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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
Assim como no Brasil, a crise no setor imobiliário americano não impediu que o mercado de capitais argentino retomasse os processos de abertura de capital. Desta vez, quem vai lançar ações será o Clarín, maior grupo de mídia da Argentina. A oferta deve ser anunciada na próxima semana e os papéis serão negociados nas bolsas de Buenos Aires e Londres, segundo informou o presidente da bolsa argentina, Adelmo Gabbi, à agência de notícias Bloomberg.
Este será o sétimo IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial de ações) de empresas do país vizinho nesta década. A última oferta aconteceu em julho, quando o Banco Patagônia vendeu ações na Argentina e também no Brasil - os papéis são negociados na Bovespa. Se a operação do Clarín for bem-sucedida, será uma boa oportunidade para mostrar ao mercado que ainda existe boa demanda por IPOs de empresas argentinas.
Gabbi afirmou que o grupo planeja reservar boa parte da oferta às pessoas físicas. "A idéia é que os investidores possam aplicar até US$ 5 mil", explica. Além disso, a Bolsa da Argentina pretende negociar um acordo com a Federação Americana de Bolsas (FIAB) para que investidores de países como Chile, Brasil e México possam oferecer e comprar ativos.
Desde 2006, o conglomerado argentino de mídia, que edita o jornal Clarín, assumiu o controle da maior empresa de televisão a cabo do país, a CableVisión, passando deter 47% desse mercado. O Grupo também possui canal em televisão aberta e outros canais a cabo. Além disso, tem emissoras de rádio, agências de notícias, portais, produtoras de cinema e outros jornais e revistas influentes na Argentina, como esportivo Olé e a feminina ELLE.