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Com queda do dólar, viagem ao exterior volta a compensar

A queda de quase 20% do dólar em relação ao real fez com que as viagens nacionais voltassem a ficar mais caras que as para o exterior


	Orlando: publicitária trocou os planos de Natal no Rio Grande do Sul por viagem internacional em janeiro
 (ThinkStock/Songquan Deng)

Orlando: publicitária trocou os planos de Natal no Rio Grande do Sul por viagem internacional em janeiro (ThinkStock/Songquan Deng)

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Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2016 às 08h15.

São Paulo - O brasileiro voltou a sonhar com as férias no exterior. A queda de quase 20% do dólar em relação ao real fez com que os destinos nacionais voltassem a custar mais caro que os internacionais.

A publicitária Camila Silveira, de 34 anos, por exemplo, planejava passar o Natal com o marido e a filha em Gramado, no Rio Grande do Sul, para assistir aos shows temáticos que ocorrem no fim do ano.

Mas, na hora de fechar a compra, ela descobriu que gastaria cerca de R$ 1,4 mil a menos pelo pacote para os três, que inclui passagem aérea, estadia e aluguel de carro - e pelo mesmo número de dias - se fosse para Orlando, nos Estados Unidos. A única mudança no plano é que o embarque está previsto para janeiro de 2017.

"O que mais pegou foi o preço", disse a publicitária. Ela não contava com uma queda tão acentuada do dólar. Na época em que estava grávida da filha, deixou de fazer o enxoval da bebê em Orlando por que o dólar passava de R$ 4.

Agora, gastará menos com o pacote e pretende comprar na cidade norte-americana roupas e acessórios para a menina, que terá um ano e sete meses.

Camila não está sozinha nessa mudança de planos. Segundo Fábio Mader, diretor de Produtos Internacionais da CVC, a maior operadora de turismo do País, a participação de pacotes internacionais nos negócios da companhia voltou a representar, no mês passado, 40% do faturamento da empresa, depois de ter ficado um longo período na faixa de 30%.

"A queda do dólar acabou mexendo com o humor do cliente", observou ela.

Descontos

Essa também é a percepção de Gustavo Mariotto, gerente de marketing da Viajanet, agência online de vendas de passagens. No segundo trimestre, as vendas de passagens internacionais cresceram 20% em relação ao primeiro trimestre, num ritmo muito superior aos destinos nacionais, que avançaram 6%.

Ele lembrou que, quando o dólar estava beirando R$ 4, muitas companhias aéreas davam bons descontos na tarifa. Mas o consumidor não se animava em viajar para o exterior pois o câmbio elevado aumentava outros custos, como a estadia e despesas com alimentação. Agora, esses custos recuaram.

A cotação do dólar, que fechou ontem a R$ 3,29, funciona como um estímulo para viagens ao exterior. Tanto é que a CVC suspendeu a oferta de dólar reduzido e está apostando em outras promoções.

Eletrônicos

Enquanto o consumidor sente o impacto direto do recuo do câmbio nos serviços, nos importados esse movimento não deve ocorrer. Wilson Périco, presidente do CIEAM, que reúne as indústrias de Manaus, disse que os componentes importados nos eletrônicos foram comprados seis meses atrás, com um câmbio mais alto.

Em alimentos e bebidas vale a mesma lógica. Ana Maria Lopes, diretora da Casa Santa Luzia, afirma que o preço dos importados depende do custo médio da aquisição e do volume de estoque, que normalmente é elevado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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