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Tesouro Direto continua aplicação vantajosa

A expectativa é que o IPCA encerre o ano com um avanço de 3,46%, segundo projeções de economistas consultados pelo Banco Central

Qual título do Tesouro Direto é melhor para a aposentadoria? (foto/Reprodução)

Qual título do Tesouro Direto é melhor para a aposentadoria? (foto/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de julho de 2017 às 09h41.

São Paulo - Mesmo com o recuo da inflação este ano, os títulos do Tesouro Direto cujo rendimento é em parte composto pelo resultado do IPCA (as antigas NTN-Bs) devem seguir atraentes em relação a outros investimentos. A expectativa é que o IPCA encerre o ano com um avanço de 3,46%, segundo projeções de economistas consultados pelo Banco Central.

Dependendo do prazo desses títulos e da perspectiva de melhora da economia no longo prazo, o rendimento pode até superar o de investimentos como as Letras de Crédito Agrícola (LCA) e Imobiliário (LCI), queridinhas do mercado por serem isentas de Imposto de Renda (IR)e seguradas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até o limite de R$ 250 mil por CPF.

Cálculos do professor de Finanças da Fundação Instituto de Administração (FIA) Alexandre Cabral mostram que, mantido o atual cenário, o rendimento de um investimento em Tesouro IPCA + 2024 será superior ao de uma LCI ou LCA que pague 90% do CDI - que acompanha a taxa básica de juros, a Selic - ao final de um ano.

Isso, apontam os números do especialista, pode ocorrer mesmo com o desconto de 17,5% de IR sobre o rendimento do título público para aplicações por esse período.

Na simulação feita por Cabral, em um investimento de R$ 10 mil o ganho líquido - já descontado o IR - seria de R$ 784,17 para o Tesouro IPCA com vencimento em 2024 e de R$ 767,21 para a LCI ou LCA de 90% do CDI após 12 meses. Para um Certificado de Depósito Bancário (CDB) que pague 100% do CDI, o ganho líquido seria de R$ 706,20, também no prazo de um ano.

A parte prefixada da taxa paga pelo Tesouro + 2024, atualmente em 5,59% ao ano, é a responsável por sustentar o ganho líquido diante de uma inflação menor. Essa taxa, porém, pode variar com a mudança nas expectativas para a economia do País e, caso o investidor venda o seu título antes do prazo, pode ter rentabilidade maior ou menor do que a contratada - o rendimento será exatamente o contratado caso o título seja levado até o vencimento.

Como boa parte das LCIs e LCAs são atreladas ao CDI e esse indexador, por sua vez, acompanha a taxa de juros, seu rendimento deve ser menor à medida que a Selic cair. Ao final deste ano, a previsão é de uma taxa básica de juros em 8,5% ao ano, com perspectiva de alcançar 8,25% ao ano em 2018.

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