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Tarpon e FGV lançam fundo para financiar faculdade

Além de visar a rentabilidade para cotistas, o fundo também vai garantir mais investimentos em docência e bolsas de estudo na FGV

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

O fundo de private equity Tarpon e a Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas constituíram o primeiro "endowment fund" de uma instituição de ensino superior no Brasil. Trata-se de uma categoria de fundo que estabelece que os rendimentos resultantes de sua gestão sejam revertidos para o financiamento de uma organização. O fundo nasce com a meta de captar R$ 5 milhões nos próximos 12 meses, por meio de cotas de R$ 500 mil, sendo que a primeira será integralizada pela Tarpon até o final deste ano.

Cada cotista terá a opção de receber de volta sua cota acrescida da variação do IGP-M mais 6% ao ano depois do terceiro ano de gestão ou receber a cota mais a valorização contabilizada no período -- vale o que for menor. Caso os cotistas aprovem a gestão dos investimentos e os resultados da aplicação dos recursos na propagação de conhecimento e formação de profissionais para a área de finanças e investimentos, eles poderão doar definitivamente a cota corrigida do fundo para a FGV-EAESP, que constituirá seu "endowment fund".

Do volume total captado pelo fundo, 80% serão geridos pelo período de três anos diretamente por profissionais da Tarpon e 20% serão investidos de acordo com recomendação dos alunos que cursarem a disciplina "Análise de Empresas e Gestão de Carteiras: Tarpon-FGV". A disciplina, que tem patrocínio da Tarpon, já formou cerca de 60 alunos da FGV-SP. Esses estudantes respondem pela gestão de um clube de investimentos que registra valorização de 89% de seu capital frente à dotação inicial feita pela Tarpon, cujos profissionais supervisionam as decisões de investimentos do clube.

A estratégia de investimentos do "endowment fund" da FGV será definida por um comitê de investimentos constituído por representantes dos cotistas, da FGV-EAESP e do GVcepe, o Centro de Estudos em Private Equity e Venture Capital da FGV-EAESP, responsável pela concepção e coordenação do projeto. Caberá ao comitê fiscalizar as operações financeiras e aprovar o relatório de resultados.

Os recursos arrecadados com as taxas de administração (2% ao ano) e de performance (20% do que exceder IGP-M+6%) serão destinados à pesquisa e ao investimento em docência e bolsas de estudo. Os demais recursos advindos da rentabilidade superior à inflação mais 6% serão revertidos integralmente ao patrimônio do fundo em nome da FGV, garantindo a perenidade do projeto de investimento na entidade, independentemente de seus parceiros fundadores.

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