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Fundo Verde rende 6,7% em setembro, mas ainda perde do CDI

Fundo multimercado recuperou parte das perdas do ano em setembro, mas ainda perde para o referencial da renda fixa

Luis Stuhlberger: diretor destacou que o ganho de setembro veio das aplicações em dólar (Germano Lüders/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2014 às 23h13.

Última atualização em 9 de dezembro de 2016 às 17h21.

São Paulo - O Fundo Verde, maior multimercado do Brasil e um dos maiores fundos de investimentos do mundo, com mais de R$ 10 bilhões de patrimônio, recuperou parte das perdas do ano em setembro ao obter um ganho de 6,69%.

No ano, porém, a carteira do Credit Suisse Hedging-Griffo (CSHG), que acumula 2,77% de janeiro a setembro, ainda perde para o referencial da renda fixa, o juro do Depósito Interfinanceiro (DI), que rende 7,83% ao ano.

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Em relatório enviado aos clientes, Luís Stuhlberger e sua equipe destacam que o ganho de setembro veio das aplicações em dólar, que se beneficiaram do movimento global de valorização da moeda americana.

O fundo teve ganhos de 4,31% apenas com opções de dólar. “Aproveitamos o movimento para incrementar a proteção das posições de dólar contra o real para zerar a posição contra o iene”, diz o texto.

Na renda fixa, os ganhos vieram pela reavaliação da inflação embutida nos contratos e títulos e pela alta dos juros futuros e dos papéis em meio à volatilidade das pesquisas eleitorais. O fundo aproveitou para reduzir as posições que apostavam na alta dos juros no Brasil.

A carteira de ações do Verde também teve um pequeno retorno positivo, por conta de ganhos no mercado local e perdas nas bolsas internacionais.

Segundo o gestor, o mercado global “passa por um questionamento do crescimento mundial, e isso tem pesado sobre os preços das ações, especialmente das empresas mais cíclicas”, ou seja, das mais ligadas à atividade econômica.

Sobre as estratégias futuras, Stuhlberger afirma que “a tarefa de navegar a volatilidade dos mercados, tanto no Brasil quanto no exterior, continua bastante árdua”.

“Por isso”, continua o relatório, “buscamos manter um portfólio flexível, com posições de opções que devem ter retornos bastante atrativos, caso o nosso cenário central se concretize”.

Stuhlberger e outros gestores vinham apostando em um cenário de piora das condições macroeconômicas brasileiras por conta do cenário eleitoral e da alta dos juros americanos.

A melhora dos mercados ao longo deste ano, com o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) adiando a alta dos juros e as flutuações do cenário eleitoral brasileiro, prejudicou as estratégias que previam alta do dólar e dos juros e queda da bolsa.

Em setembro, o mercado voltou a ficar agitado com a possibilidade de vitória da presidente Dilma Rousseff nas eleições e a alta do dólar no exterior, o que favoreceu muitos desses gestores.

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