Minhas Finanças

Vai para a Copa na Rússia? Veja qual moeda levar e como comprar

Levantamento mostra como você pode economizar ao escolher o câmbio certo antes da viagem

Copa da Rússia: moeda tem de ser comprada aos poucos para evitar prejuízo com eventuais altas (Wavebreakmedia Ltd/Thinkstock)

Copa da Rússia: moeda tem de ser comprada aos poucos para evitar prejuízo com eventuais altas (Wavebreakmedia Ltd/Thinkstock)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 9 de maio de 2018 às 05h00.

Última atualização em 9 de maio de 2018 às 14h23.

São Paulo - Falta pouco mais de um mês para o início do maior evento de futebol global, a Copa do Mundo. O torneio começa no dia 14 de junho e quem vai para o país europeu ver os jogos in loco deve ter cuidado para não perder dinheiro na hora de comprar moedas para levar na viagem.

Isso porque a Rússia não faz parte da zona do euro, e a moeda local, o rublo russo, é vendida por poucas corretoras no Brasil.

De acordo com levantamento do comparador de moedas MelhorCâmbio.com, apenas oito corretoras vendem a moeda em São Paulo, três no Rio de Janeiro e outras três em Belo Horizonte. É importante ressaltar que entre as instituições que vendem a moeda russa estão grandes redes, como Cotação e Confidence Câmbio, que começaram a negociar o rublo russo em outubro do ano passado.

Além de poucas corretoras venderem o rublo russo, o que impede uma maior competitividade de taxas, o custo da importação da moeda é maior, explica Mathias Fischer, diretor de estratégia e inovação de outro site que compara preços de moedas, o meucambio.com.br. "As corretoras importam a moeda diretamente da Rússia. O percurso mais longo torna o frete mais caro".

Então, qual seria a solução? Segundo a meucambio.com.br, adquirir euros e trocar pela moeda local quando chegar ao país europeu, diz Fischer.

A plataforma realizou uma simulação para demonstrar essa vantagem. Um viajante que comprou 3 mil euros no dia 2 de maio na meucambio.com.br, que busca apresentar o melhor negócio para cada usuário, conforme a quantidade de moeda que deseja comprar e localização, gastou R$ 13.269,38. Estes 3 mil euros poderiam ser vendidos na corretora "Joint-Stock Company KB Unistrim" de Moscou por 232.500 rublos.

Já para comprar a mesma quantidade de rublos aqui no Brasil, foi registrado um gasto de R$ 1.506 a mais. Ou seja, mais de 11,4% do valor que o viajante pretendia levar para a Copa.

A simulação, feita no dia 4 de maio, pesquisou a cotação oferecida por 27 corretoras de câmbio em Moscou. A  "Joint-Stock Company KB Unistrim" foi escolhida para a simulação por oferecer, no dia, a melhor cotação para quem quer trocar euros por rublos russos.

A meucambio.com.br utilizou a cotação de 0,6372 por real do rublo por ser a melhor cotação disponível dentre os seus quatro parceiros que vendem a moeda no dia do levantamento.

Euro x dólar

E por que o viajante deve comprar euro, e não dólares? Por conta da maior proximidade comercial da Rússia com os países da zona do euro, a moeda tende a ser mais aceita do que a moeda americana no país.

Além disso, ao trocar dólares por rublos no país europeu, o viajante está sujeito a taxas extras, que podem variar entre uma casa de câmbio e outra. "Elas não são reguladas e as corretoras têm liberdade para cobrá-las. O problema é que é difícil saber quais cobram e quais não cobram essas tarifas. Geralmente o viajante fica sabendo apenas na hora da transação", diz Fischer.

A tendência é que o euro siga o comportamento do dólar, mas de forma mais contida. Nesta terça-feira, o dólar atingiu o maior patamar em quase dois anos.

Planeje

De acordo com a MelhorCâmbio.com, o ideal é comprar uma pequena parte do orçamento da viagem em rublo para não chegar lá sem a moeda local.

O site comparador de preços de moedas ainda aconselha que os viajantes evitem comprar moedas nos pontos de entrada de qualquer cidade, como aeroportos, rodoviárias e estações ferroviárias, por serem normalmente lugares que cobram tarifas mais altas nas transações.

Fischer, da meucambio.com.br também pede atenção do viajante que costuma concentrar seus gastos no exterior no cartão de crédito. "Os gastos realizados na Rússia sofrem a dupla conversão. Ou seja, serão primeiramente convertidos para o dólar americano para depois serem convertidos para real.

Em cada uma destas conversões o banco administrador do cartão de crédito pode cobrar uma margem de câmbio, o que encarece bastante a opção. Para quem deseja gastar menos, o melhor é levar euro em espécie", conclui.

Os cartões pré-pagos em euro não são recomendados por apresentar a mesma dinâmica de dupla conversão que os cartões de crédito apresentam. Ou seja, na conversão de euros para rublos haverá a cobrança de uma margem de conversão adicional de cerca de 4,5% do valor da compra ou do saque, segundo Fischer.

Contudo, o cartão pré-pago continua apresentando a vantagem de não expor o turista à variação do câmbio até a data de fechamento da fatura, que é o caso do cartão de crédito.

Para quem vai viajar para ver os jogos da Copa, vale a recomendação feita para qualquer outro viajante: o ideal é comprar a moeda aos poucos, semanalmente, para formar uma cotação média e evitar prejuízos com uma eventual alta, que pode acontecer com a proximidade do início do evento.

Se a cotação da moeda baixar, o viajante pode aproveitar para comprar um pouco mais e diminuir o valor que será adquirido na semana posterior.

 

Acompanhe tudo sobre:Copa do MundoDinheiroDólarEuroFutebolMoedasviagens-pessoais

Mais de Minhas Finanças

Mega Millions acumula e sorteia quase R$ 2 bilhões; saiba como apostar na loteria americana

Resultado da Mega-Sena concurso 2.793; prêmio é de R$ 127 milhões

Mega-Sena sorteia nesta terça-feira prêmio acumulado em R$ 127 milhões

CPF na nota? Nota Fiscal Paulista abre consulta para sorteio de R$ 1 milhão em novembro