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Anunciantes preparam invasão em relógios inteligentes

Antecipando-se à expansão dos chamados aparelhos de vestir após o Apple Watch, as agências estão correndo para criar anúncios e mensagens para esse setor

Comercial do Apple Watch: receita proveniente de anúncios que rodam em relógios inteligentes deverá dar um salto para US$ 68,6 milhões até 2019 (Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2015 às 21h13.

Os anunciantes estão se preparando para invadir a tela do seu novo relógio inteligente .

Antecipando-se à expansão dos chamados aparelhos de vestir após o lançamento do Apple Watch , as agências de publicidade virtual estão correndo para criar anúncios e mensagens de marketing para esse setor incipiente.

Nos últimos meses, cerca de 15.000 pessoas que usavam o aplicativo Golfshot em seus relógios inteligentes baseados no Android viram uma mensagem dominar a tela por cinco segundos.

Ela começou com um “patrocinado por”. Este é um dos primeiros anúncios para aparelhos de vestir a serem transmitidos e no futuro nenhum produto com uma tela conectada à internet estará seguro, incluindo cafeteiras domésticas e carros.

“Nós estamos vendo coisas como aparelhos de vestir, anúncios digitais em torneiras, eletrodomésticos -- qualquer coisa que possa ter um anúncio --”, disse Frank Addante, CEO da Rubicon Project Inc., uma empresa com sede em Los Angeles que ajuda a automatizar compras e vendas de anúncios.

A receita proveniente de anúncios que rodam em relógios inteligentes deverá dar um salto para US$ 68,6 milhões até 2019, contra US$ 1,5 milhão neste ano, segundo a Juniper Research.

Embora o valor seja uma pequena fração do gasto total com publicidade digital, as perspectivas de crescimento levaram muitas empresas como Rubicon e FitAd -- a firma por trás do patrocínio do aplicativo Golfshot -- a trabalharem em anúncios para aparelhos de vestir nos últimos seis meses.

Os relógios inteligentes permitem que os anunciantes atraiam a atenção dos consumidores imediatamente, independentemente do que eles estejam fazendo. E não se trata apenas de espaço na tela.

Sensores extras que coletam informações como pulsação, movimentos e até a temperatura da pele poderiam ajudar os marqueteiros a identificar melhor o público-alvo de seus anúncios.

“Esta pessoa está acordada?”, disse Greg Ratner, diretor de tecnologia da agência de marcas Deep Focus, em Nova York. “Este é um bom momento para interagir com o usuário ou seria melhor esperar uma outra hora para esse envolvimento? Tudo isso é, simplesmente, um contexto adicional para nos ajudar a conectar as marcas com os usuários no momento certo”.

‘Tenha uma boa corrida’

Garantir que os consumidores não considerem os anúncios irritantes -- ou inquietantes -- será um desafio.

É por isso que muitos marqueteiros estão se inclinando pelas funções úteis, como a de dizer aos usuários “Tenha uma boa corrida!” no momento em que eles usam um aplicativo de corrida ou lembrá-los de sua pontuação mais recente em um jogo.

As políticas de monitoramento de usuários para os relógios inteligentes ainda estão em evolução.

Embora a maioria dos aplicativos móveis bloqueie cookies, que são os códigos que monitoram os usuários em seus PCs, alguns relógios inteligentes como o Pebble os permitem. Considerando que muitos aplicativos para relógios inteligentes exigem que os usuários efetuem login e se registrem, os anunciantes também poderão chegar a eles por meio dos aplicativos.

“Não se trata de uma publicidade tradicional. O negócio é focar em alertas e notificações que terão marcas”, disse Mort Greenberg, CEO da FitAd, com sede em Nova York.

“Se o consumidor não vir valor na marca de forma automática e instantânea, isso afetará negativamente o uso daquele aplicativo”.

O relógio da Apple Inc., que pode notificar os usuários quando houver uma nova mensagem e motivá-los a cumprir suas metas, deverá ser uma inovação no setor e ajudar a multiplicar por cinco as vendas de aparelhos de vestir neste ano, para US$ 12,1 bilhões, segundo dados da empresa de pesquisas IDC.

A Apple tem se esforçado para proteger a privacidade de seus usuários.

