As histórias por trás dos nomes de 20 bandas e artistas
Descubra como artistas e bandas criaram as poderosas marcas por trás dos seus nomes
Da Redação
Publicado em 31 de agosto de 2015 às 17h39.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h34.
São Paulo - O nome da banda ou o nome artístico não é apenas uma questão de batismo. É, principalmente, uma questão de marca . Tanto o nome adotado quanto o logotipo que o representará poderão ser decisivos no sucesso ou no fracasso na carreira do artista. Conheça, nas imagens, 20 histórias de naming e personal brand de artistas e bandas famosas ao redor do mundo.
Você pode até achar que "John" é o nome de registro e que "Cash" é um sobrenome artístico. Mas com o "homem de preto" acontece justamente o contrário. J.R. Cash é o nome de batismo do pai do country americano e, durante toda sua infância, seu nome foi apenas a sigla J.R. Iniciais como nome eram bastante comuns na época e na região onde o cantor nasceu, e somente quando entrou para a força aérea é que Cash foi obrigado a escolher um nome: John. Para os íntimos, Johnnny. Johnny Cash.
O nome da banda de rock australiana é uma sigla para "Alternating Current/Direct Current", que em português significa "corrente alternada/corrente contínua", o que explica muito do seu estilo eletrizante nos palcos. Pronunciado "Acca Dacca" pelos australianos, AC/DC carrega conspirações de que o nome significaria "Anti Christ/Devil's Child". Mas apesar das letras e dos tradicionais chifres vermelhos, os irmãos Young garantem que o nome foi mesmo inspirado na sigla encontrada na máquina de costura da irmã dos dois.
Um projétil bizarro da Segunda Guerra? Uma homenagem a um suicida que se jogou do Empire State Building? Nada disso. Aerosmith é apenas uma combinação de palavras feita pelo baterista da banda, Joey Kramer. Ele se inspirou na letra de uma canção da Harry Nilsson sobre um artista circense pulando de um avião. Agora, se o nome dele era Smith, nunca saberemos...
O nome verdadeiro do Alice é Vincent Damon Furnier. Alice Cooper era o nome da banda que ele montou, inspirado numa espécie de jogo do copo - aqueles de evocar espíritos em um tabuleiro. Segundo ele, Alice Cooper foi uma feiticeira e uma das vidas passadas dele. Quase tão bizarro quanto as performances do cara no palco.
O Audioslave ia se chamar Civilian, mas esse nome já era usado por outros músicos. Daí que o vocalista Chris Cornell resolveu arranjar um nome livre e esqueceu, mais uma vez, de buscar no INPI - já que o nome Audioslave também tinha sido tomado. Na hora do paralegal, os caras resolveram fazer um acordo com a banda homônima e ficaram com Audioslave para eles.
Seu nome verdadeiro é David Robert Jones. Nem parece nome de rockstar, ainda mais de uma figura andrógina que chegou a ter um alter ego vindo do espaço. David Bowie, além de soar mais rock'n'roll, garantiu que o cara não fosse confundido com o Monkee Davy Jones. Em tempo: bowie é um tipo de faca de caça, imagem que a atual mulher do músico - a modelo Iman - tem tatuada no tornozelo.
Em sua emblemática canção "God", John Lennon diz não acreditar, entre outras coisas, em Zimmerman. Pois este judeu mencionado aí no clássico é ninguém menos que o grande Bob Dylan, cujo nome verdadeiro é Robert Allen Zimmerman. Só para contextualizar: numa época em que os astros se chamavam Chuck Berry, Buddy Holly e Little Richard, o nome verdadeiro de Dylan definitivamente não funcionava. Foi assim que ele manteve o Bob e incorporou um Dylan, que veio naturalmente, por uma questão sonora - e não por causa do poeta Dylan Thomas, como muitos afirmam.
Se você pensa que um nome cortado ao meio não dá um bom nome de banda, é porque não lhe ocorreu que Bon Jovi é uma mutação do nome de John Francis Bongiovi Jr., um ex-faxineiro de estúdio que acabou formando um dos grupos de hard rock mais bem-sucedidos do mundo - goste dele ou não. A banda de John chegou a se chamar Wild Ones antes de cogitar virar Bon Jovi, mas abraçou o sobrenome de John e, dali em diante, foi colhendo os louros de uma infinidade de hits.
Capital inicial é aquele dinheiro necessário para se abrir um negócio ou fazer um investimento. E o grupo acabou se identificando com o termo. Na época da formação, os caras da banda eram jovens duros de Brasília que tocavam só por diversão, e faltava o capital inicial para fazer a banda vingar.
Chorão fundou sua banda em 1992 e a batizou depois de atropelar uma barraca de água de coco. Segundo o vocalista, na barraca havia o desenho do personagem de Charles Schulz, Charlie Brown. O Jr. foi adicionado porque os caras se consideravam os "filhos do rock".
