Renda fixa continua a brilhar em 2012, diz Santander
Inflação, CDBs e títulos privados lastreados em imóveis serão os destaques
Da Redação
Publicado em 13 de janeiro de 2012 às 05h58.
São Paulo – A renda fixa continuará sendo o grande destaque de 2012, com destaque para o crédito privado e os produtos atrelados à inflação , dizem representantes da Asset do Santander . Na ponta da renda variável, no entanto, os investidores devem ser mais cautelosos e preferir os fundos com estratégias específicas, como os de small caps, dividendos ou capital protegido.
“As empresas brasileiras estão crescendo e aumentando seu endividamento, e a Bolsa ainda deve registrar neste ano grande volatilidade. O investidor deve diversificar mais”, diz Luciane Ribeiro, diretora executiva da Asset do Santander. Para o estrategista do banco, Ricardo Denadai, a economia mundial não está mais à beira do colapso, mas o investidor terá de aprender a conviver com um risco mais alto.
Veja a seguir as perspectivas da Asset do Santander para os investimentos em 2012:
Renda fixa: inflação e crédito privado
Mesmo com a previsão mais baixa para a Selic no fim do ano – 9,5% para o mercado como um todo e 10% para o Santander – a renda fixa deve continuar brilhando em 2012. No ano passado, o destaque ficou por conta dos títulos públicos ou privados indexados à inflação, que fechou no teto da meta, em 6,5%. Os fundos que buscam superar o IMA-B, índice da renda fixa atrelada à inflação, f oram os que tiveram a melhor performance em 2011 entre os fundos de renda fixa. Houve fundo rendendo quase 18% ao ano.
Um desempenho tão excepcional não deve se repetir neste ano, uma vez que as previsões são de queda para a inflação. O Santander prevê uma desaceleração forte para o IPCA até o meio do ano, para algo como 5,5% ou 5,3%. “Mas a inflação deve voltar a ser tema no segundo semestre”, alerta Ricardo Denadai.
O crescimento econômico deve ganhar fôlego no primeiro semestre, levando a inflação a fechar o ano estável entre 5,5% e 5,3%, sem novas quedas. Se o cenário internacional surpreender positivamente, o crescimento pode acelerar novamente na segunda metade do ano, elevando a inflação mais uma vez. Por isso, títulos atrelados a índices de preços devem continuar sendo bons investimentos, principalmente com vistas ao segundo semestre.
O crédito privado aparece como boa alternativa de diversificação. Segundo Luciane Ribeiro, bancos como a Caixa fazem concorrência forte às assets por oferecer Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) diretamente no varejo. Essas aplicações são isentas de IR, tornando-se mais rentáveis que um CDB mesmo quando não pagam 100% do CDI.
A necessidade de expansão de crédito deve beneficiar esse tipo de papel, bem como os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs). Mesmo em CDBs de bancos grandes já é possível, sob algumas condições, conseguir CDBs que paguem 100% do CDI. Bancos médios, com maior necessidade de fontes de financiamento, emitem papéis ainda mais líquidos e rentáveis, como é o caso do Sofisa, com seu Sofisa Direto. E tudo garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até os 70.000 reais. Veja cinco aplicações de baixo risco que batem a poupança.
No caso dos fundos, papéis ligados ao mercado imobiliário podem ser encontrados nos fundos de recebíveis imobiliários. O Santander pretende lançar, ainda em 2012, o seu primeiro fundo imobiliário exatamente nesta linha, oferecido inicialmente para o segmento private. A Asset do banco também deve lançar outros produtos de crédito privado.
Renda variável: prefira estratégias específicas
Para a renda variável, os especialistas do Santander esperam um ambiente de alto risco, mas com o temor de um colapso da economia mundial já afastado. A previsão do banco para o Ibovespa no final de 2012 é até otimista, de 70.000 a 72.000 pontos. Os problemas da Zona do Euro não serão resolvidos, e a década será de baixo crescimento para a região. Mas os Estados Unidos já vêm surpreendendo positivamente.
“Não estamos mais à beira do precipício. O grau de compromisso contra o colapso do euro é bastante grande”, diz Ricardo Denadai. Ainda assim, para ele, a economia brasileira deve crescer 3,5%, com aumento robusto do consumo em função dos estímulos do governo, do aumento do salário mínimo e da elevação da renda. “No primeiro trimestre a economia vai acelerar, e no segundo trimestre os estímulos vão surtir seu efeito máximo em termos de PIB”, diz o economista.
Com isso, os setores que vão se destacar na Bolsa são aqueles ligados ao mercado interno, ao consumo e à expansão do crédito. Mas com o nível de risco ainda alto, a Asset do Santander recomenda produtos diferenciados, fundos “temáticos”, voltados para small caps, dividendos, fundos de estratégias específicas ou mesmo de capital protegido, que têm mais chance de conseguir bons ganhos, ou ao menos minimizar perdas. Conheça estratégias e produtos que ajudam o investidor a ganhar tanto na alta como na baixa.