As diretrizes da desenvolvedora do relógio não oferecem instruções claras para anúncios, disse Greenberg, embora muitos executivos do ramo de publicidade acreditem que poderão enviar notificações ou ofertas patrocinadas para o aparelho por meio dos aplicativos. A Apple não respondeu a um pedido de comentário.

“Informação de saúde. Médica. Esse tipo de informação é privada, simples assim”, disse Lee Tien, advogado do grupo de defesa ao consumidor Electronic Frontier Foundation.

“Se você não quer que seu empregador saiba, se você não quer nem que seus amigos saibam, por que você vai querer que o anunciante tenha essas informações?”.

São Paulo -- O Apple Watch chega às lojas no dia 24 de abril nos Estados Unidos e em outros oito países (mas, por enquanto, não no Brasil). Se a expectativa do mercado se confirmar, vai ser um sucesso de vendas. Analistas preveem que até 30 milhões de unidades podem ser vendidas neste ano. É dez vezes o total de relógios inteligentes vendidos até agora. Mas isso não significa que você deva correr para arrematar seu Watch. Veja seis razões para comprar o relógio da Apple e seis para não comprá-lo.
  • 2. Comprar: Smartphone no bolso

    2 /15(Divulgação / Apple)

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    Um estudo recente apurou que usuários de smartphone olham a tela do aparelho 220 vezes por dia, em média. Outra pesquisa indica que metade das interações das pessoas com o celular envolvem notificações, consultas ao relógio ou calendário, fotos, curtidas no Facebook e mensagens curtas. São coisas que caberiam na telinha de um relógio. Assim, em vez de ficar tirando o celular do bolso (ou da bolsa), é mais prático olhar para o pulso para verificar essas coisas.
  • 3. Comprar: É fácil de usar

    3 /15(Reuters / Robert Galbraith)

  • A interface gráfica do Apple Watch foi elaborada para uso num relógio. Em vez da grade de ícones quadrados vista no iPhone, há ícones circulares que podem ser movidos na tela. Eles ficam maiores perto do centro para que seja mais fácil tocá-los com o dedo. A coroa do relógio e o botão lateral complementam a tela sensível ao toque. Pessoas que experimentaram o Watch dizem que o conjunto é prático e muito fácil de usar.
  • 4. Comprar: Apps para tudo

    4 /15(Divulgação / Apple)

    Quando a Apple começar a vender o Apple Watch, no dia 24 de abril, a App Store vai ganhar uma seção com apps específicos para o relógio. Eles vão rodar no iPhone, mas com uma extensão no Watch – de modo que o usuário possa interagir com eles na telinha de pulso. Como a aconteceu com os PCs, tablets e smartphones, podemos esperar uma enxurrada de novos aplicativos que vão acrescentar cada vez mais funções ao Watch. Entre as empresas que já criaram apps para o relógio estão Nike, CNN, Twitter, Ebay, New York Times, ESPN, American Airlines e muitas outras.
  • 5. Comprar: Treinador de pulso

    5 /15(Divulgação / Apple)

    É verdade que uma pulseirinha de monitoração de atividades pode contar seus passos e registrar seus exercícios físicos. Mas o Apple Watch faz muito mais. Ele pode mandar você se movimentar quando está parado há muito tempo, por exemplo. Ele também mede seus batimentos cardíacos para ajudá-lo a manter-se dentro da frequência ideal durante os treinos. Numa corrida, caminhada ou pedalada, o Watch pode dizer para você acelerar ou reduzir o ritmo. Também pode indicar o caminho, algo que as pulseiras de exercícios não fazem.
  • 6. Comprar: Muitos relógios em um

    6 /15(Reuters / Robert Galbraith)

    O usuário do Apple Watch poderá escolher entre dezenas de mostradores. Há desde desenhos clássicos que imitam relógios mecânicos até um em que Mickey Mouse aponta as horas enquanto balança o pé no ritmo dos segundos. Em muitas dessas faces, o usuário pode escolher as cores e as informações na tela. Além disso, como acontece nos smartphones, o relógio será sincronizado via internet. E ele vai se ajustar automaticamente ao início e ao fim do horário de Verão.
  • 7. Comprar: Complicações

