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O passo a passo para comprar roupas com estilo e pouco dinheiro

Consumir roupas com mais consciência faz bem para o seu bolso e para o planeta. Aprenda a comprar menos e melhor com as dicas a seguir

Compra de roupas: Leia a etiqueta e saiba quando gastar mais em uma roupa (kurmyshov/Thinkstock)

Compra de roupas: Leia a etiqueta e saiba quando gastar mais em uma roupa (kurmyshov/Thinkstock)

Júlia Lewgoy

Júlia Lewgoy

Publicado em 19 de julho de 2017 às 05h00.

Última atualização em 19 de julho de 2017 às 13h55.

São Paulo - O que é se vestir bem para você? Bastante subjetiva, a resposta exige certa dose de autoconhecimento e passa longe de usar apenas roupas caras ou de marcas famosas. Consumir peças com mais consciência está na moda e faz bem para o seu bolso e para o planeta.

“Há um movimento grande que discute o consumo sustentável na moda e um dos principais pilares dessa discussão é o ponto de vista econômico”, diz a professora do curso de Moda do Senac Monayna Pinheiro.

Longe de ser uma frescura, aprender a comprar roupas com melhor-custo benefício pode melhorar sua vida financeira e sua relação com o consumo.

A seguir, especialistas no assunto dão dicas práticas de como consumir peças com mais eficiência, ou seja, de como comprar menos e melhor:

1 – Conheça seu gosto

Em quais roupas você se reconhece? Só compre esse tipo de roupa para o seu armário, ou então você vai jogar dinheiro fora.

“Peças em que você não se sente bem custam mais caro na vida real do que na loja. Elas escondem outras roupas no armário que você deixa de usar porque não vê”, diz a consultora de imagem Érica Minchin. Ou seja, é preferível comprar menos, mas comprar melhor.

Fazer uma boa compra significa entender que peças combinem com o seu momento de vida e com os lugares em que você transita. “E chega dessa ideia de que uma roupa só serve para um lugar”, lembra Érica.

2 – Saiba reconhecer uma peça boa

Vestir-se bem não é vestir roupa cara. Peças de qualidade tendem a custar mais, mas é possível encontrá-las em diversas faixas de preço. Para reconhecê-las, algumas pistas estão na etiqueta.

Peças de tecidos da natureza, como algodão, linho e lã, duram mais tempo e têm melhor caimento, mas são mais caras. No entanto, roupas compostas por 100% de fibra sintética ou poliéster, em geral, têm menor custo-benefício, porque desgastam mais rapidamente.

No fim das contas, peças que mesclam tecidos naturais com tecidos sintéticos podem ser uma boa compra. E atenção! Há roupas de marcas caras à venda com tecido 100% sintético, portanto, não deixe de olhar a etiqueta para evitar uma compra ruim.

Peças de jeans são feitas com sobras de fibras, uma matéria-prima barata. Portanto, só vale a pena comprar uma roupa jeans cara se tiver uma modelagem, lavagem um acabamento muito diferente, segundo Érica.

A consultora de imagem Camila Teixeira sugere olhar a peça do lado avesso e contra a luz para avaliar os acabamentos: se as costuras estão bem feitas, se os botões estão no lugar e se os zíperes correm bem.

Outro jeito de testar o custo-benefício da peça é dar uma leve esfregada na parte de dentro. Se fizer bolinhas, é porque vai durar pouco.

3 – Faça alguns cálculos para avaliar se a compra vale a pena

Como saber, afinal, se vale a pena comprar uma roupa? A principal informação a levar em conta é quantas vezes você estima usar aquela peça. Se for usar várias vezes por semana, por exemplo, e a roupa tem qualidade para durar alguns anos, vale a pena gastar um pouco mais, mesmo que, para isso, você precise comprar menos peças.

“Pense nas roupas que você já tem no armário e nas possibilidades de combinação. A partir disso, olha para o preço da peça e divida pelo número de oportunidades de uso que você vai ter. Esse é o custo real de uma roupa”, ensina Monayna.

Nesse caso, é melhor comprar uma peça de melhor qualidade, mesmo que mais cara, do que várias roupas baratinhas de pior qualidade. No entanto, se é uma roupa de moda, que você vai enjoar rápido, não vale a pena investir muito dinheiro.

Leve em consideração também se será preciso fazer algum ajuste na peça (é provável que sim) e quanto esse ajuste vai custar. Avalie também se dá para lavar a roupa na máquina (essa informação está na etiqueta) e, se não, qual será o custo de lavar a mão ou na lavanderia.

Lembre também que o preço da roupa carrega um valor agregado. “Procure conhecer a marca e entenda se há uma cadeia sustentável por trás que justifique o preço”, orienta Camila.

4 – Não tenha preconceito com lojas

Comprar de forma mais consciente não significa que você deva deixar de frequentar lojas de fast fashion ou de bairro, nem que nunca possa comprar uma peça de marca.

“O importante é vasculhar as peças e comprar na loja que vai atender melhor suas necessidades, seu estilo e seu bolso”, diz Camila. Pesquise preço e qualidade dos produtos sem discriminação.

“Várias lojas de fast fashion se reposicionaram no mercado e não são mais baratas como antigamente”, diz Érica. Diversificadas, essas lojas costumam ser boas para comprar roupas da moda.

Brechós online também são boas alternativas para encontrar peças por bons preços sem ter muito trabalho para garimpar.

5 – Aproveite as promoções

As promoções do início e do meio do ano podem ser um ótimo momento para comprar peças clássicas, de boa qualidade e durabilidade, a preços baixos.

Também são uma boa oportunidade para comprar roupas mais diferentes, que você vai usar menos, mas estava namorando há algum tempo. “Mas não vale a pena comprar uma roupa que você só vai usar uma vez”, aconselha Camila.

É bom evitar comprar por impulso. Antes de ir nas lojas, faça uma limpa no seu armário e, em seguida, uma lista do que está precisando. “É o mesmo princípio do supermercado. Se for com fome e sem olhar a dispensa antes, você vai fazer uma compra ruim”, compara Érica.

Planejar a compra vai ajudar você a gastar menos e a gastar melhor. “Não caia no papo da vendedora que diz que tudo ficou lindo. É sempre importante se conhecer”, aconselha Camila.

6 – Repita roupas no dia a dia

Aquela regra de que não pode repetir roupa em dias próximos, além de antiquada, faz mal para o orçamento e para o meio ambiente. “Esqueça esse tabu. Fazer esse exercício de repetir peças no dia a dia estimula sua criatividade ao se vestir e é mais sustentável”, incentiva Monayna.

 

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