Tesouro: as operações de resgate antecipado e agendamentos serão realizadas normalmente na quarta-feira (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 14 de outubro de 2024 às 16h15.
A Secretaria do Tesouro Nacional informou que na terça-feira, dia 15 de outubro, não haverá a venda de títulos por meio do Programa Tesouro Direto, devido à greve dos servidores da instituição.
Dessa maneira, todos os agendamentos de compra previsto para dia 15 serão cancelados por restrições operacionais. A recomendação é que o investidor faça novos agendamentos para datas após o dia 15 de outubro.
As operações de resgate antecipado e agendamentos serão realizadas normalmente na quarta-feira, ou seja, os investidores poderão resgatar seus investimentos normalmente no programa.
Sim, as operações de resgate não serão impactadas.
Sim. De acordo com comunicado do Tesouro Nacional, a paralisação impede a realização de operações de venda de títulos, afetando os investidores que utilizam o programa para adquirir papéis do governo federal.
Todos os agendamentos de compra previstos para hoje serão automaticamente cancelados. O Tesouro orienta que os investidores reprogramem suas aquisições para datas posteriores.
Para quem já tem dinheiro aplicado, a greve não afeta em nada a remuneração dos títulos. Pedro Lang, economista e sócio da Valor Investimentos, ressalta ainda que a segurança do sistema está mantida.
— Diria que existe esse desconforto pela inconveniência do sistema não estar disponível, isso pode atrapalhar pessoas que tinham compromissos, mas isso não diminui a segurança do Programa (Tesouro Direto).
Na avaliação de Guilherme Viana, especialista em renda fixa da Veedha Investimentos, reagendar a compra não trará prejuízo direto ao investidor.
— Todavia, a greve e a interrupção das operações deixam o investidor que compra títulos públicos no escuro, sem parâmetros de taxas durante o horário normal de funcionamento do mercado. O único indicativo são as taxas compiladas no dia anterior pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), mas o intervalo aqui é amplo — explica.
De acordo com Vanessa Leone, especialista em mercado de capitais e sócia da The Hill Capital, a paralisação poderá atrapalhar a gestão da dívida pública, já que vai afetar a venda de títulos.
— Em relação aos títulos, com uma redução na demanda, podemos ter um aumento das taxas de juros para novos lançamentos. Além disso, o Tesouro Nacional pode ajustar preços e taxas para garantir operações justas quando as vendas retomarem.
*Com o Globo