    7 /15(Divulgação / Apple)

    Alguns mostradores do Apple Watch exibem, além da hora, informações adicionais como condições meteorológicas, fases da Lua e até cotações de ações. A Apple chama esses indicadores extras de complicações, termo emprestado da indústria relojoeira tradicional. Podem oferecer rapidamente informações que você busca com frequência.
  • 8. Talvez: Apple Pay

    8 /15(Getty Images / Justin Sullivan)

    Um dos atrativos do Apple Watch é permitir pagamentos via Apple Pay. O relógio inclui uma conexão sem fio NFC , de curta distância. Bastará aproximá-lo de um terminal de pagamento para fechar a conta (isso também pode ser feito com o iPhone 6 ou 6 Plus, como nesta foto). Mas, por enquanto, o serviço de pagamentos da Apple só está disponível nos Estados Unidos. É provável que ele chegue ao Brasil algum dia. Mas, até lá, talvez seu Apple Watch já tenha sido aposentado.
  • 9. Não comprar: É a primeira geração

    9 /15(Reuters / Robert Galbraith)

    Quem se lembra do primeiro iPhone? Ele não tinha conexão 3G nem GPS, recursos que a Apple incorporou ao iPhone 3G, lançado um ano depois. Já o iPad não tinha câmeras em sua primeira geração. Elas estrearam no iPad 2. Nos dois casos, quem comprou o modelo inicial pode ter se ficado frustrado depois. É provável que isso também aconteça com o Apple Watch. Dispositivos digitais tendem a ficar muito melhores lá pela segunda ou terceira geração, quando o uso prático já mostrou ao fabricante o que precisava ser acrescentado ou corrigido neles.
  • 10. Não comprar: Para que ele serve?

    10 /15(Divulgação / Apple)

    O Apple Watch não é capaz de rodar aplicativos de forma independente. Ele apenas permite interagir com apps instalados no iPhone, que deve estar conectado a ele via Bluetooth. Além disso, a telinha do relógio pode ser pequena demais para consultar mapas, ler textos longos ou ver fotos, por exemplo. Assim, em muitas situações, o Watch vai servir basicamente para lembrá-lo de tirar seu iPhone do bolso.
  • 11. Não comprar: Não é um Rolex

    11 /15(Divulgação)

    Para muita gente, o relógio é um símbolo de status. Quem tem um modelo de luxo no pulso dificilmente vai se sentir satisfeito com o Apple Watch – mesmo que seja aquele revestido em ouro e vendido por até 17 mil dólares nos Estados Unidos. A telinha de cristal líquido denuncia logo que aquilo não é um relógio “de verdade”.
  • 12. Não comprar: Terá vida curta

    12 /15(Reuters / Robert Galbraith)

    Diferentemente de um relógio tradicional, que pode durar muito, o Apple Watch provavelmente terá vida útil de poucos anos. O relógio vai evoluir rapidamente, o que deve tornar o modelo atual ultrapassado em pouco tempo. Um avanço futuro que a Apple já antecipou é que, em algum momento, ele vai ser capaz de rodar aplicativos de forma independente, algo que não é possível nessa primeira geração.
  • 13. Não comprar: Só iPhone 5 ou mais novo

    13 /15(Divulgação / Apple)

    Como dissemos, o Apple Watch só funciona plenamente quando conectado a um iPhone via Bluetooth. O detalhe é que deve ser um iPhone 5 ou mais recente. Isso deixa fora quem tem um modelo mais antigo do iPhone. E, claro, se você tiver smartphone de outra marca pode esquecer o Apple Watch.
  • 14. Não comprar: Há outra opção

    14 /15(AFP)

    Seu smartphone já faz quase tudo que o Apple Watch pode fazer. Pode contar seus passos, indicar o caminho e fazer chamadas telefônicas, além de oferecer muitas outras formas de comunicação. Quer registrar seus exercícios físicos? Você pode fazer isso com uma pulseira de monitoração de atividades (como a Jawbone Up desta foto). Ela custa menos da metade do que custa um Apple Watch dos mais simples. Além disso, a pulseira é mais leve e discreta que o relógio.
  • 15. Agora veja mais novidades da Apple:

    15 /15(Divulgação/Apple)

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