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O que pesar antes de fazer um seguro de vida

Os fatores a considerar para escolher o valor de cobertura mais adequado para a sua família

Apenas 15% dos brasileiros que poderiam ter seguro de vida têm uma apólice, diz BB Mapfre (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de março de 2012 às 07h00.

São Paulo – Fazer um seguro de vida não costuma fazer parte do planejamento financeiro dos brasileiros, permanecendo um terreno desconhecido para a maioria das pessoas. Some-se a isso a hesitação em encarar a possibilidade da própria morte e o fato de não ser comum, no Brasil, medir as despesas e rendimentos anualmente, mas sim mensalmente. Com tudo isso, escolher o valor da apólice na hora de fazer um seguro para garantir a sobrevivência da família em caso de uma eventualidade não é exatamente intuitivo.

Segundo um levantamento do Grupo BB Mapfre feito em todo o Brasil, apenas 15% dos adultos com condições de fazer um seguro de vida de fato têm uma apólice. “E a maioria desses segurados não está coberta de acordo com sua real necessidade, mas sim de acordo com a oferta que receberam, principalmente quando o seguro é oferecido pela empresa onde trabalham”, diz Bento Zanzini, diretor geral de Riscos e Pessoas do Grupo BB Mapfre.

Ele explica que, para escolher o valor segurado, é necessário considerar uma série de fatores, mas que muita gente escolhe às cegas a partir de uma tabela, sem ponderar as reais necessidades de sua família. Para optar pelo valor correto é preciso considerar três fatores: o seu orçamento doméstico, as despesas com educação dos seus filhos e a existência de um inventário, principalmente em caso de morte acidental, quando não houve de realizar qualquer planejamento sucessório.

Dia a dia e educação dos filhos

Assim, é preciso colocar na ponta do lápis quanto a sua família gasta para sobreviver anualmente, quanto seus filhos ainda vão precisar para concluir os estudos, quanto (e por quanto tempo) seus financiamentos consomem de recursos e quanto seria necessário para as despesas emergenciais logo após a morte do titular. Considere também qual a renda mensal que você gostaria que sua família recebesse, e durante quanto tempo.

“Se você tem filhos pequenos, pense que, para cada um, você deverá ter despesas de 200.000 a 250.000 reais só com educação, ao longo da vida”, observa Zanzini. Embora os seguros oferecidos pelas empresas a seus empregados prevejam horizontes de 24 a 36 meses de renda para os beneficiários, talvez você prefira um prazo maior. “Pode não ser suficiente para que sua família se restabeleça. Um horizonte de cinco anos pode ser mais adequado. Varia de caso a caso”, conclui Zanzini.

Ou seja, se seus filhos forem pequenos pode ser necessária uma cobertura maior do que se eles já estiverem concluindo os estudos. Se seus bens já tiverem sido quitados ou se você não tiver mais de um imóvel para cuidar, o valor segurado pode ser menor. É possível que você contribua para o sustento dos seus pais ou sogros – nesse caso, leve isso em conta na hora de calcular seu orçamento familiar. “Se o sujeito comprou um terreno e está construindo uma casa na praia, por exemplo, isso eleva seu nível de risco”, lembra Zanzini.


Inventário deixa bens indisponíveis

A questão do inventário não deve ser ignorada. Em caso de morte acidental, principalmente na juventude, é bem provável que o segurado ainda não tenha iniciado um planejamento sucessório que envolva a doação de seus bens. A abertura de inventário será inevitável e, além de custosa para os herdeiros, pode ser bastante demorada. Como produtos securitários não entram em inventário, liberando os recursos diretamente na conta dos beneficiários, o seguro ajuda a garantir a sobrevivência da família enquanto os outros bens não são liberados.

Revise a cobertura periodicamente

Assim como o custo do seguro cresce ao longo da vida – uma vez que a probabilidade de morte também aumenta – as necessidades do segurado também mudam. Dependendo da fase da vida, o padrão de vida e as necessidades financeiras das famílias variam bastante. Um casal jovem com filhos pequenos ainda tem muitas despesas com filhos pequenos e para construir patrimônio, mas o padrão de vida é mais baixo. Já um casal mais velho provavelmente terá menos despesas com filhos e outros dependentes, mas o padrão de vida de todos certamente será mais alto. Por isso, o recomendável rever as suas necessidades e o valor segurado ao renovar sua apólice, o que pode ser feito anualmente ou em períodos maiores.

Quanto custa

Um seguro de vida básico cobre morte por qualquer motivo. É possível, no entanto, acrescentar outras coberturas, como um adicional por morte acidental (o que libera mais recursos nesse caso, embora a cobertura básica já tenha essa cobertura), invalidez permanente e diagnóstico de doenças graves. “Embora nem todo mundo faça, a cobertura por invalidez é extremamente importante, pois talvez seja a situação mais difícil e onerosa para a família”, diz Bento Zanzini.

