Marketing

As tendências para a mulher da Classe C em 10 segmentos

Pesquisa aponta que as consumidoras emergentes valorizam mais as marcas e dão sofisticação ao consumo

Pés inspirados: 16 pares de sapato é a média entre as consumidoras da classe C (Carlos Cubi/Manequim)

Pés inspirados: 16 pares de sapato é a média entre as consumidoras da classe C (Carlos Cubi/Manequim)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2011 às 10h04.

São Paulo - Um estudo sobre as mulheres da classe emergente feito pela Abril Mídia em parceria com o Data Popular apontou macrotendências encontradas entre essas consumidoras e detalhou pontos importantes da maneira como elas agem em relação a alimentação, finanças, moda, beleza, casa e decoração, carro, tecnologia, saúde, educação e turismo.

Chamada de "As Poderosas da Nova Classe Média Brasileira", a pesquisa indicou, por exemplo, que as mulheres da nova classe média movimentaram 19,7 bilhões de reais em produtos de beleza em 2010, o que significa um aumento de 228% em relação a 2002. 

Se até alguns anos atrás, uma parte significativa dos negros e pardos da classe C se declaravam brancos nas pesquisas, a nova classe média está mudando essa perspectiva. Negros e pardos hoje representam 48% da classe C (há 7 anos, eram 40%). 18 milhões de pessoas que se declararam brancas em 2003 se declararam negras ou pardas em 2010.

Com três anos a mais de estudo do que suas mães, tendo filhos mais tarde e se informando mais, as consumidoras emergentes conquistam hoje empregos melhores, com foco na formação de uma carreira e, com isso, conseguiram aumentar sua renda em 78% entre 2002 e 2010, enquanto os homens tiveram um aumento de 40% no mesmo período.

Ainda, se até 2002, elas buscavam garantir itens básicos como computador, celular pré-pago, produtos para cabelo, prótese dentária e carros usados, hoje, as conquistas chegam a viagens de avião, eletrodomésticos mais modernos, produtos de beleza e perfumes importados, notebook e escolas particulares para os filhos.

Em relação às marcas, além de sedimentar as escolhas já feitas em áreas como alimentação, personal e home care, lojas de roupas e operadoras de celular, as mulheres da classe emergente passaram a valorizar mais as marcas também em outros segmentos, aos quais tinham acesso limitado antes. Elas estão agora escolhendo as marcas preferidas (e não mais as mais baratas) em segmentos como roupas e sapatos, eletroeletrônicos, automóveis, móveis e decoração, bancos, TV a cabo (o adeus à TV aberta) e plano de saúde.

Veja as tendências em cada segmento:

Alimentação

66% buscam refeições saudáveis e balanceadas

Só 37% valorizam produtos diet e light (contra 66% na classe A)

Maioria prefere produtos semi-prontos que permitam dar “toque pessoal” à receita

6,4 milhões compram algum tipo de congelado todo mês


Finanças

72% se dizem cuidadosas com dinheiro

71% planejam antes o que vão comprar 

Maioria quer prazos mais curtos de financiamento

Tem orgulho do crédito, que representa segurança em imprevistos


Moda

Gostam de roupas mais curtas, mais justas e mais coloridas que as mulheres da elite

57% das mulheres abaixo de 34 anos amam novidades

16 pares de sapato é a média entre elas (na classe D, o número é inferior a 5 pares)

60% das mulheres com carteira assinada compram roupas especiais para trabalhar


Beleza

70% acreditam que cuidar da beleza aumenta as chances de sucesso na vida

39% querem emagrecer

14% delas possuem plano odontológico – e o mais novo desejo é corrigir dentes tortos e fazer clareamento

Alisadas começam a invejar cabelos cacheados (mas ainda preferem o liso, por praticidade)


Casa e decoração

31% querem comprar casa nos próximos 2 anos

62% têm interesse em decoração

40% querem reformar a casa (na elite, só 36%)

80% tem prazer de receber pessoas em casa (a decoração é símbolo de status)

59% consideram cozinha a parte mais importante do lar – e querem uma cozinha planejada.

Preferem casa, mas cogitam mudar para apartamento (por localização, financiamento e segurança)

Em apartamento, se encantam com a cozinha americana


Carro

Carro, aqui significa conforto, além de não passar mais por constrangimentos em transporte coletivo lotado

44% compram carro financiado (índice maior que o dos homens e de mulheres da elite)

64,8% escolhem carro pela potência do motor

62% valorizam o design na hora da compra

31% querem comprar ou trocar de carro nos próximos 12 meses 


Tecnologia

74,7% consultam amigos e parentes antes de comprar computador

65% consultam antes de comprar celular

46% vão comprar um notebook nos próximos 12 meses

50,8% vão trocar de celular nos próximos 12 meses


Saúde

61% fazem consultas e exames preventivos (índice igual ao das mulheres A/B)

72% afirmam cuidar da saúde de toda a família (na elite, o número é 63%)

56% compram os remédios da família

Preferem os genéricos, exceto para doenças mais complexas


Educação

38% querem fazer curso de inglês

36% querem fazer faculdade

58% dos universitários de classe C são mulheres.

26 anos é a média de idade das universitárias de classe C (era 27 há cinco anos)


Turismo

62% viajaram no último ano (contra 54% dos homens)

72% vão viajar nos próximos 12 meses

42% das que vão viajar o farão de avião

20% querem viajar para o exterior

Em 25% das viagens, se hospedam em hotel

Acompanhe tudo sobre:Classe CConsumidoresConsumoMulheres

Mais de Marketing

Maioria dos influenciadores brasileiros ganha entre R$ 500 e R$ 2 mil por mês, diz pesquisa

Nsports transmitirá a United Cup, torneio de tênis que reúne estrelas mundiais

ESPN aposta em serviço de streaming exclusivo em 2025

Spotify quer ter 1 bilhão de usuários até 2030; diretora-geral na América Latina explica plano