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Preço ou uso de máscara? Pesquisa revela prioridades na volta às lojas

Para 2 em cada 3 consumidores, medidas adequadas de segurança da saúde os levariam a pagar a mais por produtos no comércio, revela Ipsos

Consumidores e funcionários usam máscaras em loja dentro de shopping: o novo normal para as compras (Germano Lüders/Exame)

Consumidores e funcionários usam máscaras em loja dentro de shopping: o novo normal para as compras (Germano Lüders/Exame)

MS

Marcelo Sakate

Publicado em 28 de setembro de 2020 às 06h00.

Última atualização em 28 de setembro de 2020 às 09h21.

A pandemia do novo coronavírus está alterando alguns dos padrões de comportamento mais arraigados entre os consumidores. Dois em cada três brasileiros disseram que estão dispostos a pagar mais em lojas (como supermercados e farmácias) que adotem medidas de segurança da saúde para reduzir os riscos de contaminação pela Covid-19. Essa é uma das revelações de uma pesquisa conduzida pela Ipsos em todo o país.

Tradicionalmente, o preço mais baixo é uma das prioridades, se não a maior, para o consumidor. Mas medidas de higienização passaram adiante como fator mais importante no momento de decidir onde fazer as compras. A pesquisa da Ipsos revelou ainda as três medidas mais importantes segundo os entrevistados: em primeiro lugar ficou o uso de máscaras dentro das lojas, algo que se tornou obrigatório em muitos estados e cidades. Essa medida foi citada como a mais essencial por 54% das pessoas consultadas.

Quando o assunto é consumo, a segunda medida que foi mais mencionada como a mais essencial foi o uso de máscaras pelos funcionários, com 51% de citações. E logo em seguida ficou a disponibilização de álcool em gel para os clientes, com 45% das respostas.

"A pesquisa mostra uma mudança nos valores do consumidor. O preço ainda é importante, mas perde relevância. O lado emocional, ligado à sensação de segurança, pesa mais na decisão dos clientes", afirma Christian Ommundsen, head de Experiência do Consumidor na Ipsos, uma das maiores empresas do mundo em pesquisas de mercado.

Entre os 65% dos entrevistados que disseram que estariam dispostos a pagar mais se a loja adotasse as medidas necessárias de segurança da saúde, a ampla maioria (84% desse subgrupo) afirmou que desenbolsaria até 10% a mais pelos produtos. Outros 12% citaram até 25% a mais nos preços.

Medo da doença pesa mais

Os resultados do levantamento também revelam que, ainda que governos estaduais e municipais decidissem, da noite para o dia, acabar com todas as medidas de restrição ao funcionamento do comércio, 3 em cada 4 consumidores disseram que não se sentiriam confortáveis em retornar imediatamente às lojas. As razões? Para 63%, o medo de ficar doente com o novo coronavírus; para 55%, a avaliação de que encontrariam muitas pessoas fazendo compras nessa situação hipotética, algo que prefeririam evitar.

Por outro lado, medidas relacionadas a meios de pagamento mais higiênicos não foram consideradas tão importantes pelos consumidores entrevistados. Apenas uma em cada cinco pessoas (21%) disseram priorizar lojas que ofereçam a chance de pagamento sem contato (como o uso de cartões que funcionam por aproximação da maquininha; e apenas 11% citaram o pagamento sem dinheiro como medida mais essencial.

Para o especialista da Ipsos, as descobertas da pesquisa podem servir como orientação para empresários que busquem aumentar a frequência de consumidores em suas lojas.

Foram entrevistadas 800 pessoas com mais de 18 anos, homens e mulheres, que haviam realizado ao menos uma compra presencial nos 30 dias anteriores à semana de coleta, no fim de junho. O questionário foi aplicado de maneira virtual.

 

 

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