6 propagandas de cerveja que causaram polêmica
Discriminação sexual, sensualidade em excesso, ofensas aos argentinos e palavras de baixo calão - veja os comerciais de cerveja que causaram polêmica e acabaram motivando a ação do Conar
Da Redação
Publicado em 14 de julho de 2012 às 11h47.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h21.
São Paulo - O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) arquivou ontem uma representação da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais - a ABGLT - contra o comercial "Festa de São João", da cerveja Nova Schin. Veiculada no fim de maio, a peça foi retirada do ar logo depois da manifestação da entidade.
Evocando o universo junino, o filme mostra um homem que se apaixona por uma mulher, descobrindo em seguida que ela é na verdade um homem - motivo para virar alvo de gozação por parte dos amigos.
Em nota, a ABGLT afirmou que o personagem travestido de mulher seria " objeto de escárnio, piada e deboche" na passagem em que o narrador diz que “de noite era Maria e de dia era João”. "O comercial da Nova Schin contribui para referendar e banalizar essa discriminação, ridicularizando a personagem travestida", completou o comunicado. A Schincariol negou a inteção.var galeriaLinkVideo = ;
Evocando o universo junino, o filme mostra um homem que se apaixona por uma mulher, descobrindo em seguida que ela é na verdade um homem - motivo para virar alvo de gozação por parte dos amigos.
Em nota, a ABGLT afirmou que o personagem travestido de mulher seria " objeto de escárnio, piada e deboche" na passagem em que o narrador diz que “de noite era Maria e de dia era João”. "O comercial da Nova Schin contribui para referendar e banalizar essa discriminação, ridicularizando a personagem travestida", completou o comunicado. A Schincariol negou a inteção.var galeriaLinkVideo =
Na última Páscoa, a Skol lançou uma campanha no Facebook para divulgar o seu "Redondinho" - um ovo de chocolate com recheio à base de cerveja.
Alguns consumidores questionaram a mensagem passada pela investida de marketing, já que os ovos exerceriam uma atração especial sobre as crianças e adolescentes, proibidos por lei de consumir bebida alcoólica. Nos filmes que promovem o produto, uma mulher aparece preparando a receita dos ovos, em que a cerveja é um dos ingredientes.
Em junho, o Conar fez uma advertência à Skol por conta da propaganda. Na ocasião, os conselheiros do órgão reconheceram que outras bebidas, como o licor, também recheavam chocolates. Além disso, levaram em conta que ao contrário de carrinhos e bonecos, os ovos não pertenciam especificamente ao universo infantil. Por isso, optaram apenas por um aviso, ao invés de banirem a veiculação da peça.
Alguns consumidores questionaram a mensagem passada pela investida de marketing, já que os ovos exerceriam uma atração especial sobre as crianças e adolescentes, proibidos por lei de consumir bebida alcoólica. Nos filmes que promovem o produto, uma mulher aparece preparando a receita dos ovos, em que a cerveja é um dos ingredientes.
Em junho, o Conar fez uma advertência à Skol por conta da propaganda. Na ocasião, os conselheiros do órgão reconheceram que outras bebidas, como o licor, também recheavam chocolates. Além disso, levaram em conta que ao contrário de carrinhos e bonecos, os ovos não pertenciam especificamente ao universo infantil. Por isso, optaram apenas por um aviso, ao invés de banirem a veiculação da peça.
Três argentinos que moram em Belo Horizonte, Minas Gerais, pediram indenização por danos morais à Ambev depois da companhia veicular propagandas que seriam preconceituosas na visão do grupo. Germàn Aníbal Filippini, Enrique Javier Romay e Jorge Adrian Vladimirsky foram à Justiça em maio de 2010, depois que a Skol colocou no ar as campanhas publicitárias "Argentinos do Samba", "Torcida Skol - O Hermano" e "Latinhas Falantes - Hermanos dos 30".
Tendo a última Copa do Mundo de Futebol como pano de fundo, as peças brincavam com a histórica rixa entre Brasil e Argentina. Em uma delas, inclusive, um argentino era chamado de "maricón".
