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Problema cadastral é maior dúvida para saque do FGTS

A maioria das consultas na Caixa no sábado foi em relação a contas com problemas cadastrais, que não aparecem em buscas na internet

Caixa: em todo o país, foram abertas 1.891 agências, com 25.620 funcionários a postos (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Caixa: em todo o país, foram abertas 1.891 agências, com 25.620 funcionários a postos (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de fevereiro de 2017 às 11h40.

Última atualização em 20 de fevereiro de 2017 às 17h05.

Brasília e São Paulo- As agências da Caixa que abriram as portas neste sábado para os trabalhadores tirarem dúvidas sobre saques de contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) tiveram movimento tranquilo, segundo a instituição.

A maioria das consultas foi em relação a contas com problemas cadastrais, que não aparecem em buscas na internet.

São casos de empresas que não informaram o afastamento dos funcionários ou fizeram o depósito em um CNPJ diferente do informado na carteira de trabalho, beneficiários com mais de um número de PIS ou que mudaram de nome.

Em todo o país, foram abertas 1.891 agências, com 25.620 funcionários a postos. No edifício sede da Caixa, em Brasília, cinco caixas se prepararam para atender à demanda, mas quem chegava para tirar dúvidas não encontrava fila.

O empresário Alessandro Abreu dos Santos, 40, foi à agência com os filhos na expectativa de encontrar saldo em três contas inativas, mas uma delas, relativa a uma empresa de eventos em que trabalhou por cinco anos, não foi encontrada.

Foi orientado a voltar com a carteira de trabalho e o CNPJ da empresa e já faz planos para o dinheiro: "Vou pagar dívidas", afirma.

Quem conseguiu resolver os problemas na agência já pode deixar programada a opção de recebimento e, para quem tem contas na Caixa, autorizar o depósito automático do dinheiro.

Foi o caso do advogado Matheus Batista, 34. Ele havia consultado o saldo pela internet e viu que não constavam contas inativas.

"Tinha problemas cadastrais, mas trouxe meus documentos e já resolvi. Pretendo pagar dívidas com o dinheiro", completou.

Os recursos que serão liberados no âmbito das contas inativas do FGTS podem contribuir para reduzir a inadimplência da Caixa, à medida que parte dos trabalhadores opte por pagar dívidas, de acordo com o vice-presidente de Finanças e Controladoria do banco, Arno Meyer.

"O uso dos recursos é livre, mas é recomendável que o trabalhador quite dívidas mais caras como crédito rotativo, cheque especial", afirmou ele, que esteve na abertura da agência do banco na Avenida Paulista, em São Paulo.

Antevendo a demanda alta por informações, a Caixa aumentou em 20% a capacidade dos servidores para evitar problemas nos sites e triplicou a capacidade para o atendimento telefônico.

De acordo com o vice-presidente de Tecnologia do banco, José Eirado, não foram registradas dificuldades. "O número de pessoas acessando os sites da Caixa nos últimos dias foi o dobro do que tivemos na Mega Sena da Virada, uma de nossas maiores demandas", disse.

Foram feitos mais de 60 milhões de acessos ao site e mais de 1 milhão de ligações para o atendimento por telefone.

Os recursos das contas inativas poderão ser sacados de 10 de março a 31 de julho, de acordo com um cronograma baseado na data de nascimento do beneficiário.

Mais de 30 milhões de brasileiros poderão retirar o dinheiro, o que deverá injetar R$ 35 bilhões na economia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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