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Preço do aluguel tem queda real de 3,31% nos últimos 12 meses

O preço do aluguel subiu 1,02% nos últimos 12 meses, segundo o Índice FipeZap de Locação. Apesar da alta, o valor de locação ficou abaixo da inflação

Índice FipeZap: São Paulo se manteve como a cidade mais cara do Brasil para alugar apartamento (vicnt/Thinkstock)

Índice FipeZap: São Paulo se manteve como a cidade mais cara do Brasil para alugar apartamento (vicnt/Thinkstock)

Júlia Lewgoy

Júlia Lewgoy

Publicado em 15 de agosto de 2018 às 05h30.

Última atualização em 15 de agosto de 2018 às 05h30.

São Paulo - O preço do aluguel de imóveis subiu 1,02% nos últimos 12 meses, segundo o Índice FipeZap de Locação, que acompanha o preço médio de imóveis anunciados para alugar em 15 cidades brasileiras. Apesar da alta, o valor de locação ficou abaixo da inflação no mesmo período.

Considerando a inflação medida pelo IPCA, de 4,48% nos últimos 12 meses, o preço médio do aluguel teve queda real de 3,31% no período. A queda real é registrada quando o valor de um determinado bem sobe menos que a inflação.

Vale destacar que a variação real não é obtida com uma simples subtração. Para realizar o cálculo, é preciso dividir a oscilação dos preços pela variação da inflação.

Desde o início do ano, o preço médio do aluguel acumula alta de 1,99%, enquanto a inflação medida pelo IPCA foi de 2,94% no período.

Em julho, o preço médio de locação se manteve praticamente estável, com leve alta de 0,06%. A variação também ficou abaixo da inflação medida pelo IPCA, de 0,33% no período. 

A tendência é que o preço do aluguel siga subindo abaixo da inflação até o fim do ano. Por isso, locatários têm poder de barganha para negociar preço na hora de fechar contrato ou reajustar o aluguel.

Preço por cidade

Em julho, 7 das 15 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap acompanharam o movimento de alta no preço médio do aluguel residencial, com destaque para as variações observadas em Recife (1,79%), Curitiba (1,63%) e São Bernardo do Campo (0,57%).

Já entre as cidades que registraram queda nos preços de locação residencial no período, vale citar: Fortaleza (-1,28%), Rio de Janeiro (-0,78%) e Goiânia (-0,70%).  

A seguir, confira o preço médio do metro quadrado anunciado para locação e a variação dos preços nas 15 cidades pesquisadas pelo Índice FipeZap. Nas cidades em que o preço está caindo, o poder do locatário para negociar preço é maior.

CidadePreço médio do metro quadrado em julhoVariação do preço em julhoVariação do preço em 2018Variação do preço nos últimos 12 meses
São PauloR$ 36,900,41%3,53%3,26%
Rio de JaneiroR$ 30,79-0,78%-1,25%-5,74%
Distrito FederalR$ 29,69-0,17%4,49%4,37%
SantosR$ 29,280,28%2,00%1,51%
RecifeR$ 25,721,79%5,94%8,61%
FlorianópolisR$ 22,64-0,02%1,37%0,44%
Porto AlegreR$ 21,270,06%1,15%-0,03%
CampinasR$ 20,920,30%1,75%0,95%
NiteróiR$ 20,39-0,41%-1,81%-6,76%
Belo HorizonteR$ 20,330,37%2,35%2,67%
SalvadorR$ 20,13-0,22%2,51%3,76%
São Bernardo do CampoR$ 18,840,57%0,34%0,55%
CuritibaR$ 17,571,63%2,76%6,42%
FortalezaR$ 15,96-1,28%-1,16%-2,18%
GoiâniaR$ 15,98-0,70%4,69%6,46%

Retorno do investimento em imóveis

Em julho, o retorno médio para investidores que optaram por alugar seu imóvel foi de 4,40% ao ano. A taxa avalia o retorno médio que um proprietário teria em 12 meses com a locação do imóvel, sem considerar possível ganhos com valorização ou desvalorização decorrente do aumento ou da queda no preço dos imóveis no período.

A rentabilidade do aluguel é calculada por meio da divisão entre o preço médio de locação mensal e o preço médio de venda mensal. A taxa ao ano é obtida multiplicando-se o resultado por 12.

O retorno do aluguel de imóveis ficou abaixo da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6,50% ao ano. A taxa está no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986.

Ou seja, há outras opções de investimentos de renda fixa mais atraentes do que o aluguel de imóveis. Os fundos imobiliários também são alternativas para quem gosta de investir em imóveis, mas busca retornos maiores. Veja dicas para investir.

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