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Juros futuros já projetam Selic de um dígito

Contratos de DI embutem queda de 1,5 ponto percentual na Selic nesta quarta-feira e corte de mais 1 ponto percentual na próxima reunião do Copom

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

Os contratos de juros negociados na Bolsa de Mercadoria & Futuros (BM&F) vêm registrando forte desvalorização nos últimos dias e já apontam uma taxa Selic inferior a 10% ao ano ainda em 2009. Nesta quarta-feira (11/3), os papéis com vencimento em janeiro de 2010, utilizados como referência pelo mercado, chegaram a operar a uma taxa de 9,97% ao ano na mínima do dia. Esses mesmos contratos eram negociados a juros médios de 15% ao ano há apenas três meses.

Segundo a economista-chefe da Link Investimentos, Marianna Costa, os contratos de DI já estão embutindo um corte de 1,5 ponto percentual na Selic nesta quarta-feira e mais uma redução de 1 ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que acontece em abril. "Esse ajuste foi causado pelos dados ruins do PIB divulgados ontem e também pela proximidade da decisão do Copom", diz Marianna. Os contratos com vencimento em abril fecharam os negócios desta quarta-feira com juros de 11,24% ao ano.

O comportamento do mercado de juros futuros mostra que analistas e investidores não esperam uma recuperação rápida da economia. O economista-chefe do Banco Schahin, Silvio Campos Neto, explica que é comum em tempos de expectativa de queda de juros que apenas os contratos de curto prazo - com vencimento nos próximos dois anos - registrem redução nas taxas. "Os contratos de longo prazo geralmente sobem, refletindo a probabilidade de alta da inflação e, consequentemente, a retomada do ciclo de elevação de juros", diz.

Dessa vez, porém, não foi isso o que aconteceu. Tanto os contratos de curto prazo como os de longo prazo ajustaram suas taxas para baixo. "Isso mostra que a perspectiva é de que os juros fiquem baixos por muito tempo, sem risco de disparada da inflação", diz Campos Neto.

A última pesquisa Focus, realizada pelo Banco Central no dia 6 de março, mostra que a expectativa dos economistas é de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) feche 2009 em 4,57%, bastante próximo à meta de 4,5% fixada pelo governo. Para 2010, a projeção aponta um IPCA em 4,5% em dezembro, já que com a economia desaquecida, uma retomada de alta nos preços é pouco provável.
 

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