São Paulo – A renda fixa continuará sendo o grande destaque de 2012, com destaque para o crédito privado e os produtos atrelados à inflação , dizem representantes da Asset do Santander . Na ponta da renda variável, no entanto, os investidores devem ser mais cautelosos e preferir os fundos com estratégias específicas, como os de small caps, dividendos ou capital protegido.
“As empresas brasileiras estão crescendo e aumentando seu endividamento, e a Bolsa ainda deve registrar neste ano grande volatilidade. O investidor deve diversificar mais”, diz Luciane Ribeiro, diretora executiva da Asset do Santander. Para o estrategista do banco, Ricardo Denadai, a economia mundial não está mais à beira do colapso, mas o investidor terá de aprender a conviver com um risco mais alto.
Veja a seguir as perspectivas da Asset do Santander para os investimentos em 2012:
Renda fixa: inflação e crédito privado
Mesmo com a previsão mais baixa para a Selic no fim do ano – 9,5% para o mercado como um todo e 10% para o Santander – a renda fixa deve continuar brilhando em 2012. No ano passado, o destaque ficou por conta dos títulos públicos ou privados indexados à inflação, que fechou no teto da meta, em 6,5%. Os fundos que buscam superar o IMA-B, índice da renda fixa atrelada à inflação, f oram os que tiveram a melhor performance em 2011 entre os fundos de renda fixa. Houve fundo rendendo quase 18% ao ano.
Um desempenho tão excepcional não deve se repetir neste ano, uma vez que as previsões são de queda para a inflação. O Santander prevê uma desaceleração forte para o IPCA até o meio do ano, para algo como 5,5% ou 5,3%. “Mas a inflação deve voltar a ser tema no segundo semestre”, alerta Ricardo Denadai.
O crescimento econômico deve ganhar fôlego no primeiro semestre, levando a inflação a fechar o ano estável entre 5,5% e 5,3%, sem novas quedas. Se o cenário internacional surpreender positivamente, o crescimento pode acelerar novamente na segunda metade do ano, elevando a inflação mais uma vez. Por isso, títulos atrelados a índices de preços devem continuar sendo bons investimentos, principalmente com vistas ao segundo semestre.
O crédito privado aparece como boa alternativa de diversificação. Segundo Luciane Ribeiro, bancos como a Caixa fazem concorrência forte às assets por oferecer Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) diretamente no varejo. Essas aplicações são isentas de IR, tornando-se mais rentáveis que um CDB mesmo quando não pagam 100% do CDI.
A necessidade de expansão de crédito deve beneficiar esse tipo de papel, bem como os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs). Mesmo em CDBs de bancos grandes já é possível, sob algumas condições, conseguir CDBs que paguem 100% do CDI. Bancos médios, com maior necessidade de fontes de financiamento, emitem papéis ainda mais líquidos e rentáveis, como é o caso do Sofisa, com seu Sofisa Direto. E tudo garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até os 70.000 reais. Veja cinco aplicações de baixo risco que batem a poupança.
No caso dos fundos, papéis ligados ao mercado imobiliário podem ser encontrados nos fundos de recebíveis imobiliários. O Santander pretende lançar, ainda em 2012, o seu primeiro fundo imobiliário exatamente nesta linha, oferecido inicialmente para o segmento private. A Asset do banco também deve lançar outros produtos de crédito privado.
Renda variável: prefira estratégias específicas
Para a renda variável, os especialistas do Santander esperam um ambiente de alto risco, mas com o temor de um colapso da economia mundial já afastado. A previsão do banco para o Ibovespa no final de 2012 é até otimista, de 70.000 a 72.000 pontos. Os problemas da Zona do Euro não serão resolvidos, e a década será de baixo crescimento para a região. Mas os Estados Unidos já vêm surpreendendo positivamente.
“Não estamos mais à beira do precipício. O grau de compromisso contra o colapso do euro é bastante grande”, diz Ricardo Denadai. Ainda assim, para ele, a economia brasileira deve crescer 3,5%, com aumento robusto do consumo em função dos estímulos do governo, do aumento do salário mínimo e da elevação da renda. “No primeiro trimestre a economia vai acelerar, e no segundo trimestre os estímulos vão surtir seu efeito máximo em termos de PIB”, diz o economista.
Com isso, os setores que vão se destacar na Bolsa são aqueles ligados ao mercado interno, ao consumo e à expansão do crédito. Mas com o nível de risco ainda alto, a Asset do Santander recomenda produtos diferenciados, fundos “temáticos”, voltados para small caps, dividendos, fundos de estratégias específicas ou mesmo de capital protegido, que têm mais chance de conseguir bons ganhos, ou ao menos minimizar perdas. Conheça estratégias e produtos que ajudam o investidor a ganhar tanto na alta como na baixa.