Por uma apólice de 100.000 reais que cubra morte por qualquer causa, morte acidental e invalidez, uma pessoa de 30 anos pagaria cerca de 30 reais por mês; uma pessoa de 40 anos, o custo seria de 45 reais mensais; aos 50, o valor mais que dobra para 110 reais; e aos 60 anos, o prêmio sai por 240 reais mensais.

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Segundo um levantamento do Grupo BB Mapfre feito em todo o Brasil, apenas 15% dos adultos com condições de fazer um seguro de vida de fato têm uma apólice. “E a maioria desses segurados não está coberta de acordo com sua real necessidade, mas sim de acordo com a oferta que receberam, principalmente quando o seguro é oferecido pela empresa onde trabalham”, diz Bento Zanzini, diretor geral de Riscos e Pessoas do Grupo BB Mapfre.

Ele explica que, para escolher o valor segurado, é necessário considerar uma série de fatores, mas que muita gente escolhe às cegas a partir de uma tabela, sem ponderar as reais necessidades de sua família. Para optar pelo valor correto é preciso considerar três fatores: o seu orçamento doméstico, as despesas com educação dos seus filhos e a existência de um inventário, principalmente em caso de morte acidental, quando não houve de realizar qualquer planejamento sucessório.

Dia a dia e educação dos filhos

Assim, é preciso colocar na ponta do lápis quanto a sua família gasta para sobreviver anualmente, quanto seus filhos ainda vão precisar para concluir os estudos, quanto (e por quanto tempo) seus financiamentos consomem de recursos e quanto seria necessário para as despesas emergenciais logo após a morte do titular. Considere também qual a renda mensal que você gostaria que sua família recebesse, e durante quanto tempo.

“Se você tem filhos pequenos, pense que, para cada um, você deverá ter despesas de 200.000 a 250.000 reais só com educação, ao longo da vida”, observa Zanzini. Embora os seguros oferecidos pelas empresas a seus empregados prevejam horizontes de 24 a 36 meses de renda para os beneficiários, talvez você prefira um prazo maior. “Pode não ser suficiente para que sua família se restabeleça. Um horizonte de cinco anos pode ser mais adequado. Varia de caso a caso”, conclui Zanzini.

Ou seja, se seus filhos forem pequenos pode ser necessária uma cobertura maior do que se eles já estiverem concluindo os estudos. Se seus bens já tiverem sido quitados ou se você não tiver mais de um imóvel para cuidar, o valor segurado pode ser menor. É possível que você contribua para o sustento dos seus pais ou sogros – nesse caso, leve isso em conta na hora de calcular seu orçamento familiar. “Se o sujeito comprou um terreno e está construindo uma casa na praia, por exemplo, isso eleva seu nível de risco”, lembra Zanzini.


Inventário deixa bens indisponíveis

A questão do inventário não deve ser ignorada. Em caso de morte acidental, principalmente na juventude, é bem provável que o segurado ainda não tenha iniciado um planejamento sucessório que envolva a doação de seus bens. A abertura de inventário será inevitável e, além de custosa para os herdeiros, pode ser bastante demorada. Como produtos securitários não entram em inventário, liberando os recursos diretamente na conta dos beneficiários, o seguro ajuda a garantir a sobrevivência da família enquanto os outros bens não são liberados.

Revise a cobertura periodicamente

Assim como o custo do seguro cresce ao longo da vida – uma vez que a probabilidade de morte também aumenta – as necessidades do segurado também mudam. Dependendo da fase da vida, o padrão de vida e as necessidades financeiras das famílias variam bastante. Um casal jovem com filhos pequenos ainda tem muitas despesas com filhos pequenos e para construir patrimônio, mas o padrão de vida é mais baixo. Já um casal mais velho provavelmente terá menos despesas com filhos e outros dependentes, mas o padrão de vida de todos certamente será mais alto. Por isso, o recomendável rever as suas necessidades e o valor segurado ao renovar sua apólice, o que pode ser feito anualmente ou em períodos maiores.

Quanto custa

Um seguro de vida básico cobre morte por qualquer motivo. É possível, no entanto, acrescentar outras coberturas, como um adicional por morte acidental (o que libera mais recursos nesse caso, embora a cobertura básica já tenha essa cobertura), invalidez permanente e diagnóstico de doenças graves. “Embora nem todo mundo faça, a cobertura por invalidez é extremamente importante, pois talvez seja a situação mais difícil e onerosa para a família”, diz Bento Zanzini.

Por uma apólice de 100.000 reais que cubra morte por qualquer causa, morte acidental e invalidez, uma pessoa de 30 anos pagaria cerca de 30 reais por mês; uma pessoa de 40 anos, o custo seria de 45 reais mensais; aos 50, o valor mais que dobra para 110 reais; e aos 60 anos, o prêmio sai por 240 reais mensais.

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