São Paulo - Os fundos referenciados DI apresentaram o melhor resultado do balanço de investimentos de junho, ao registrarem rentabilidade de 1,07% no mês. Esse tipo de fundo investe no mínimo 95% do patrimônio em títulos de renda fixa ou operações que acompanham a variação da taxa de juros CDI ou da Selic.
Os fundos DI são seguidos no ranking por fundos de renda fixa, que registraram alta de 1,05% no mês. Essa categoria de fundo investe 80% de sua carteira em títulos públicos e ativos de baixo risco.
Já os fundos multimercados Juros e Moedas tiveram rentabilidade de 1% no período e ficaram em terceiro lugar no balanço de aplicações do mês. Esse produto investe em diversos ativos de renda fixa.
Veja, na tabela a seguir, o ranking dos resultados de alguns dos principais índices e investimentos do mercado em junho e no acumulado do ano:
Aplicação | Desempenho em junho | Desempenho em 2015 |
---|
Fundos referenciados DI* | 1,07% | 5,79% |
Selic* | 1,06% | 5,88% |
CDI* | 1,06% | 5,86% |
Fundos de Renda Fixa* | 1,05% | 6,49% |
Fundos Multimercados Juros e Moedas* | 1,00% | 5,90% |
Tesouro Selic 2017 (LFT) | 0,98% | 5,81% |
Tesouro Selic 2021 (LFT) | 0,79% | -- |
Tesouro Prefixado 2016 (LTN) | 0,78% | 5,39% |
IPCA (estimativa do Banco Central)** | 0,70% | 6,08% |
Poupança antiga* | 0,66% | 2,99% |
Poupança nova* | 0,66% | 2,99% |
Ibovespa | 0,48% | 6,01% |
IGP-M (estimativa do Banco Central)** | 0,44% | 4,10% |
Fundos Multimercado Macro* | 0,41% | 11,37% |
Fundos Multimercado Multiestratégia* | 0,25% | 8,20% |
Tesouro IPCA+ 2019 (NTN-B Principal) | 0,23% | 7,60% |
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2017 (NTN-F) | -0,01% | 4,68% |
Fundos de Ações Small Caps* | -0,71% | -3,69% |
Dólar | -1,25% | 18,18% |
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 (NTN-B) | -1,71% | 9,94% |
Fundo de Ações Dividendos* | -1,93% | 3,71% |
Fundos de Ações Livre* | -2,03% | 4,48% |
Fundos de Ações Ibovespa Ativo* | -2,19% | 5,68% |
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 (NTN-B) | -2,32% | 10,96% |
Ouro | -3,20% | 16,37% |
Tesouro IPCA+ 2035 (NTN-B Principal) | -3,70% | 12,01% |
Fontes: Anbima, Banco Central, BM&FBovespa, Economatica e Tesouro Nacional
(*) O desempenho mensal se refere aos últimos 30 dias até a data de fechamento.
(**) Expectativa de inflação para o mês de junho, segundo o Banco Central.
Os rendimentos de todos os fundos da tabela são referentes ao dia 29 de junho. As expectativas sobre o IGP-M e o IPCA foram fechadas no dia 24 de junho. Já os dados sobre as poupanças nova e antiga , CDI e Selic são relativos ao dia 28. As rentabilidades do Ibovespa, dólar, títulos públicos e da Selic tiveram como base o fechamento do dia 29.
Dentre os títulos públicos mostrados na tabela, atualmente estão disponíveis para compra o Tesouro IPCA+ 2019 (NTN-B Principal), Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 (NTN-B), Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 (NTNB) e Tesouro IPCA+ 2035 (NTN-B Principal).
Renda fixa
Fundos referenciados DI, Renda Fixa e Multimercados Juros e Moedas registraram os melhores rendimentos do mês dentre as aplicações de renda fixa, mais conservadoras. Essas aplicações são beneficiadas pela alta da taxa de juros,pois os ativos de suas carteiras tendem a acompanhar o comportamento da Selic.
O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros em 0,50 ponto porcentual no início desse mês, para 13,75%, o que deixa a poupança ainda menos vantajosa em relação a essas aplicações. Isso ocorre porque a poupança rende 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR) quando a Selic é maior do que 8,5% ao ano, ao contrário de outras aplicações de renda fixa, que acompanham as altas da taxa.
Já títulos públicos com prazos mais longos ficaram na lanterna dos investimentos de menor risco. Enquanto a rentabilidade do Tesouro IPCA+ 2035 (NTN-B Principal) registrou queda de 3,7% no mês, o retorno do Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 (NTNB) caiu 2,32%. Como o mercado financeiro voltou a elevar a projeção da Selic para o final do ano, a rentabilidade desses títulos tende a se acomodar.
Renda variável
Depois de fechar maio como o pior investimento, o principal índice da bolsa, o Ibovespa,encerrou junho com o melhor resultado do balanço de investimentos entre as aplicações de renda variável, com alta de 0,48%.
O desempenho positivo foi causado pelo aumento da Selic no início do mês, que atrai mais investimentos para o país, inclusive para a bolsa, diz André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos. "A alta do índice reflete operações de curto prazo, que buscam se beneficiar da alta dos juros".
Mas esse movimento é pontual, ressalta o especialista. Investimentos de renda variável continuam pressionados pela fraca atividade econômica no país, além do mau desempenho da economia chinesa nos últimos meses. Esses fatores explicam o desempenho negativo de fundos que investem em ações no ranking desse mês.
