Com a piora da crise internacional, a corretora Planner passou a recomendar a seus clientes a venda das ações da Cosan (CSAN3). De acordo com a instituição, a empresa deve passar por momentos difíceis no próximo ano devido ao aumento de seu endividamento com a conclusão da compra da Esso, à perspectiva de mais uma safra ruim e ao baixo rendimento se comparado ao de tempos passados.

No último balanço, referente aos meses de agosto a outubro, a companhia informou um aumento de 12,1% na sua receita bruta em relação ao mesmo período do ano anterior, para 760,2 milhões de reais, fruto da desvalorização do real e seu impacto nas exportações de açúcar e álcool. O aumento de 24,7% no preço do açúcar também contribuiu para o resultado. As vendas, entretanto, diminuíram 10,2%. O volume de etanol comercializado também foi inferior ao do ano passado - 7,8%.

As dívidas em dólar da companhia, que respondem por cerca de 85% de seu endividamento total, entretanto, aumentaram com a disparada da moeda americana,l deixando o balanço negativo. A empresa, que é a maior do setor sucroalcooleiro, acabou contabilizando um prejuízo líquido de 380,7 milhões de reais no último trimestre.

Pelas projeções da Planner, as ações da Cosan devem chegar ao final de 2009 cotadas a 16 reais, o que representa uma valorização de 36,6%.