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Roubaram meu celular. Como proteger minha conta do banco?

Conheça 6 dicas de especialistas para reduzir os riscos de roubos e furtos e saiba como agir para evitar perdas maiores como transferências pelo Pix

Celular: aparelho pode ser destravado por quadrilhas especializadas que invadem contas bancárias (AndreyPopov/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de abril de 2022 às 09h54.

Última atualização em 15 de abril de 2022 às 17h04.

Nos últimos meses, roubos e furtos de celular se tornaram mais comuns em São Paulo e outras cidades do país. Para as vítimas, há uma "corrida contra o tempo" para conseguir bloquear aplicativos de bancos e corretoras o quanto antes, a fim de evitar transferências criminosas. Smartphones e outros aparelhos são passíveis de serem destravados por quadrilhas especializadas que invadem contas bancárias, ampliando o prejuízo de quem já perdeu o celular.

Algumas quadrilhas têm lucrado tanto com transferências pelo Pix, a ferramenta de transferência eletrônica, que o crime atraiu a atenção do Primeiro Comando da Capital (PCC), segundo a Polícia Civil de São Paulo. De acordo com Anderson Honorato, delegado assistente da 2.ª Delegacia do Patrimônio, o Pix se tornou o "negócio da moda". Por isso, é cada vez mais necessário saber o que fazer em caso de roubo ou furto de celular e como evitar ser alvo desse tipo de crime.

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Veja a seguir 6 dicas de especialistas para evitar que o roubo ou furto de celular se torne um grande prejuízo:

1. Avise o banco

Quando o celular é roubado, o recomendado é que a vítima acione o banco imediatamente para pedir o bloqueio do aplicativo e das transferências. Isso pode ser feito por meio de telefones dedicados ao atendimento remoto ou por outros canais nos sites das instituições financeiras.

Tenha números e sites já anotados para casos de emergência. A depender do caso, o banco pode bloquear a transferência antes que o dinheiro vá para contas de laranjas.

2. Troque todas as senhas

Outro passo complementar é trocar as senhas de todos os aplicativos que possam ter informações sensíveis, como e-mail, e notificar a operadora de telefonia.

3. Bloqueie a linha do celular

É importante pedir para a sua operadora o bloqueio da linha telefônica, evitando o acesso a informações do chip para que os criminosos não entrem em contato com pessoas pelo celular para aplicar mais golpes. Recentemente, cresceu, por exemplo, a ação de golpistas que se passam pelas vítimas para pedir empréstimos pelo WhatsApp.

4. Tenha os dados de sua linha à mão

Para fazer o bloqueio completo do celular, a operadora pode pedir dados pessoais, número do boletim de ocorrência e IMEI, sigla para International Mobile Equipment Identity, que é um registro de identificação próprio de cada aparelho. Ele possibilita que o bloqueio seja feito mais rapidamente. Caso não tenha o IMEI do celular anotado, o usuário pode obtê-lo discando o comando *#06# no telefone. O número é informado logo em seguida.

5. Limite as transferências pelo Pix

Desde abril de 2021, é possível controlar o limite no sistema de Pix, reduzindo ou aumentando o valor disponível para transações. Como medida de segurança, o Banco Central realizou uma série de mudanças no Pix em agosto do ano passado. O limite do sistema de pagamentos passou a ser de R$ 1 mil para operações entre 20h e 6h da manhã.

6. Atenção redobrada ao uso de celular na rua

O bairro da Bela Vista, próximo à avenida Paulista e à região central de São Paulo, tornou-se um epicentro de golpes envolvendo Pix, de acordo com o delegado Anderson Honorato. "Na [avenida] Paulista, tem o pessoal falando no celular. Passa um 'cara' de bicicleta e rouba; e tem 'cara' que se especializa em quebrar o vidro do carro", disse.

O delegado passou algumas dicas para evitar os riscos desse tipo de ocorrência. Primeiro, é importante não deixar o celular exposto, como em cima da mesa de um restaurante ou lanchonete com mesas na calçada.

Também é recomendável não falar ao celular em local desabrigado na rua, sobretudo quando estiver sozinho. Caso seja realmente necessário usar o celular, busque entrar em uma loja ou prédio. No caso de quem está de carro ou em ônibus, é recomendado não deixar o celular à mostra e sem proteção ou os vidros abaixados em local movimentado.

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