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Petróleo pode cair abaixo de US$ 25 em 2009, diz Merrill Lynch

Banco aposta em forte queda na demanda se recessão das economias desenvolvidas chegar à China

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

O banco de investimentos Merrill Lynch acredita que o preço do barril de petróleo pode cair abaixo de 25 dólares em 2009 caso a recessão nas economias desenvolvidas atinja também a China, reduzindo a demanda por combustíveis.

Nesta quinta-feira, às 17h37, o petróleo era negociado a 44,65 dólares na Bolsa Mercantil de Nova York, uma baixa de 4,68%. Desde que atingiu seu pico de 147 dólares, o barril já caiu nada menos do que 70%.

A Merrill Lynch acredita na continuidade da queda dos preços devido ao esperado recuo da demanda em 2009. Estados Unidos, Europa e Japão já entraram em recessão e as economias emergentes começam a sentir os efeitos da crise.

O PIB brasileiro deve cair neste quarto trimestre e crescer entre 2% e 3% no próximo ano. Já a China deve ter expansão de 7,5%, segundo o Banco Mundial. Mas já há quem preveja uma alta de apenas 4% - algo insuficiente para sustentar os preços das commodities em um ambiente de recessão global.

Para a Merrill Lynch, se a recessão chegar à China, apenas cortes significativos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) poderia impedir que o barril caia abaixo de 25 dólares, ainda que durante apenas parte do primeiro semestre. Posteriormente, a commodity poderia se recuperar e atingir um preço médio de 50 dólares durante 2009, diz a Merrill Lynch.

No Brasil, a queda do preço do petróleo é ruim para a Petrobras e seus acionistas, mas é uma notícia muito positiva para consumidores e empresas. A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) informou nesta quarta-feira que a Petrobras vai repassar a queda do petróleo para os preços da gasolina e do diesel se esse movimento de baixa se mostrar duradouro.

Por outro lado, a queda das commodities - e também de outras commodities - pode prejudicar a economia brasileira porque vai reduzir a entrada de dólares no país e elevar a pressão sobre o câmbio. O dólar fechou nesta quinta-feira acima de 2,50 reais pela primeira vez desde 2005 - o que é extremamente inflacionário. Com a desaceleração da economia brasileira, o dólar no atual patamar pode impedir que o Banco Central haja para dar um alento ao setor produtivo.

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