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Suspensão de consignado a servidores não deve afetar bancos

Medida não interfere nas operações dos banco Pine, Cruzeiro do Sul, Sofisa, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

A decisão do Ministério do Planejamento de suspender por 90 dias a concessão de crédito consignado a servidores civis do Poder Executivo federal não deve ter grande impacto sobre as operações dos bancos. A medida não envolve o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, que continuam oferecendo normalmente crédito consignado aos servidores.

Os Bancos Pine e Cruzeiro do Sul informaram por meio de comunicado ao mercado que não operam crédito consignado para esse segmento de servidores e, portanto, não serão afetados pela medida. O Banco Cruzeiro do Sul ressalta, ainda, que " vê de forma positiva" a decisão do governo "por ser este um dos poucos sistemas de averbação de operações de crédito consignado em folha na esfera federal que não havia sido revisado, fato por que o Banco Cruzeiro do Sul não se sentia confortável em operar neste segmento".

Já o Banco Sofisa afirma que suas operações de empréstimos consignados destinados aos servidores públicos federais "são realizadas através de uma parceria estratégica com entidade de previdência privada, e que dessa forma não sofrerá nenhum impacto negativo". No Banco BMG, nenhuma fonte foi encontrada para comentar a medida do Ministério do Planejamento, que incide sobre 1,3 milhão de servidores públicos.

Procurado pelo Portal EXAME, o Bradesco, que detém também as operações do Banco BMC, preferiu não comentar o assunto. Analistas, no entanto, afirmam que os grandes bancos, por terem uma carteira diversificada de crédito, não devem sofrer com a medida.

Atualmente, 734 instituições, incluindo entidades fechadas e abertas de previdência privada que operam com plano de pecúlio, saúde, seguro de vida, renda mensal, previdência complementar e empréstimo, concedem, em média, 400 milhões de reais por mês em crédito consignado a servidores civis do Poder Executivo federal. Com a suspensão, o Ministério do Planejamento pretende reavaliar o sistema de concessões de consignações, localizando falhas de segurança que permitem fraudes. Cerca de 3 milhões de operações de crédito consignado estão ativas atualmente.

 

 

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