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Fundos de pensão estimam rendimento de 13% em 2019 e alcançam 13% do PIB

O patrimônio dos fundos de pensão chegou a R$ 959 bilhões em outubro e pode ultrapassar R$ 1 tri ainda neste ano, na projeção da Abrapp

Fundos de pensão: Rendimento médio acumulado em 2019 até outubro foi de 10% (SOPA Images/Getty Images)
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Juliana Elias

Publicado em 6 de fevereiro de 2020 às 13h21.

Última atualização em 6 de fevereiro de 2020 às 13h23.

São Paulo - Os planos de previdência privada fechada, mais conhecidos como fundos de pensão , tiveram um rendimento médio acumulado em 2019 de 10,7% nos 10 meses até outubro, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (6) pela Abrapp, associação que reúne os fundos de pensão do país. A projeção da entidade é que, no total do ano, a rentabilidade tenha chegado a 13,1%

A alta foi superior ao CDI, taxa piso de referência dos investimentos de renda fixa no país, que encerou 2019 com variação de 6%. Também é maior do que a TJP, taxa mínima de crescimento calculada pelo próprio setor para que o balanço entre receitas e pagamentos de benefícios seja sustentável. A meta da TJP era de 7,8% para os 10 meses até outubro e é de 10,7% para o ano de 2019 completo.

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Os fundos de pensão são os planos de previdência privada oferecidos pelas empresas a seus empregados ou por associações e sindicatos a trabalhadores do setor.

Para manter os mesmos níveis de ganhos daqui para frente, o consenso é que essas entidades precisarão diversificar mais suas carteiras de investimentos para além da renda fixa, em um cenário em que os juros do país e as remunerações dessa modalidade seguem caindo.

Nesta quarta-feira, o Banco Central reduziu mais uma vez a Selic, a taxa de referência do país, para 4,25% ao ano, sua mais nova mínima histórica. "Nossos gestores terão que correr mais risco, sim, não vai dar mais para ficar só em títulos públicos, vai precisar de diversificação do portfolio", disse o presidente da Abrapp, Luís Ricardo Martins.

Atualmente, 74% de tudo o que os fundos de pensão do país têm investido está em aplicações de renda fixa, sendo 16% em títulos públicos e 55% em fundos de renda fixa. A renda variável, como ações, leva 18,6% do bolo - proporção que já foi maior. Em 2012 e 2013, pouco menos de 30% dos investimentos dessas entidades estava em bolsa de valores, segundo os dados da Abrapp.

Outros tipos de investimentos, como imóveis e fundos de participação (que investem, por exemplo, em empresas e projetos de infraestrutura), levam pequenas fatias do capital, com participação próxima de 5% do patrimônio total.

O patrimônio dos fundos de pensão chegou a 959 bilhões de reais em outubro, um crescimento de 7% desde o início do ano. O volume já representa 13% do PIB brasileiro, e a expectatvia da Abrapp é que chegue a 1 trilhão de reais ainda no primeiro semestre deste ano.

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