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Para Itaú, injeção do BNDES é o mais provável para a Sadia

Corretora descarta fusão da Sadia com a Perdigão agora, mas entrada do BNDES como sócio poderia viabilizar negócio no futuro

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

Após a Sadia confirmar que possui uma dívida de curto prazo de cerca de 1 bilhão de reais, aumentaram as expectativas em torno de uma possível ajuda do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à companhia. Para o Itaú, o mais provável é que o BNDES injete capital na Sadia, a exemplo do que já foi feito com JBS-Friboi e Marfrig. 

A instituição não acredita, porém, que o BNDES vá dar à Perdigão incentivos para a compra da rival, como fez na fusão VCP-Aracruz. "O banco até poderia tentar isso, mas em nossa opinião, a Perdigão não dará esse passo agora", diz a instituição em relatório. O momento, na avaliação do Itaú, é de consolidação para a Perdigão. As recentes aquisições (como da Eleva) devem fazer com que a empresa volte suas energias para a integração de operações e redução de custos. "Adquirir a Sadia poderia ser um passo muito grande para a Perdigão nesse momento, e nós não acreditamos que a companhia esteja considerando essa compra em 2009." 

O mais provável, na visão do Itaú, é a realização de uma nova emissão de ações ordinárias (SDIA3), que seriam integralmente compradas pelo BNDES a um valor superior ao de mercado. A instituição explica que não seria possível fazer a emissão de ações preferenciais porque o número de papéis desse tipo que a Sadia ainda pode emitir - 94 milhões - é insuficiente para se levantar 1 bilhão de reais. Pelas regras do mercado brasileiro, uma empresa pode ter no máximo dois terços do capital em ações preferenciais.
 
Além disso, como há a possibilidade de uma fusão entre Sadia e Perdigão no futuro, se o BNDES detiver uma participação significativa na Sadia, será mais fácil participar do negócio. Principalmente se o BNDES participar do controle da Sadia e os fundos de pensão de empresas estatais mantiverem o controle da Perdigão. A Sadia chegou a fazer uma oferta de compra da Perdigão há alguns anos, que acabou rejeitada pelo fundos, que consideraram o preço proposto muito baixo. A união das duas empresas, porém, geraria sinergias bilionárias e criaria um gigante brasileiro de alimentos de porte global.
 
A hipótese de que seja emitido tanto ações ordinárias quanto preferenciais é considerada possível, mas, nesse caso, o BNDES não deteria uma fatia representativa do capital votante da Sadia. E, no futuro, o banco poderia ter dificuldades para se desfazer dessa participação.
 
A expectativa de um desfecho para o caso da Sadia provocou uma disparada nas ações nesta quinta-feira. Os papéis ordinários (que tem pouca liquidez) fecharam o dia cotados a 5,34 reais, valorizados em 23,04%.
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