Famosa por carregar uma suposta maldição que levava a tragédias, a família Kennedy ganhou uma homenagem no mínimo bizarra, em 1978: o Dead Kenneys (Kennedys mortos). O mais interessante é que, na época da formação da banda, algum dos principais dramas vividos pela família ainda nem tinham acontecido, como o acidente de avião de John-John Kennedy (filho de John Kennedy - acidente que também matou sua mulher, Carolyn), a overdose de David Kennedy (filho de Robert), ou mesmo o câncer mal cuidado de Jackie. Já o Dead Kennedys sobreviveu, apesar do hiato que durou de 1986 a 2001. Seus integrantes e ex-integrantes também continuam vivos.
Enquanto muitos compositores são tratados como poetas sem razões concretas, Jim Morrison é um cara que pode, sim, receber tal alcunha. Isso porque Jim, já aos 15 anos, inspirado por Nietzsche, Kafka e Kerouac, produzia poemas e levava bem a série esse ofício. Não por acaso, o nome The Doors surgiu de uma obra literária: "The Doors of Perception", de Aldous Huxley, que trata sobre reações alucinatórias do autor ao ingerir mescalina.
Sir Elton John nasceu Reginald Kenneth Dwight, em 1947. Fez parte de uma banda chamada Bluesology e chegou ao seu nome artístico unindo os nomes de dois integrantes: o do saxofonista Elton Dean e o do cantor Long John Baldry.
Em 1984, a trupe de Humberto Gessinger era formada por estudantes de arquitetura da UFRGS e tinha um rixa com o pessoal da engenharia. Quando, no ano seguinte, sua banda teve de escolher um nome para participar de um festival da faculdade, resolveu satirizar o inimigo, que circulava pelo campus com bermudas de surfista. Nasciam os Engenheiros do Hawaii.
O termo "foo fighter" foi criado durante a Segunda Guerra Mundial, usado por aviadores para descrever fenômenos aéreos - possivelmente OVNIs - avistados nos céus europeus e no Pacífico. Falando em guerra, o Foo Fighters era, a princípio, um exército de um homem só: Dave Grohl. Após a morte de Kurt Cobain, Dave gravou uma série de músicas praticamente sozinho e, para dar a impressão de que se tratava de uma banda, chamou seu projeto de Foo Fighters. No fim das contas, o disco fez sucesso e o cara foi obrigado a convidar outros músicos para tocá-lo ao vivo.
Se você frequentou as aulas de História no colégio, deve se lembrar do nome de Francisco Ferdinando. Vai se recordar que o assassinato do arquiduque austríaco de sonoro nome foi o estopim da Primeira Guerra Mundial. Quase 90 anos depois, quatro rapazes de Glasgow, na Escócia, fariam uma espécie de homenagem à histórica figura, batizando sua banda de Franz Ferdinand. No mínimo, instrutivo.
Quem diria que uma banda que se chamava Sweet Children mudaria seu nome para Green Day? Isso porque green day é uma gíria para um dia em que alguém deixa de fazer suas obrigações para ficar fumando maconha. Politicamente incorreto? Ok. O trio chegou a ter certa fama de arruaceiro no começo da carreira, mas deu uma bela virada na mesa em 2004, com a ópera rock "American Idiot", um premiadíssimo álbum com críticas à alienação americana. Mais politizado - e correto -, impossível.
A carreira do homem da gravata florida começou nos anos 1960, com o famoso hit "Mas Que Nada". Mas Jorge Duílio Lima Meneses, o Jorge Ben, só adicionou o Jor ao seu nome muito tempo depois. Foi nos anos 1990, na época de mais um clássico, "W/Brasil", que o cantor passou a responder por Jorge Ben Jor. O curioso é que, enquanto alguns ligam a incusão de Jor à numerologia, outros afirmam que a mudança foi mesmo para evitar a confusão com o cantor americano George Benson, bem na época que ele começava a fazer shows fora. Um verdadeiro caso de naming.
Não é nada fácil ser Paul McCartney. Cansado de ser abordado em cada hotel que passava, sir Paul teve uma ideia: adotou o pseudônimo "Ramone" como sobrenome. O baixista Douglas Colvin gostou da brincadeira e resolveu homenagear o beatle adotando o nome artístico "Dee Dee Ramone". Joey, Johnny e Tommy seguiram o amigo e também entraram para a família Ramone.
Histórias incomuns sempre acompanharam a vida e a carreira de Lou Reed. Em 1964, ele formou o grupo Velvet Underground, título que vem do livro homônimo de Michael Leight, que trata de comportamentos sexuais inusitados. Fonte de inspiração ou não, Lou foi casado com um travesti, abusou de drogas que ele mesmo mandava criar e chegou a bancar aluguéis de garotos de programa até virar um senhor casado, nos anos 90. Lewin Allan Reed, o Lou, esteve junto do Velvet até 1973, ano em que o grupo se dissolveu, e manteve uma das carreiras mais sólidas da história do rock.
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