em Cannes há três anos, parece, entretanto, se perder na trama do filme, que em sua segunda parte se transforma em um "road movie".
Cheyenne, o velho roqueiro gótico, deixa sua luxuosa mansão na Irlanda e sua esposa Jane -a magnífica atriz Frances Mc Dormand- para ir ao enterro de seu pai. Chegando lá, decide sair à caça de um guarda nazista que atormentou seu pai no campo de Auschwitz, durante a Segunda Guerra Mundial.
No entanto, apesar das deficiências do filme, alguns jornalistas e críticos não descartam que "This Must Be the Place", rodado em inglês e com atores americanos, e que inclui as sempre terríveis e impactantes imagens do Holocausto, possa receber no domingo a Palma de Ouro.
Esta edição do Festival de Cannes "se politizou", comentou um crítico de cinema nesta sexta-feira, após o escândalo de Lars von Trier, que causou comoção na quarta-feira em Cannes ao afirmar que sentia "certa simpatia" por Adolf Hitler.
As frases, ditas em tom de gozação por Lars von Trier, uma das personalidades do cinema mais interessantes dos últimos anos, fizeram os diretores do Festival considerá-lo "persona non grata", apesar do pedido de perdão do cineasta, que continua na disputa pela Palma de Ouro.
Sean Penn também tem um pequeno papel em "A Árvore da Vida", filme de Terrence Malick protagonizado por Brad Pitt, que também está na disputa em Cannes.
Cannes, França - Um filme do italiano Paolo Sorrentino, "This must be the place", com a estrela Sean Penn no papel de um roqueiro excêntrico, foi exibido nesta sexta-feira, penúltimo dia da mostra competitiva do Festival de Cannes, que será concedida no domingo.
Após centenas de exibições, festas extravagantes frente ao mar e até um escândalo político, protagonizado pelo dinamarquês Lars von Trier, o Festival está próximo do fim sem nenhum claro favorito, embora esteja sendo muito mencionado o nome do finlandês Aki Kaurismaki, que apresentou seu filme "Le Havre".
O filme de Kaurismaki, que aborda com humor e fraternidade o polêmico tema da imigração clandestina, está entre os favoritos dos críticos, frente a filmes como "Árvore da Vida", do americano Terrence Malick, que dividiu a plateia em Cannes, com "A Pele que habito", de Pedro Almodóvar, um thriller que arrancou aplausos, assim como críticas.
O protagonista desta sexta-feira foi o americano Sean Penn, que vive um velho roqueiro gótico - lembrando Robert Smith, do The Cure-, no filme de Sorrentino, que retoma em seu título, "This must be the place", uma música do grupo Talking Heads.
O longa de Sorrentino recebeu alguns poucos aplausos na sala, mas a atuação de Penn, com um ar de quem abusou das drogas e que quilos de maquiagem fazem parecer quase um travesti, seduziu a crítica internacional.
Sorrentino, que com o "Il divo", um retrato cáustico do ex-presidente do Conselho italiano Giulio Andreotti, ganhou o Prêmio do Júri em Cannes há três anos, parece, entretanto, se perder na trama do filme, que em sua segunda parte se transforma em um "road movie".
Cheyenne, o velho roqueiro gótico, deixa sua luxuosa mansão na Irlanda e sua esposa Jane -a magnífica atriz Frances Mc Dormand- para ir ao enterro de seu pai. Chegando lá, decide sair à caça de um guarda nazista que atormentou seu pai no campo de Auschwitz, durante a Segunda Guerra Mundial.
No entanto, apesar das deficiências do filme, alguns jornalistas e críticos não descartam que "This Must Be the Place", rodado em inglês e com atores americanos, e que inclui as sempre terríveis e impactantes imagens do Holocausto, possa receber no domingo a Palma de Ouro.
Esta edição do Festival de Cannes "se politizou", comentou um crítico de cinema nesta sexta-feira, após o escândalo de Lars von Trier, que causou comoção na quarta-feira em Cannes ao afirmar que sentia "certa simpatia" por Adolf Hitler.
As frases, ditas em tom de gozação por Lars von Trier, uma das personalidades do cinema mais interessantes dos últimos anos, fizeram os diretores do Festival considerá-lo "persona non grata", apesar do pedido de perdão do cineasta, que continua na disputa pela Palma de Ouro.
Sean Penn também tem um pequeno papel em "A Árvore da Vida", filme de Terrence Malick protagonizado por Brad Pitt, que também está na disputa em Cannes.