Onde investir a reserva de emergência da minha viagem?

Dúvida do internauta: Atualmente moro na cidade de São Paulo e pretendo fazer uma viagem por tempo indeterminado. Tenho recursos para realizar a viagem e uma margem de segurança extra para contratempos. No entanto, ainda me resta uma quantia que gostaria de investir por pelo menos um ano como uma fonte reserva para casos extremos (pois não pretendo mexer nela, apenas se realmente necessário). Não tenho intenção de manter o dinheiro em poupança, já que os níveis de rendimento são muito baixos e não tenho necessidade de grande liquidez para o valor mencionado.

Resposta de Paulo Bittencourt*:

Considerando o prazo pretendido de investimento e que se trata de uma reserva para emergências, você não pode correr um risco adicional neste investimento, sob pena de a reserva estar desvalorizada em um momento de necessidade. Para os prazos mais longos e investimentos que se destinam a uma poupança para a aposentadoria, por exemplo, você até poderia destinar os recursos para um fundo de ações, mas este não é o caso.

No período de um ano, e levando em conta os níveis atuais de inflação, você deve se preocupar para que o investimento pelo menos recomponha seu poder de compra. Duas boas opções são: Letras de Crédito Imobiliário (LCI) por serem isentas de tributação para pessoas físicas e garantidas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até o limite de 70 mil reais por CPF em cada instituição financeira.

Outra opção seria adquirir um lote de NTN-B via Tesouro Direto pelo fato de que é um título que remunera IPCA (medida oficial da inflação) mais uma taxa de juros proporcional ao prazo de vencimento da NTN-B. Mesmo com o prazo de vencimento sendo mais longo, você pode vender semanalmente este lote via Tesouro Direto quando precisar do recurso.

*Paulo Bittencourt é diretor da Apogeo Investimentos, empresa de investimentos voltada para pessoas físicas do grupo Vinci Partners, e tem mais de 20 anos de experiência no mercado financeiro.

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