Minhas Finanças

O passo a passo para começar 2018 com mais dinheiro

Organize a bagunça da sua vida financeira para colocar em prática todos os planos feitos para 2018. Veja como fazer isso

Dinheiro: Faça uma lista de planos para 2018 e organize seu orçamento para realizá-los (RomoloTavani/Thinkstock)

Dinheiro: Faça uma lista de planos para 2018 e organize seu orçamento para realizá-los (RomoloTavani/Thinkstock)

Júlia Lewgoy

Júlia Lewgoy

Publicado em 19 de dezembro de 2017 às 05h00.

Última atualização em 19 de dezembro de 2017 às 05h00.

São Paulo - Começar academia, viajar para o exterior, entrar para o curso de inglês. Início de ano é sempre aquele momento para tomar fôlego e refazer planos, mas, no fundo, todos eles dependem de um só: organizar a bagunça da vida financeira.

Especialistas são unânimes: para realizar metas, é preciso saber onde você está. Quanto você tem de reserva financeira? Quais são suas dívidas? Quanto ganha e gasta todo mês?

Por outro lado, as metas são o pano de fundo do orçamento. “Não adianta anotar seus gastos ou levantar preços e não fazer nada com aquilo. Defina o que você quer da sua vida para elaborar um orçamento. Saiba para onde está caminhando”, aconselha a educadora financeira e psicanalista Cássia D´Aquino.

A seguir, confira um passo a passo simples para organizar de vez suas finanças e começar 2018 pronto para ter mais dinheiro e realizar seus planos:

1) Levante todas as receitas

Parece óbvio, mas muita gente não sabe exatamente quanto ganha. Isso porque leva em conta o salário bruto, não o salário líquido aquele que efetivamente pinga na conta, do qual já foram descontados Imposto de Renda, INSS e outras contribuições.

Levante seu salário líquido e outros rendimentos, como aluguel e pagamentos de trabalhos freelancers. Vale lembrar que o limite do cheque especial e do cartão de crédito não são uma extensão da renda.

“O cheque especial induz as pessoas ao erro. Se for preciso, reduza seu limite”, sugere o sócio do aplicativo GuiaBolso, Thiago Alvarez. Liste também os bens que você tem.

2) Levante todos os gastos

Observe os gastos que você teve no período dos últimos três meses para checar quais contas estão sempre ali e ter uma ideia de quanto você costuma gastar com despesas variáveis. Pode facilitar ter os extratos bancários e as faturas do cartão de crédito em mãos.

Liste também todas as dívidas, incluindo as parcelas do cartão de crédito e de financiamentos. “Não tem problema começar 2018 com dívidas boas, como a parcela do financiamento do carro. A preocupação tem que ser com as dívidas que você acha que não vai conseguir pagar”, explica Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.

3) Precifique seus objetivos

Sem metas, a tentação de fazer qualquer coisa com o dinheiro é maior. Por isso, defina planos de curto, médio e longo prazo e pesquise quanto custam esses objetivos. Para isso, uma dose de autoconhecimento será necessária.

“Faça um esforço para fazer planos para além de 2018, se não, você nunca vai conseguir construir nada na sua vida”, orienta a planejadora financeira Lavínia Martins, diretora da Associação Brasileira de Planejadores Financeiros (Planejar).

Se você tem dívidas, quitá-las deve ser sua prioridade. Comece pelas dívidas de serviços como água e gás, que podem ser cortados por falta de pagamento. Depois, é a vez de quitar os empréstimos com as maiores taxas de juros, como crédito para negativado, crédito rotativo e cheque especial.

4) Determine quanto guardar por mês

Só depois de precificar sonhos, será possível visualizar o tamanho da reserva que você precisa construir. Se você está no zero a zero e não tem nenhum dinheiro guardado, comece a formar uma reserva de emergência.

O ideal é guardar um valor equivalente a entre três e seis meses de renda, mas não se paralise por isso. Esse é o ponto ideal onde você deve chegar, não o ponto de saída.

Depois, você poderá se planejar para juntar dinheiro para a aposentadoria e para realizar os planos feitos para 2018. 

5) Corte despesas

Há quem diga que os maiores vilões das despesas são os pequenos gastos, como o cafezinho pós-almoço ou o chocolatinho de sobremesa. Outros planejadores financeiros dizem que o problema está nos gastos fixos, como as assinaturas de TV a cabo e celular. Cada um saberá onde o sapato aperta.

6) Organize pagamentos e investimentos

Defina como pagará seus gastos e crie uma estratégia para usar o cartão de crédito –  pode ser usá-lo somente para compras eventuais parceladas, até um limite de 10% da sua renda mensal, por exemplo.

Coloque seus pagamentos no débito automático, em uma data alinhada ao pagamento do salário, e automatize seus investimentos.

7) Mantenha esses hábitos por todo o ano

Essa é a parte mais difícil. Monitore seu orçamento e, se necessário, refaça planos durante o ano. Respeite sua meta de gastos e não abandone suas finanças.

Acompanhe tudo sobre:DinheiroDívidas pessoaisgastos-pessoaisInvestimentos-pessoaisorcamento-pessoalplanejamento-financeiro-pessoal

Mais de Minhas Finanças

Abono salarial 2024: hoje é o último dia para sacar o PIS/Pasep; veja quem tem direito

IPVA 2025: RJ libera tabela de valores-base para veículos; veja calendário de pagamento

Bolinhas mais leves e identidade dos ganhadores: Caixa desmente os mitos da Mega da Virada