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Seu Facebook pode dizer se você merece um empréstimo ou não

Com nova patente da rede, seu acesso a crédito poderá ser determinado pela análise da vida financeira dos seus amigos

Mark Zuckerberg: sem um anúncio oficial, nos resta a dúvida (as dívidas) e a sensação de estarmos sendo vigiados (Justin Sullivan/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2015 às 08h47.

São Paulo - O Facebook registrou uma patente que melhora os resultados das buscas e torna o seu filtro mais efetivo contra spam e conteúdos ofensivos.

Parece bom, né? Mas ela também pode fazer você pensar duas vezes antes de adicionar alguém à sua lista de amigos na rede social .

Com a novidade, instituições financeiras teriam acesso aos seus dados e de seus contatos para decidir se você pode ou não receber crédito. Sim, é tão invasivo quanto parece ser.

O recurso permite que seja feita uma análise de crédito dos seus amigos do Facebook, e se a média deles atingir um certo número, o seu pedido vai para a frente. Se não, pode esquecer.

Segundo o próprio registro da patente: "Quando uma pessoa solicitar um empréstimo, o potencial credor examina os membros que estejam conectados a ele na rede social. Se a avaliação de crédito dos amigos atingir uma nota mínima, o credor continua o processo de pedido de empréstimo. Caso contrário, o pedido é rejeitado".

Mas antes de começar a deletar todos os amigos caloteiros da sua lista, saiba que nada é certo ainda. O Facebook ainda não implementou essa função da patente - e pode ser que jamais implemente. Sem um anúncio oficial, nos resta a dúvida (as dívidas) e a sensação de estarmos sendo vigiados.

São Paulo- A rede social mais usada no planeta consolidou-se como o principal ambiente do que muitos chamam de revolução do marketing digital. O Facebook gerou oportunidades e desafios para as marcas na mesma proporção, afirma a escritora, especialista em marketing digital e palestrante do TEDx Martha Gabriel. “Apesar de algumas dessas transformações começarem antes do Facebook , acredito que ele foi o catalisador que realmente incorporou as mudanças no pensamento de marketing das empresas”, explica. Confira 10 transformações que a rede gerou para a rotina das marcas, segundo a especialista.
  • 2. 1. Cultura de mão dupla

    2 /10(Getty Images)

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    O diálogo entre marca e consumidor sempre existiu, mas sem dúvida se consagrou com a disseminação do Facebook, diz a autora. “Essa cultura da mão dupla com o consumidor se fortalece e cada vez mais as empresas se preocupam com a interação, que se amplia, inclusive, para muito além do Facebook”, afirma.
  • 3. 2. Cultura do Like e de fãs

    3 /10(Robyn Beck/AFP)

  • O impacto do “curtir” vai além do marketing e afeta todos os círculos digitais, aponta Martha. No território das marcas, a consequência mais clara foi a busca desenfreada por likes e fãs, que virou quase religião, diz a especialista. “O lado bom é que o foco teoricamente volta-se para o público. Mas a busca por likes e fãs a qualquer preço cega as empresas e, muitas vezes, desvirtua os reais objetivos estratégicos”, observa.
  • 4. 3. Compartilhamento e intenção viral

    4 /10(Reprodução)

    As redes sociais foram criadas para facilitar a difusão da informação, e geram boas oportunidades. “Apesar de não existir fórmula para se criar virais e memes, existem técnicas para potencializar a probabilidade de viralização de conteúdos e isso passou a ser uma das intenções de marcas de diferentes tamanhos ou setores”, afirma a pesquisadora.
  • 5. 5. Monitoramento e Mensuração

    5 /10(Joel Saget/AFP)

    Com a proliferação de dados gerados a todo momento na internet, cada vez mais o monitoramento e mensuração passam a ser vitais, aponta Martha Gabriel. “Os dados são importantes para a compreensão do mercado e a determinação de padrões que podem apontar para ameaças ou oportunidades. Como dizia Peter Drucker, conseguimos gerenciar aquilo que conseguimos medir”, pontua.
  • 6. 6. Integração e abertura

    6 /10(Reprodução)

    De acordo com a especialista, a plataformas digitais unidas à disseminação do mobile romperam o limite entre online e offline, e os pulverizaram em diferentes dispositivos. “Essa fluência do viver distribuída em diversas plataformas gera a necessidade da integração e abertura. Assim, plug-ins sociais, APPs e integração com APIs passaram a ser incorporados às estratégias das marcas”, aponta.
  • 7. 7. Alavancagem do Comércio Social

    7 /10(Reprodução)

    O Facebook tem introduzido ao longo do tempo novos formatos de anúncio (post patrocinado, segmentação, ofertas e anúncios de log-out) e novas formas de vender e promover, possibilitando novas opções de comunicação, aponta Martha Gabriel. “Um dos cases que simboliza essa transformação para as marcas é o Magazine Você, do Magazine Luiza, que transforma qualquer pessoa no Facebook em um potencial vendedor para a marca”, relembra.
  • 8. 8. Fortalecimento da cultura à imagem

    8 /10(Reprodução)

    Os conteúdos mais populares e compartilhadas no Facebook são imagens e vídeos, afirma a especialista. Com isso, ditam as estratégias para a rede. “Essa preferência do público tem transformado as ações de marketing das marcas fazendo com que a geração de conteúdos visuais e a preocupação na produção autoral de vídeo e foto tornem-se fatores importantes para as empresas”, afirma Martha.
  • 9. 9. Preocupação com Direito digital

    9 /10(Reuters)

    Na mesma proporção que abriram oportunidades para as marcas, as redes sociais trouxeram desafios legais e específicos de cada plataforma. “Além das leis públicas que regem os países, o Facebook possui também as suas próprias regras sobre o que pode e o que não pode ser feito em termos de promoções e publicações. Dessa forma, a atuação inapropriada no Facebook pode gerar não apenas penalidades legais como, também, punições da própria plataforma”, descreve e pesquisadora.
  • 10. 10. Marketing Geek

    10 /10(NerdStore)

    Por fim, o marketing tem se tornado cada vez mais geek, afirma Martha Gabriel. “Ambientes digitais são o habitat de programadores, nerds e geeks. Os profissionais de marketing têm cada vez mais aprendido programação ou interagido mais de perto com programadores, fazendo com que a formação das equipes seja cada vez mais uma mistura de habilidades de arte e ciência”, conclui a pesquisadora.
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