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Preço dos imóveis sofre queda real de 6,25% em um ano

O valor médio dos imóveis subiu abaixo da inflação em 11 dos últimos 12 meses pesquisados pelo Índice FipeZap. Acompanhe o preço na sua cidade

(LemonTreeImages/Thinkstock)

Júlia Lewgoy

Publicado em 2 de dezembro de 2016 às 05h00.

Última atualização em 2 de dezembro de 2016 às 05h00.

São Paulo – O preço médio dos imóveis subiu apenas 0,45% nos últimos 12 meses encerrados em novembro, segundo o Índice FipeZap , que acompanha a variação nos valores de apartamentos anunciados para venda em 20 cidades brasileiras. Nesse período, todos esses municípios registraram variação abaixo da inflação.

Isso significa que os demais preços da economia subiram mais do que os imóveis , em média. A inflação esperada para os últimos 12 meses, medida pelo IPCA, deve ficar em 7,15% , segundo o Boletim Focus do Banco Central. Ou  seja, ao considerar o efeito da alta generalizada dos preços, o índice apresentou queda real de 6,25%.

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A queda real é registrada quando o valor de um determinado bem tem uma alta inferior ao aumento generalizado dos preços, medido por índices inflacionários, como o IPCA. Vale destacar que a variação real não é obtida com uma simples subtração. Para realizar o cálculo, é preciso dividir a oscilação dos preços pela variação da inflação.

No acumulado entre janeiro e novembro de 2016, os valores aumentaram 0,45%. Em quatro das vinte cidades pesquisadas pelo Índice Fipezap, os preços dos imóveis caíram em 2016.

Em novembro, o preço médio dos imóveis subiu apenas 0,07%, menos que a inflação esperada para mês, de 0,33%, segundo o Boletim Focus do Banco Central.  Em 11 dos últimos 12 meses, essa variação foi menor do que o aumento generalizado dos preços.

O valor médio do metro quadrado anunciado em novembro foi de 7.654 reais.

Veja a seguir a variação dos preços dos imóveis à venda nas 20 cidades acompanhadas pelo Índice FipeZap em novembro, no acumulado do ano e nos últimos 12 meses.

CidadeVariação do preço nos últimos 12 mesesVariação do preço em 2016Variação do preço em novembro
Rio de Janeiro-2,20%-2,01%-0,15%
Niterói-2,12%-1,83%-0,01%
Goiânia-1,66%-2,55%-0,22%
Brasília-1,21%-1,03%-0,18%
São Paulo0,36%0,26%0,07%
Recife0,42%0,38%0,58%
São Bernardo do Campo0,54%0,25%-0,06%
Campinas0,72%0,65%0,02%
Santos1,23%0,97%0,18%
Fortaleza1,43%0,89%-0,26%
Contagem1,78%1,92%-0,07%
Salvador2,21%2,19%0,58%
Santo André2,54%1,98%-0,02%
Vila Velha2,62%2,09%0,24%
São Caetano do Sul2,64%1,98%0,20%
Porto Alegre3,03%3,13%0,32%
Belo Horizonte3,35%3,71%0,28%
Vitória3,72%3,25%0,00%
Curitiba4,58%4,80%0,18%
Florianópolis4,78%4,65%0,03%

 

Confira abaixo o preço médio do metro quadrado anunciado em cada cidade em novembro:

CidadePreço médio do metro quadrado
Rio de JaneiroR$ 10.220
São PauloR$ 8.628
Distrito FederalR$ 8.507
NiteróiR$ 7.429
FlorianópolisR$ 6.590
RecifeR$ 6.109
Belo HorizonteR$ 6.054
FortalezaR$ 5.968
São Caetano do SulR$ 5.962
Porto AlegreR$ 5.698
VitóriaR$ 5.692
CuritibaR$ 5.569
CampinasR$ 5.419
Santo AndréR$ 5.238
SantosR$ 5.158
São Bernardo do CampoR$ 4.891
SalvadorR$ 4.825
Vila VelhaR$ 4.537
GoiâniaR$ 4.102
ContagemR$ 3.609

 

O Índice FipeZap tem dados disponíveis sobre São Paulo e Rio de Janeiro desde janeiro de 2008. Para Belo Horizonte, a série histórica começa em maio de 2009. Para Fortaleza, em abril de 2010; para Recife em julho de 2010; e para o Distrito Federal e Salvador, em setembro de 2010.

Entre as cidades incluídas mais recentemente na composição do Índice FipeZap Ampliado, os municípios do ABC Paulista e Niterói têm dados disponíveis desde janeiro de 2012. Vitória, Vila Velha, Florianópolis, Porto Alegre e Curitiba têm séries históricas iniciadas em julho de 2012. O índice FipeZap Ampliado foi lançado em janeiro de 2013.

O indicador elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com o site de classificados Zap Imóveis, acompanha os preços do metro quadrado dos imóveis usados anunciados na internet, que totalizam mais de 290 mil unidades por mês.

Além disso, são buscados também dads em outras fontes de anúncios online. A Fipe faz a ponderação dos dados utilizando a renda dos domicílios, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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