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Vítimas de empresa suspeita de pirâmide financeira no RJ cobram resposta

Grupo de investidores participantes do ato em Cabo Frio, no Rio de Janeiro, se identificam como vítimas de Rogério Cruz, o CEO da Alphabets Investimentos, empresa de apostas que atualmente é investigada pela Polícia Civil

 (ronstik/Thinkstock)

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AO

Agência O Globo

Publicado em 12 de setembro de 2021 às 19h03.

Última atualização em 12 de setembro de 2021 às 19h21.

RIO — Um grupo de investidores revoltados com o fechamento de uma empresa suspeita de pirâmide financeira em Cabo Frio, na Região dos Lagos, na última quarta-feira, seguiu um carro de som a partir da Praça São Cristóvão, até a porta da 126ª DP, neste domingo, para reforçar sua insatisfação perante o não pagamento de suas aplicações. Os motociclistas e motoristas participantes do ato se identificam como vítimas de Rogério Cruz, o CEO da Alphabets Investimentos, empresa de apostas que atualmente é investigada pela Polícia Civil.

Segundo informações da página em rede social "RLagos Notícias", a carreata começou às 12h15 no início da Avenida Teixeira e Souza, terminando diante da delegacia, para demonstrar sua indignação, bem como para reforçar desejo por uma resposta breve dos investigadores. Segundo a Polícia Militar, agentes do 25º BPM (Cabo Frio) acompanharam a manifestação, que seguiu pela Avenida Teixeira e Souza.

O descontentamento das vítimas também é manifestado nas redes sociais. O perfil no Instagram @rogeriocruz.official, que divulga acusações contra o suspeito, postou alguns relatos de pessoas que se dizem lesadas pela Amphabets em seus stories neste domingo.

"Tenho 3 filhos. Investi com o intuito de terminar minha casa. Tô sem chão", comentou uma vítima.

"Investi e não contei pra ninguém, estou com vergonha de falar que fui enganado porque tenho só 18 anos", desabafou um jovem.

"Perdi 140 mil, minha esposa investiu também o salário dela de médica, lá se foram mais 10 mil", contou outra pessoa.

"Investi 16 mil e nem recebi 50%. Fiz empréstimo e agora não tenho como pagar porque estou desempregada", disse mais uma vítima.

O presidente da empresa investigada, já condenado por tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico, publicou um vídeo um dia após o fechamento da Alphabets dizendo que ele "tem influência dentro do governo" e "amigos policiais".

O caso que lhe rendeu a condenação começou em 2016, quando ele foi preso em flagrante ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Natal (RN) com três quilos de ecstasy na mala.

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