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Nova low cost JetSmart oferece passagens até 54% mais baratas para o Chile

Análise do buscador Viajala mostra preços competitivos saindo de Foz do Iguaçu e Salvador, mas ofertas menos atraentes para quem sai de São Paulo

JetSmart: maior economia é registrada no trecho entre Foz do Iguaçú e Santiago (JetSmart/Divulgação)

JetSmart: maior economia é registrada no trecho entre Foz do Iguaçú e Santiago (JetSmart/Divulgação)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 3 de outubro de 2019 às 12h12.

Última atualização em 23 de outubro de 2019 às 17h02.

São Paulo - A JetSmart, nova companhia aérea low cost a obter autorização da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) para voar no Brasil, registra valores até 54% mais baixos que o apresentado pela opção mais em conta da concorrência em uma mesma data, com diferenças que passam de 1 mil reais. É o que indica o Viajala, que fez uma análise dos preços nos meses de inauguração das três rotas da empresa.

A chilena começa suas operações com voos de Salvador, Foz do Iguaçu e São Paulo com destino a Santiago, no Chile, a partir de dezembro deste ano.

A maior economia é registrada no trecho entre Foz do Iguaçu e Santiago, que a empresa opera a partir do dia 3 de janeiro, com idas e voltas nas quintas-feiras e domingos (o dia 3, uma sexta-feira, tem operação excepcional de lançamento).

No trecho, tanto via companhia ou via agência de viagem a companhia apresentou o melhor preço em todos dos casos. O melhor preço da empresa para a rota em janeiro é de 1.054 reais, já com todas as taxas, indo no dia 3 e voltando no dia 12.

Para Martins, a falta de outras low cost no Paraná pode fazer com que a JetSmart chegue com vantagem. "Inaugurar essa rota na alta temporada também é um fator positivo, já que os preços nesse período são naturalmente mais altos, o que dá mais margem para a empresa ser competitiva", aponta.

A JetSmart é a quinta empresa aérea de baixo custo a começar a operar no Brasil no intervalo de um ano. "Apesar de serem mais restritivas quanto aos serviços oferecidos, já que cobram valores extras por facilidades como marcação de assento, as low cost estrangeiras têm a vantagem do voo direto", aponta Eduardo Martins, diretor nacional do buscador de voos Viajala.com.br.

Salvador e São Paulo

A companhia também estará presente em Salvador a partir de 27 de dezembro com voos aos domingos, terças e sextas-feiras; e chega em São Paulo no dia 20 de março, para voar às segundas e sextas.

Na capital baiana, a JetSmart conseguiu driblar a concorrência, já que seus voos não coincidem com os da low cost Sky, também chilena, que está no Brasil desde o ano passado com preços bem atraentes para o consumidor - ela opera de forma sazonal na Bahia, partindo rumo à Santiago às segundas, quintas e sábados nos meses de janeiro e fevereiro.

Dessa forma, concorrendo somente com as empresas tradicionais, a JetSmart mantém a marca de tarifa mais barata nas datas em que opera os voos saindo de Salvador no mês de janeiro, primeiro mês completo de operação, segundo a pesquisa feita pelo Viajala.

A economia, porém, é um pouco mais tímida, se comparada à análise de Foz do Iguaçu: os preços da companhia, neste caso, são até 28,5% mais baixos que os praticados pelas outras aéreas no mesmo período. Em algumas datas, a diferença é de mais de 600 reais. A tarifa mais baixa saindo de Salvador é 1.610 reais, em várias opções de datas no mês, como de 3 a 12, de 14 a 17 e de 21 a 31 de janeiro.

A pesquisa também analisou o comportamento de preço saindo de São Paulo rumo a Santiago em abril, primeiro mês completo de operação da empresa nessa rota. Nesse caso, a JetSmart apresentou o melhor preço absoluto em apenas 18% dos casos. Nas outras ocasiões, o preço da companhia é mais alto até que o das empresas tradicionais.

A concorrente chilena Sky também cobre essa rota e as datas de seus voos, em abril, coincidem com os da JetSmart apenas uma vez por semana: às segundas-feiras. Nesses dias, porém, a pesquisa mostrou que a Sky apresenta um preço até 46% mais barato que o praticado pela low cost recém chegada. "Low Cost quer dizer custo baixo e não preço baixo", alerta o executivo do Viajala. "As empresas que optam pelo modelo enxugam seus custos ao máximo e essa economia pode se refletir nos preços ou não. Vai depender da estratégia adotada e de outros fatores externos", diz.

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