- 1. Para inspirar
1 /10(SXC.hu)
São Paulo - Exemplos para aplicadores em todo o mundo, oito
grandes investidores têm em comum um longo caminho de sucesso em suas aplicações financeiras. Não à toa, alguns aparecem constantemente na lista global dos mais
ricos . Esses nomes lendários não construíram suas fortunas com base na sorte e especulação, e tiveram de lidar com os altos e baixos do
mercado financeiro.A partir de suas trajetórias pessoais, ensinam conceitos importantes que servem como base para qualquer
investimento . Conheça as principais lições:
2. Tenha um objetivo sustentável 2 /10(REUTERS/Rick Wilking)
Com foco no longo prazo, o megainvestidor americano
Warren Buffet não costuma investir em aplicações populares. Prefere aplicar sua fortuna em negócios tradicionais ou consolidados em um pequeno mercado e que podem render bons e constantes lucros no futuro. Dessa forma, seu patrimônio não flutua ao sabor da economia. Além disso, quando Buffet acerta o alvo, a margem de ganho é maior, pois a aplicação foi feita antes da expansão ou valorização do investimento.
3. Use os altos e baixos a seu favor 3 /10(Simon Dawson/Bloomberg)
Enquanto muitos investidores temem oscilações em suas aplicações financeiras, o empresário e megainvestidor húngaro-americano
George Soros , de perfil agressivo, sempre viu oportunidades na volatilidade dos investimentos. Para isso, acompanha bem de perto a evolução de dados sobre a economia que possam ter impacto futuro nas aplicações e empresas nas quais investe. Dessa forma, consegue migrar recursos de uma aplicação financeira para outra antes de perder dinheiro, ou passar a investir em segmentos que tenham potencial de valorização após mudanças no cenário macroeconômico.
4. Esteja à frente de recomendações 4 /10(Divulgação/ Site templeton.org)
O empresário e filantropo John Templeton realizava investimentos na direção contrária da que o mercado apostava. Seu lema era: pense por si mesmo. Para selecionar aplicações financeiras, criou suas próprias ferramentas, e não seguia recomendações e tendências. Enquanto os olhos da maioria dos investidores estavam geralmente voltados para determinada empresa ou aplicação financeira, ele garimpava investimentos não convencionais, com maior oportunidade de ganhos.
5. Saiba administrar os riscos 5 /10(Divulgação/Columbia Archives)
O investidor americano Benjamin Graham foi professor de
Warren Buffet e um exemplo para o megainvestidor. Pai do conceito de investimento em valor, um dos ensinamentos de Graham é de que o investidor não dever temer o risco, mas, sim, administrá-lo. Como não é possível fugir totalmente das perdas ao investir, Graham definia um nível máximo de riscos para sua carteira de aplicações e se mantinha dentro dessa margem de segurança. Caso seu nível de risco ultrapassasse essa margem, o investidor não aplicava seu dinheiro, pois passaria a especular e ter grandes chances de perdas.
6. Diversifique na medida certa 6 /10(Wikimedia Commons)
O economista britânico John Maynard Keynes, criador da macroeconomia moderna, também era um investidor. Um dos conceitos que seguia era o da diversificação inteligente, que consiste em diminuir os riscos das aplicações financeiras ao optar por produtos com comportamento opostos ou ao menos diferentes. Isso não se resume a ter na carteira uma parte de investimentos em
renda fixa e outra porção em renda variável (
entenda os conceitos ), mas, dentro das opções de aplicações em renda variável, investir em ativos que tenham reflexos diferentes diante de uma mesma situação. Dessa forma, o patrimônio não fica refém de mudanças na economia.
7. Seja racional 7 /10(Getty Images)
Braço direito do megainvestidor
Warren Buffet , Charles Munger é conhecido por mapear comportamentos que influenciam de forma negativa nas decisões de investimento, e fugir deles. Racional, acredita que investir consiste em se preparar, ter paciência, disciplina e objetividade. Para Munger, situações de estresse, atitudes defensivas, temor a perdas e a inveja de quem está ganhando muito dinheiro têm o poder de destruir fortunas.
8. Fique atento a taxas 8 /10(Scott Eells/Bloomberg)
O investidor americano John Clifton "Jack" Bogle, fundador do grupo financeiro Vanguard, defende a simplicidade nas aplicações financeiras para investidores individuais de perfil conservador e, principalmente, a redução de gastos com taxas, que costumam afetar rendimentos de aplicações passivas, que acompanham índices de mercado e oferecem menor risco.
9. Seja discreto ao investir 9 /10(Chris Hondros/Getty Images)
Sempre no topo da lista de mais ricos do mundo, o empresário mexicano
Carlos Slim é discreto ao investir. Tem uma carteira de aplicações variada, mas não entra em detalhes sobre onde aloca seus recursos, pois tem consciência de sua influência. Slim tem a cautela de não induzir investidores a apostarem em seus alvos para evitar uma redução em sua margem de ganhos caso os investimentos se valorizem de forma artificial após muitos aplicadores passarem a investir. Por conta da grande quantidade de dinheiro que aplica no mercado financeiro e em empresas, Slim apenas anuncia quando deixa de investir ou migra recursos aplicados quando é obrigado por lei.
10. Agora, veja os livros que podem ajudar a investir melhor 10 /10(4FR/Getty Images)