As ações das companhias siderúrgicas operam em forte alta nesta segunda-feira (7/7) na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Os papéis refletem os números divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) na sexta-feira (4/7). Para os investidores, os recordes de produção e vendas do setor vão beneficiar os fornecedores da cadeia, como os produtores de aço.

Por volta das 11h27, quando o Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, apresentava alta de 1,69%, a 60.370 pontos, as ações das siderúrgicas subiam com mais força. As ordinárias da CSN (CSNA3, com direito a voto) avançavam 5,31%, cotadas a 63,11 reais. As ordinárias da Usiminas (USIM3) subiam 3,57%, a 65,91 reais, e suas preferenciais (USIM5), 4,19%, negociadas a 69,81 reais. "Neste cenário favorável do setor [automotivo], destacamos as suas fornecedoras de aços planos CSN e Usiminas, que devem apresentar resultados sólidos nos próximos trimestres", afirma a corretora SLW em relatório.

Mas as altas mais fortes ficaram por conta da Gerdau. As ordinárias da Gerdau S.A (GGBR3) subia 5,66%, a 28 reais; as preferenciais (GGBR4), 6,36%, a 35,10 reais. As ordinárias da Gerdau Metalúrgica (GOAU3) avançavam 6,97%, a 46 reais; e as preferenciais (GOAU4), 6,45%, a 47 reais.

De acordo com a SLW, as perspectivas do setor automotivo continuam positivas, o que deve favorecer as siderúrgicas nos próximos meses. A corretora minimizou o impacto de uma eventual elevação da taxa básica de juros e do repasse dos custos pelas montadoras ao consumidor final. "Acreditamos que possa ocorrer um arrefecimento da demanda, desacelerando a taxa apresentada no primeiro semestre, mas não a ponto de ser atingido um volume representativo", afirma a SLW.

Em junho, a produção de veículos somou 303.800 unidades, ou 23% mais que no mesmo mês do ano passado, e 4,8% superior à do mês retrasado. No acumulado do ano, a produção totalizou 1,7 milhão de veículos, 21,3% maior que a do mesmo período de 2007.