O Conar suspendeu os comerciais. Mas os argentinos quiseram ser remunerados e, para tanto, apontaram a ridicularização sofrida em bares, reuniões e até no trabalho. O Tribunal de Justiça de Minas, no entanto, entendeu que a propaganda teria sido "desenvolvida de modo positivo, alegre, reafirmando somente a rivalidade existente entre os dois países no futebol". A decisão saiu em maio deste ano.
Tendo a última Copa do Mundo de Futebol como pano de fundo, as peças brincavam com a histórica rixa entre Brasil e Argentina. Em uma delas, inclusive, um argentino era chamado de "maricón".
O Conar suspendeu os comerciais. Mas os argentinos quiseram ser remunerados e, para tanto, apontaram a ridicularização sofrida em bares, reuniões e até no trabalho. O Tribunal de Justiça de Minas, no entanto, entendeu que a propaganda teria sido "desenvolvida de modo positivo, alegre, reafirmando somente a rivalidade existente entre os dois países no futebol". A decisão saiu em maio deste ano.
Há quase um ano, o Conar proibiu outro comercial da Nova Schin. Veiculado em junho de 2011, o filme "Festa Junina" foi considerado inapropriado em função do uso de expressões consideradas de baixo calão pelo Conselho, como "filho d'uma égua" e "cagão".
No filme, um repentista declama suas rimas enquanto conta a história de um jovem que teria se apaixonado pela filha de um bravo coronel.
No filme, um repentista declama suas rimas enquanto conta a história de um jovem que teria se apaixonado pela filha de um bravo coronel.
O comercial "Skol - Monstros do Pântano" utilizou atores maiores de idade no filme que mostrava três jovens bebendo cerveja e um suposto monstro atacando o grupo com o intuito de roubar uma caixa da bebida. Ainda assim, a propaganda acabou sendo condenada duas vezes pelo Conar.
Em julho, o Conselho julgou o filme e o reprovou. O motivo? Para o Conar, não basta ter mais que 18 anos - é preciso aparentar estar acima desta faixa etária. E os moços da propaganda em questão não preenchiam o pré-requisito. A Ambev recorreu, mostrando documentação que comprovava a maioridade dos envolvidos. Mas o Conar manteve sua posição em setembro do ano passado, pedindo à cervejaria que trocasse os atores da produção.
Em julho, o Conselho julgou o filme e o reprovou. O motivo? Para o Conar, não basta ter mais que 18 anos - é preciso aparentar estar acima desta faixa etária. E os moços da propaganda em questão não preenchiam o pré-requisito. A Ambev recorreu, mostrando documentação que comprovava a maioridade dos envolvidos. Mas o Conar manteve sua posição em setembro do ano passado, pedindo à cervejaria que trocasse os atores da produção.
Em 2010, foi a vez do Conar vetar a exibição do comercial da cerveja Devassa, que mostrava a socialite Paris Hilton dançando com uma lata de cerveja nas mãos e sendo ao mesmo tempo fotografada por um voyeur do prédio ao lado. A campanha foi ao ar no Carnaval e permaneceu por duas semanas na TV.
Os conselheiros foram unânimes em considerar o vídeo desrespeitoso para as mulheres e excessivamente sensual. Produzida pela Schincariol, a cerveja continuou causando polêmica. Depois da proibição, a agência Mood, responsável pela propaganda, criou uma peça na qual o logo da Devassa - uma mulher vestida com peças sumárias em estilo retrô - aparecia coberta com uma tarja preta.
Os conselheiros foram unânimes em considerar o vídeo desrespeitoso para as mulheres e excessivamente sensual. Produzida pela Schincariol, a cerveja continuou causando polêmica. Depois da proibição, a agência Mood, responsável pela propaganda, criou uma peça na qual o logo da Devassa - uma mulher vestida com peças sumárias em estilo retrô - aparecia coberta com uma tarja preta.
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