Invest

Plataforma de crédito Grafeno cresce quatro vezes em 2022 — agora, planeja novos negócios

Startup transacionou R$ 180 bilhões no último ano, ante R$ 50 bilhões em 2021

 (José Cruz/Agência Brasil)

(José Cruz/Agência Brasil)

Karina Souza
Karina Souza

Repórter Exame IN

Publicado em 14 de julho de 2023 às 14h01.

Última atualização em 19 de julho de 2023 às 14h50.

A Grafeno, plataforma digital para o mercado de crédito fora do sistema bancário, mostrou com números o reflexo dos impactos exercidos pela gestão assumida em 2022. A empresa intermediou R$ 180 bilhões em transações de crédito no ano passado — ou seja, um volume médio de R$ 15 bilhões por mês. Em 2021, para referência, passaram pela plataforma R$ 50 bilhões em operações, ou seja, R$ 6 bilhões por mês. 

A função da empresa é, resumidamente, intermediar a relação entre fornecedores de capital (FIDCs), fintechs, grandes companhias e factorings e credores, principalmente pequenas e médias empresas. O plano de crescimento acelerado já havia sido contado ao EXAME In por Felipe Moreno, então CEO da companhia, no ano passado. Agora, a empresa dá mais um passo em direção a esse horizonte, com o lançamento de uma nova ferramenta que completa o ecossistema no qual está inserida: a AssineGrafeno. 

Ao atuar no mercado de crédito e perceber os entraves relacionados a assinatura de documentos, certificado digital e outros pontos, a companhia resolveu entrar nesse mercado com o serviço, lançado ao público recentemente. 

O diferencial para outras plataformas como Docket e Docusign, por exemplo é o conhecimento do mercado de crédito e das necessidades dele, segundo Ana Luiza Fernandes, sócia e CMO da Grafeno. “Nossa ferramenta tem o diferencial de trazer um processo mais flexível na gestão de contratos e termos de cessão. Integramos a gestão de contratos com conciliação automática”, diz a executiva.

Não foram divulgados pela empresa, até o momento, dados de receita ou do quanto a nova solução vai contribuir para o crescimento daqui para a frente. Mais do que trazer dinheiro, sozinha, a ideia é que a nova solução possa popularizar o nome da Grafeno diante de potenciais clientes. 

A empresa nasceu há quatro anos, com sócios como Galápagos (gestora) e executivos da Singulare (maior administradora de fundos no Brasil). O surgimento veio da necessidade percebida pelos sócios de estruturar uma plataforma inteligente que reunisse em um único local  todo o ‘dossiê’ do crédito, desde a contratação até a liquidação, para um ecossistema fora dos bancos. 

Nesse caminho, a primeira iniciativa da Grafeno foi a criação de uma conta Escrow. Basicamente, uma conta em que são depositadas garantias. Por exemplo: um recebível antecipado é depositado nessa conta, onde por contrato apenas o credor tem a autorização de movimentação. É um processo que oferece maior segurança e mitiga os riscos da antecipação do crédito (empréstimo). Depois desse primeiro passo, a companhia começou a desenvolver mais tecnologia, de olho em ter uma plataforma completa, capaz de acompanhar o processo do começo ao fim, e não somente na liquidação. 

Foi o que deu o impulso para a empresa continuar e crescer. Hoje, a Grafeno já tem mais de 500 credores, entre fundos e gestores que usam a plataforma, e mais de 6 mil empresas (principalmente PMEs) plugados na plataforma.

Acompanhe tudo sobre:Crédito

Mais de Invest

Petrobras ganha R$ 24,2 bilhões em valor de mercado e lidera alta na B3

Raízen conversa com Petrobras sobre JV de etanol, diz Reuters; ação sobe 6%

3 razões para acreditar na ‘mãe de todos os ralis’ para a bolsa brasileira

Quanto rende R$ 18 milhões da Mega-Sena por dia na poupança?